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Publicada em 24 de Outubro de 2025 às 16:54

Lula diz que vai negociar tarifas e sanções a autoridades brasileiras em reunião com Trump

O presidente brasileiro afirmou que quer tratar de outros temas, que não há assunto proibido na conversa

O presidente brasileiro afirmou que quer tratar de outros temas, que não há assunto proibido na conversa

Ricardo Stuckert/PR
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Agências
O presidente Lula afirmou na Indonésia que sua conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste domingo (26), terá como foco as tarifas impostas ao Brasil pelos Estados Unidos e as medidas impostas pelo governo americano contra autoridades brasileiras.
O presidente Lula afirmou na Indonésia que sua conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste domingo (26), terá como foco as tarifas impostas ao Brasil pelos Estados Unidos e as medidas impostas pelo governo americano contra autoridades brasileiras.
O presidente brasileiro fez uma visita de Estado à capital do país, Jacarta, para retribuir a viagem do líder Prabowo Subianto, que foi ao Brasil em julho. Foi a primeira parada de duas que fará na Ásia, sendo a segunda em Kuala Lumpur, na Malásia, onde já está nesta quinta (24).
A viagem à Ásia parte de um convite para participar da cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático, em português), da qual o Brasil é parceiro. Lula será o primeiro líder brasileiro a participar da cúpula, que ocorre entre 26 e 28 de outubro.
No local, Lula e Trump terão uma reunião às margens da agenda oficial do evento, onde discutirão as tarifas que afetam as duas economias, em especial a exportação de itens como carne, café e aço para os EUA.
O presidente brasileiro afirmou que quer tratar de outros temas, que não há assunto proibido na conversa. "Podemos discutir de Gaza, à Ucrânia, à Rússia, à Venezuela, a materiais críticos, a minerais, a terras raras. Podemos discutir qualquer assunto", declarou.
É esperado que ele fale sobre a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
É possível que o presidente brasileiro também fale com o americano sobre uma possível incursão militar dos EUA na Venezuela, o que o governo afirma que pode causar desestabilização na América do Sul, além de ter efeito contrário, com fortalecimento do crime organizado.
Em conversa com jornalistas, o presidente afirmou que o Brasil sempre esteve à disposição de Trump para conversas. "Essa reunião está sendo esperada já há algum tempo. Todo mundo sabe que eu dizia que a hora que o presidente Trump quiser conversar, o Brasil está à disposição para sentar para negociar", disse.
Lula afirmou ainda que um acordo efetivo não será feito durante a reunião, mas nos encontros entre os negociadores do Brasil e dos EUA. "Se eu não acreditasse que fosse possível fazer um acordo, eu não participaria da reunião. Se bem, que o acordo não vai ser feito amanhã, ou depois de amanhã, quando eu me reunir com ele. O acordo será feito pelos negociadores", declarou.
A conversa entre os dois está sendo organizada pelos governos dos dois países desde o curto encontro que tiveram em Nova York para a participação na Assembleia Geral. "Eu acho que nós estamos caminhando para mostrar que O presidente brasileiro afirmou que quer tratar de outros temas, que não há assunto proibido na conversa", declarou.
O petista afirmou ainda que, além do interesse para discutir as tarifas, quer mostrar que houve equívoco na aplicação das tarifas contra o Brasil.
Na viagem à Indonésia, Lula salientou a importância da parceria do Brasil com os países do sudeste asiático.
Ao lado da comitiva com ministros de Estado, mais de 100 empresários participaram da viagem. Um dos objetivos do giro pela Ásia é explorar alternativas diante da guerra comercial. Em Jacarta, Lula afirmou que mais de oito acordos foram firmados em áreas como ciência, tecnologia, agricultura e promoção comercial, entre outros.

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