Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 26 de Outubro de 2025 às 16:52

Brasileiros enxergam franquias como fator importante no desenvolvimento econômico

Resultados da pesquisa foram apresentados em primeira mão no penúltimo dia 22ª ABF CON

Resultados da pesquisa foram apresentados em primeira mão no penúltimo dia 22ª ABF CON

ABF/Divulgação/JC
Compartilhe:
Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
De Ilha de Comandatuba (Una-BA).
De Ilha de Comandatuba (Una-BA).
Quase 80% dos brasileiros têm opinião positiva sobre os negócios de franquias. Para 90% dos entrevistados no estudo “A ABF e a Reputação do Franchising no Brasil”, realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) e pela Datrix, este formato de empreendedorismo é fator importante no desenvolvimento econômico nacional. Os resultados da pesquisa foram apresentados em primeira mão no penúltimo dia 22ª ABF CON, realizada de 22 a 26 de outubro na Ilha de Comandatuba, no município de Una, na Bahia.

Entre os demais fatores deste reconhecimento estão a geração de empregos (79%) e o apoio a pequenos empreendedores (87%). Na avaliação da vice-presidente do Conselho de Associados da entidade, Cristina Franco, monitoramentos como estes são muito importantes, pois alimentam os empresários. Os dados apurados, na avaliação dela, guiam a relação entre os franqueadores e franqueados.
“Isso alimenta aos que querem participar desse franchising sério, é o que nos dá esse colchão reputacional. Porque se nos baseássemos apenas numa coisa onírica, não teríamos esse colchão”, destaca a dirigente.

A pesquisa também revela que, para 61% dos brasileiros, saber que uma loja ou negócio segue o modelo de uma marca ou rede franqueadora aumenta sua confiança no produto ou serviço, enquanto 93% relatam satisfação com suas experiências de consumo. As marcas mais lembradas pelos consumidores são o McDonalds (51%), seguido pela Cacau Show (36%), O Boticário (23%) e Subway (16).

Para o pesquisador do IPESPE, Antônio Lavareda, o estudo traz algo muito importante para todos os setores, já que o segmento é dinâmico e uma nova geração entra agora no mercado. “A Alfa está chegando, mas nós não os entrevistamos ainda porque eles têm, em média, 15 anos e estão abaixo da idade. Mas eles já estão consumindo em diversas frentes: alimentos, estética… essas gerações valorizam muito mais do que as anteriores a transparência. Eles querem ver, querem perceber como as decisões são tomadas, como os processos são empreendidos e também querem participar do conteúdo, da co-criação das marcas, dos empreendimentos, das instituições”, detalha o pesquisador.

Negócios no espaço virtual

Assim como nos empreendimentos independentes, o ambiente digital tornou-se parte importante para o sucesso dos negócios. Nesse aspecto, a análise conduzida pela Datrix mapeou 10,6 mil publicações sobre o mercado de franquias nas redes sociais entre maio e julho de 2025, alcançando 96 milhões de pessoas e gerando 15,3 milhões de interações.

Os resultados mostram que a reputação do franchising no mercado digital é resiliente, com quedas temporárias de até 70% em momentos desafiadores, mas recuperação rápida. Na avaliação do CEO da Datrix, João Paulo Castro, os CEOs das marcas têm papel importante na interação do público com o usuário. “Nesse estudo, muitas vezes a gente considera o CEO como um influenciador. Mas a comunicação deve ser feita sempre em conjunto com a associação e com a equipe de cada um dos negócios. Hoje nós temos na Datrix trabalhos específicos em redes sociais para o desenvolvimento dos CEOs e as lideranças para o uso dessas mídias”, explica Castro.

Um exemplo disso é o fundador da Chilli Beans, Caito Maia, que participou de um dos painéis da manhã de sábado (25). Em coletiva de imprensa após a apresentação, ele explicou um pouco da sua relação estratégica em se utilizar das mídias digitais para compartilhar sua experiência de empreendedorismo e interagir com o público.

“Depois que eu fiz o Shark Tank, depois que as pessoas conheceram quem está por trás da Chilli Beans, a gente aumentou em 30% o market share brasileiro. Cansei de receber mensagens de pessoas que viraram clientes depois de me conhecer. O que aconteceu? Caito Maia virou uma marca, o Caito Maia retroalimenta a marca. Então as pessoas querem saber como eu trato as pessoas, o planeta, como se posiciona como um dono de marca no mercado”.

A pesquisa, conduzida entre 12 de julho e 5 de agosto de 2025, ouviu 1.500 brasileiros das classes A, B e C, em todas as regiões do País (capitais e municípios de médio e grande porte das regiões metropolitanas e interior), com margem de erro de 2,6 p.p.

Notícias relacionadas