O primeiro resort de luxo do Litoral Norte do Estado será construído, até 2030, na cidade de Xangri-Lá. Com 299 apartamentos, que acumulam R$ 530 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV), divididos em sete andares, o empreendimento é inspirado nos resorts de Miami, com suítes com vista definitiva para o mar. Este é um diferencial que deve reforçar a proposta de exclusividade e sofisticação do empreendimento.
A estrutura do resort deve incluir duas piscinas, uma de frente para o mar no segundo andar e outra no terraço, além de ambientes de relaxamento e lobby, tudo desenhado para oferecer praticidade, alto padrão e luxo aos moradores.
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No terraço do empreendimento, os moradores também terão acesso a um salão de festas e restaurante privado. No térreo, por sua vez, a estrutura contará com um restaurante aberto ao público e um centro de eventos, espaços que prometem movimentar a economia local.
“O objetivo é receber eventos que hoje não são realizados em Xangri-Lá, como o circuito gaúcho de pôquer. A cidade, então, entraria na rota de circuitos e também de convenções de empresas, que na maioria das vezes se estabelecem em Porto Alegre. Queremos abraçar toda a demanda reprimida do litoral”, explica o dono da Fabiano Braga e Corretores, imobiliária responsável pelo empreendimento, Fabiano Braga.
Na avaliação dele, a construção do empreendimento de luxo, ao incentivar o êxodo populacional para a praia, seja ele sazonal ou definitivo, estimula a atividade econômica da região. “Quando um empreendimento como este possibilita a chegada de mais pessoas à praia, a cidade passa a precisar de mais prestadores de serviço, mais postos de gasolina, restaurantes e outros. Quem chega hoje em Xangri-Lá para investir na área de prestação de serviço vai surfar todo o mar azul sozinho”, comenta.
Braga acredita que a demanda por imóveis no litoral gaúcho aumenta desde a pandemia de Covid-19 e teve como catalisador o período pós-enchente do ano passado. "Toda vez que aconteceu algum desastre, uma parte da população se retirou dos principais centros do Estado. Uma coisa é ficar trancado no apartamento em Porto Alegre, e outra é estar em uma casa próxima do mar", explica.
Segundo ele, outro fator que contribui para o crescente aumento da procura pelo litoral do Estado é o êxodo do gaúcho que possuía imóvel de veraneio em Santa Catarina. "O trânsito é muito maior para ir para uma praia catarinense. Com a possibilidade de visitar o litoral gaúcho, o pessoal começa a se desfazer do imóvel no estado vizinho e volta a olhar para as nossas praias", completa. De acordo com Braga, a expectativa é que cerca de 90% dos possíveis compradores do novo resort de luxo sejam veranistas gaúchos.
Novo empreendimento poderia ser construído mesmo antes da mudança no Plano Diretor
Empreendimento será construído, até 2030, no município do Litoral gaúcho
Fabiano Braga e Corretores/Divulgação/JC
O novo empreendimento, ainda sem nome divulgado pela construtora, poderia ser erguido em Xangri-lá mesmo antes da mudança no Plano Diretor da cidade, que ocorreu no ano passado, já que possui sete andares (21 metros de altura), o exato limite previsto pela lei urbanística antiga. Hoje em dia, é possível construir empreendimentos de até 14 andares na cidade litorânea.
"A construtora vai fazer apenas sete andares, ou seja, não usará todo o limite construtivo, justamente para não trazer muitos impactos para a região", explica Braga. Antigamente, a área em que será erguido o resort de luxo era ocupada pelo Hotel Termas, que tinha só quatro andares.
A mudança no Plano Diretor de Xangri-Lá acompanhou o movimento de verticalização urbana, processo que está promovendo o crescimento vertical da "Capital dos Condomínios Horizontais" através da construção de grandes empreendimentos. Segundo Braga, a verticalização do município vai acontecer principalmente no bairro da praia de Atlântida, onde já existem prédios de oito andares e, a partir do ano que vem, poderão ser construídos prédios de até 14 andares.