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Publicada em 12 de Agosto de 2025 às 12:57

Brasileiros sacam R$ 318,37 milhões em valores esquecidos no mês de junho

Valores disponíveis em contas correntes ou poupanças encerradas podem ser recuperados

Valores disponíveis em contas correntes ou poupanças encerradas podem ser recuperados

José Cruz/Agência Brasil/Divulgação/JC
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Agências
Os brasileiros sacaram, em junho deste ano, R$ 318,37 milhões em valores esquecidos no sistema financeiro, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (12), em Brasília, pelo Banco Central. No total, o Sistema de Valores a Receber (SVR) já devolveu R$ 11 bilhões a clientes bancários, mas ainda há R$ 10,6 bilhões disponíveis para saque. O sistema é um serviço do Banco Central no qual o cidadão pode consultar se ele próprio, sua empresa ou pessoa falecida tem dinheiro esquecido em algum banco, consórcio ou outra instituição.
Os brasileiros sacaram, em junho deste ano, R$ 318,37 milhões em valores esquecidos no sistema financeiro, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (12), em Brasília, pelo Banco Central. No total, o Sistema de Valores a Receber (SVR) já devolveu R$ 11 bilhões a clientes bancários, mas ainda há R$ 10,6 bilhões disponíveis para saque. O sistema é um serviço do Banco Central no qual o cidadão pode consultar se ele próprio, sua empresa ou pessoa falecida tem dinheiro esquecido em algum banco, consórcio ou outra instituição.
Caso o resultado seja positivo, é possível solicitar a devolução. O serviço do Banco Central é totalmente gratuito. Para a consulta, não é preciso fazer login - basta informar o CPF e data de nascimento do cidadão ou o Cadastro de Pessoa Jurídica (CNPJ) e a data de abertura da empresa, inclusive para empresas encerradas. Já para o resgate dos valores, há a necessidade da conta Gov.Br - nos níveis prata ou ouro e com verificação em duas etapas habilitada.
O dinheiro pode ser resgatado de duas formas: a primeira é entrar diretamente em contato com a instituição responsável pelo valor e solicitar o recebimento. A  segunda, é fazer a solicitação pelo Sistema de Valores a Receber. Em maio, o Banco Central inaugurou uma nova funcionalidade no sistema: a solicitação automática de resgate de valores. Com ela, o cidadão não precisará consultar o sistema periodicamente nem registrar manualmente a solicitação de cada valor que existe em seu nome.
Caso seja disponibilizado algum recurso por instituições financeiras, o crédito será feito diretamente na conta do cidadão. A solicitação automática de resgate é exclusiva para pessoas físicas e está disponível apenas para quem possui chave Pix do tipo CPF. A adesão ao serviço é facultativa.
As estatísticas do SVR são divulgadas pelo Banco Central com dois meses de defasagem, com a atualização de novas fontes de valores esquecidos no sistema financeiro. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de junho, 31.813.580 correntistas haviam resgatado valores, sendo 28.885.864 pessoas físicas e 2.927.716 pessoas jurídicas. Por outro lado, 52.623.092 de beneficiários ainda não sacaram seus recursos. Destes, 48.191.397 são pessoas físicas e 4.431.695 pessoas jurídicas.
A maior parte das pessoas e empresas sem fazer o saque têm direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10,00 concentram 64,59% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100,00 correspondem a 23,97% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,67% dos clientes. Só 1,76% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.
O Banco Central alerta os correntistas a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O banco ressalta que todos os serviços do Sistema de Valores a Receber são totalmente gratuitos, e que não envia links, nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais. O banco destaca que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do SVR pode contatar o cidadão. Nenhuma pessoa deve fornecer senhas e ninguém está autorizado a fazer esse tipo de pedido.
Recursos que podem ser recuperados pelo Sistema de Valores a Receber
- Valores disponíveis em contas-correntes ou poupanças encerradas;

- Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito;

- Recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados;

- Tarifas cobradas indevidamente;

- Parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente;

- Contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas;

- Contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas;

- E outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.
 

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