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Publicada em 25 de Agosto de 2025 às 12:17

BRDE busca alternativas junto à Finep para retomar financiamentos à inovação na Região Sul

Para o diretor-presidente do BRDE, se não houver uma alternativa para ampliar os limites de recursos haverá um forte impacto no Sul do País

Para o diretor-presidente do BRDE, se não houver uma alternativa para ampliar os limites de recursos haverá um forte impacto no Sul do País

Carolina Muller/especial/jc
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Agências
Com cerca de R$ 800 milhões em projetos de inovação aguardando por financiamento nos estados onde atua, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), vinculado ao governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), apresentou ao seu principal parceiro operacional alternativas para destravar a oferta de crédito ao setor. Durante encontro com o comando da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), na sexta-feira (22), no Rio de Janeiro, a diretoria do banco solicitou a ampliação dos limites quando houver a reabertura da liberação de recursos para a Região Sul.  Instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Finep suspendeu o protocolo para novas operações no final de janeiro deste ano, alegando que os recursos disponibilizados para 2025 esgotaram em apenas um mês. Na semana passada, houve a reabertura para novos pedidos por parte dos agentes financeiros que atuam nas linhas de crédito descentralizadas, no total de R$ 400 milhões. Todavia, o montante será destinado exclusivamente para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 
Com cerca de R$ 800 milhões em projetos de inovação aguardando por financiamento nos estados onde atua, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), vinculado ao governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), apresentou ao seu principal parceiro operacional alternativas para destravar a oferta de crédito ao setor. Durante encontro com o comando da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), na sexta-feira (22), no Rio de Janeiro, a diretoria do banco solicitou a ampliação dos limites quando houver a reabertura da liberação de recursos para a Região Sul. 
 
Instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Finep suspendeu o protocolo para novas operações no final de janeiro deste ano, alegando que os recursos disponibilizados para 2025 esgotaram em apenas um mês. Na semana passada, houve a reabertura para novos pedidos por parte dos agentes financeiros que atuam nas linhas de crédito descentralizadas, no total de R$ 400 milhões. Todavia, o montante será destinado exclusivamente para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 
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Empresas sofrerão impactos se não houver ampliação dos limites
Para o diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior, se não houver uma alternativa para ampliar os limites de recursos junto à Finep haverá um forte impacto para as diferentes empresas inovadoras do Sul do País. “Somos o principal operador nacional da Finep há mais de uma década e reconhecemos o quanto essa parceria vem fortalecendo o setor da inovação. Por isso, é fundamental manter um ritmo positivo de novos investimentos, ainda mais em um momento de muitos desafios para nossas empresas. Será bom para toda a economia do país”, reforçou Ranolfo. 
 
Na audiência com o novo presidente da Finep, Luiz Antônio Elias, a primeira entre as duas instituições após a posse dele, foi destacada a relevância da atuação do BRDE no crédito descentralizado e a importância da modalidade para as outras regiões do país. No entanto, como a Finep ainda não teve acesso aos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), não há uma sinalização para a retomada dos protocolos para novos projetos. A informação é que as instituições financeiras que operam o crédito descentralizado na Região Sul serão chamadas em setembro, mas para tratar dos critérios de inovação e empresas a serem apoiados nestas novas condições a partir da reabertura dos protocolos em 2026. 
 
Em 2024, banco atingiu marca histórica 
Durante o encontro, o BRDE apresentou um balanço recente das operações voltadas aos projetos inovadores para empresas da Região Sul. Em 2024, o banco atingiu uma marca histórica ao financiar um total de R$ 751 milhões (167 projetos). Já no acumulado de 2025, o volume despencou para R$ 34 milhões (apenas oito projetos contratados com recursos da Finep). Ranolfo enfatizou que o banco fechou o primeiro semestre com uma carteira na casa dos R$ 23 bilhões e patrimônio líquido de R$ 5,2 bilhões. “As principais agências de risco ressaltam a solidez do banco, o que nos credencia a ter uma margem maior de recursos da Finep”, acrescentou. 
A inovação é um dos habilitadores do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável, alinhado às diretrizes do Plano Rio Grande. Liderado pelo governador Eduardo Leite, o Plano Rio Grande é um programa de Estado criado para proteger a população, reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro. 
A reunião contou, também, com a participação do vice-presidente e diretor de Operações do BRDE, Renê de Oliveira Garcia Júnior, do diretor Administrativo, Heraldo Alves das Neves, e do diretor de Planejamento, Leonardo Busatto. Para demonstrar o quanto o apoio à inovação faz parte da estratégia do banco, o relato levado ao presidente da Finep elencou a participação do BRDE em fundos de investimentos. Como cotistas em quatro FIPs, o BRDE já aportou R$ 47 milhões, viabilizando investimentos de R$ 123,5 milhões em 27 empresas da Região Sul. 

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