Um grupo de 25 empresários gaúchos está na China visitando referências em Inteligência Artificial. A missão foi organizada pelo Instituto Caldeira, de Porto Alegre, e visa desenvolver os profissionais e seus respectivos negócios.
Ricardo Geromel, que já morou na China, guia o grupo. “Estou tendo o privilégio de acompanhar o Instituto Caldeira em uma jornada de imersão pela China, explorando de perto como o país que mais cresce em inovação no mundo está redesenhando indústrias inteiras — da biotecnologia à Inteligência Artificial”, afirma.
Geromel conta que “a missão começou por Pequim, onde entre a grandiosidade da Muralha da China e a imponência da Cidade Proibida, ficou claro que tradição e visão de longo prazo são parte do DNA chinês — e talvez também um dos segredos de sua força inovadora”.
Entre as empresas visitadas estão Baidu, Lenovo, UBTECH Robotics, Megvii e BGI. “Essa jornada tem deixado uma mensagem clara: a inovação aqui não acontece por acaso. Ela é resultado de uma combinação rara de visão de Estado, investimento em talento e coragem para pensar em décadas — não em trimestres”, analisa Geromel.
Atividade segue até o dia 1 de novembro
Instituto Caldeira/Divulgação/JC
“Volto dessa experiência com o desejo de conectar cada vez mais o Brasil a esse movimento global, criando pontes entre o que vemos de mais avançado no mundo e o que podemos construir a partir do nosso próprio ecossistema — criativo, colaborativo e cheio de potencial”, complementa.
Giovanni Jarros Tumelero, diretor presidente do Jornal do Comércio, integra a missão. Para ele, o “que mais chama a atenção é como a visão governamental está voltada ao desenvolvimento econômico, que influencia diretamente o bem-estar e a qualidade de vida da sociedade”.
“As políticas públicas são estruturadas para estimular empresas de tecnologia, inovação e infraestrutura, criando um ambiente fértil para quem deseja propor soluções concretas e transformadoras”, percebe Tumelero.
Empreendedores passaram por cidades como Pequim e Xangai
Instituto Caldeira/Divulgação/JC
O presidente do JC destaca, ainda, que a combinação entre iniciativa privada e estratégia estatal gerou um ecossistema de negócios robusto, onde tecnologia e automação caminham lado a lado. Segundo ele, é um exemplo claro de como a inovação pode ser usada como motor de desenvolvimento, e de como políticas bem desenhadas são capazes de transformar realidades inteiras em poucos anos.
“Ao mesmo tempo, essa vivência desperta uma reflexão sobre o enorme potencial que o Brasil também possui. Temos capacidade, conhecimento e talento para trilhar um caminho semelhante, mas é essencial que o poder público e a iniciativa privada avancem na mesma direção, com foco em resultados, planejamento e visão de futuro. Quando essa convergência acontece, a velocidade das transformações se multiplica, e o País inteiro se beneficia de um ciclo virtuoso de crescimento e prosperidade”, enfatiza.
A missão à China iniciou no dia 25 de outubro e segue até o próximo sábado, 1 de novembro.