A Petrobras vai mobilizar 400 pessoas para o exercício simulado da Avaliação Pré-Operacional (APO) na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira, região considerada essencial para a recomposição de reservas de petróleo da estatal. A simulação começou no domingo (24), às 18h10.
A APO, iniciada no domingo, vai envolver 6 embarcações equipadas para a contenção e o recolhimento de óleo; uma sonda (ODN II); 3 aeronaves que poderão ser utilizadas para resgate aeromédico, resgate de fauna e monitoramento aéreo; 6 embarcações adicionais dedicadas e equipadas com recursos e especialistas para atendimento à fauna; e 2 Centros de Atendimento e Reabilitação de Fauna (CAF), sendo um em Oiapoque, no Amapá, e outro em Belém, no Pará.
O local onde está sendo feita a simulação e onde será instalado um sistema de produção, se confirmada a viabilidade comercial da região e concedida a licença do Ibama, fica a 175 quilômetros da costa do Amapá e a mais de 500 quilômetros da foz do rio Amazonas.
A Petrobras tem 16 blocos na Margem Equatorial brasileira, região com 5 bacias sedimentares que se estendem do Oiapoque, no Amapá, ao Rio Grande do Norte. A área pode conter até 30 bilhões de barris de petróleo, segundo estimativas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A última APO realizada pela Petrobras ocorreu em setembro de 2023, na Bacia Potiguar, e a licença de exploração foi concedida em outubro. A diretora de Exploração e Produção da estatal, Sylvia Anjos, avalia que, após a APO, a licença pode ser liberada rapidamente.
"Depois da APO, esperamos que a licença seja concedida logo, estamos com um super esquema lá (no Amapá), faltam poucos dias agora. Espero que seja igual ao que foi no Rio Grande do Norte, que depois da APO a licença para exploração veio logo em seguida", disse a diretora na semana passada.