Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 09 de Outubro de 2025 às 17:55

26º Congresso Nacional de Economia discute futuro profissional

Economista analisou o contexto econômico e as perspectivas profissionais

Economista analisou o contexto econômico e as perspectivas profissionais

Caren Mello/JC
Compartilhe:
Caren Mello
Caren Mello
O 26º Congresso Nacional de Economia, em paralelo aos debates sobre grandes temas para o desenvolvimento nacional, motivou jovens ao estudo, pesquisa e desenvolvimento funcional e mercado de trabalho. Na tarde desta quinta-feira (9), o evento discutiu “Perspectivas profissionais – qual seu próximo emprego?”, em um painel que reuniu estudantes de todo país. De terça-feira (7) até esta quinta, o Congresso reuniu cerca de 500 pessoas.
O 26º Congresso Nacional de Economia, em paralelo aos debates sobre grandes temas para o desenvolvimento nacional, motivou jovens ao estudo, pesquisa e desenvolvimento funcional e mercado de trabalho. Na tarde desta quinta-feira (9), o evento discutiu “Perspectivas profissionais – qual seu próximo emprego?”, em um painel que reuniu estudantes de todo país. De terça-feira (7) até esta quinta, o Congresso reuniu cerca de 500 pessoas.
As tendências para o mercado de trabalho foram listadas pelo economista secretário de Gestão de Pessoas no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Celso Cardoso Junior. O economista analisou o contexto de transição em todo o mundo do capitalismo do século XX para o XXI e o que ele caracterizou como “megatendências” em curso. Essas mudanças estariam acontecendo em função de uma onda de fragmentação produtiva comercial, financeira e das formas de ocupação das pessoas.
Entre as tendências, a hiperconvergência, isto é, após a tendência da globalização produtiva e comercial, as estruturas dos países irão convergir. As evoluções tecnológicas irão alterar as instâncias de organizações coletivas e a globalização financeira mudará os fluxos de estoques de riqueza. “Desde os 80 e 90, sobretudo de 2000 para cá, essas novas estruturas vêm gerando uma perda de autonomia dos estados com o enfraquecimento da capacidade da sociedade de reagir a essas próprias tendências, essas mesmas tendências”, alertou. O economista também cita a fragilidade da legitimação da política e o colapso ambiental.
“Como cidadãos, como economistas, como sociedade diante desse cenário desafiador vamos ter que reagir. Os profissionais do futuro, tanto no setor público, quanto no privado, devem estar preparados para enfrentar esses desafios”, destacou.
As competências transversais serão fundamentais para atuação em todos os âmbitos de atuação laboral, segundo ele. O economista citou características do profissional do futuro, como a capacidade de resolver problemas com base em evidências e o foco em resultados para cidadania. “A dimensão coletiva precisará estar presente na nossa vida profissional, na nossa atuação como economistas”, projetou. Para o executivo, outra tendência é o trabalho em equipe. “Nós, economistas, somos hiperindividualizados, fomos estimulados a competir em nome da produtividade. Mas só o trabalho em equipe salvará a humanidade do colapso global, junto com valores éticos e integridade”, avaliou.

Notícias relacionadas