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Publicada em 11 de Agosto de 2025 às 17:25

Sistema Fiergs pede apoio à bancada federal gaúcha para minimizar impacto das tarifas dos Estados Unidos

O presidente da entidade, Claudio Bier, pediu que deputados e senadores defendam a negociação diplomática

O presidente da entidade, Claudio Bier, pediu que deputados e senadores defendam a negociação diplomática

Leonardo Dalla Porta/Fiergs/Divulgação/JC
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Agências
O Sistema Fiergs solicitou ao coordenador da bancada federal gaúcha no Congresso Nacional, deputado federal Marcelo Moraes (PL) apoio na busca célere por medidas que ajudem a mitigar prejuízos a indústrias gaúchas atingidas pela alta de tarifas de importação dos Estados Unidos para produtos brasileiros. Em reunião na sede da entidade nesta segunda-feira (11), o presidente Claudio Bier pediu que deputados e senadores defendam a negociação diplomática. As informações são da equipe de comunicação da federação. 
O Sistema Fiergs solicitou ao coordenador da bancada federal gaúcha no Congresso Nacional, deputado federal Marcelo Moraes (PL) apoio na busca célere por medidas que ajudem a mitigar prejuízos a indústrias gaúchas atingidas pela alta de tarifas de importação dos Estados Unidos para produtos brasileiros. Em reunião na sede da entidade nesta segunda-feira (11), o presidente Claudio Bier pediu que deputados e senadores defendam a negociação diplomática. As informações são da equipe de comunicação da federação. 
"Nossas exportações estão penalizadas. Precisamos que os parlamentares utilizem todos os canais possíveis para viabilizar apoio à nossa indústria. É preciso defender uma postura de negociação diplomática para que a situação não seja ainda mais prejudicial ao Brasil", reforçou, ressaltando a necessidade de apreciar com agilidade as medidas que devem ser encaminhadas pelo governo federal. A expectativa é que envolvam questões trabalhistas, de acesso ao crédito e de compensações tributárias.
Durante a reunião, foram apresentados os principais pleitos defendidos pelo Sistema Fiergs à União. Entre eles estão iniciativas como Programa Seguro-Desemprego com aperfeiçoamentos, acesso facilitado ao crédito subsidiado via BNDES a juros de 1% a 4% ao ano, específicas para capital de giro, e compensações tributárias, como ampliação do programa Reintegra, com elevação de 3% da alíquota de ressarcimento de tributos residuais nas exportações e a prorrogação do prazo de vencimento dos regimes fiscais, especiais como o Drawback.
Bier considerou ainda que todas essas medidas são importantes, ainda que paliativas. "Teremos desemprego, teremos fuga de empresas. Entramos em mais uma semana decisiva, pois o governo federal deve anunciar as medidas entre hoje (segunda) e amanhã (terça-feira). Por melhor que sejam, serão paliativas", afirmou, ressaltando que a atenção maior deve ser para empresas exportadoras que tenham 50% do faturamento prejudicado. Moraes afirmou que a pressão política por uma resolução diplomática deve continuar. "Essas tarifas estão sendo aplicadas no mundo todo. Vou levar as proposições à bancada, o que nos cabe é pressionar por uma resolução", disse o deputado.
O coordenador do Conselho de Articulação Política (Coap) do Sistema Fiergs, Diogo Paz Bier, ressaltou que, mesmo que a negociação das medidas seja feita pelo Poder Executivo, é essencial a articulação com a bancada federal. "Temos que mostrar o quanto nossa cadeia produtiva corre risco. Queremos passar esse cenário para que a bancada nos ajude a chamar atenção do governo federal", afirmou.
De acordo com o vice-coordenador do Conselho de Comércio Exterior (Concex) do Sistema Fiergs, Leonardo De Zorzi, a situação exige “celeridade” diante do risco de “demissões em massa”. O industrial defende a “articulação política” como forma de sensibilizar e buscar apoio aos setores mais afetados, uma vez que já há um “congelamento dos negócios” e que “é muito difícil um produto sair ileso com tarifas de 40% ou 50%”.
O coordenador do Conselho de Relações do Trabalho (Contrab) do Sistema Fiergs, Guilherme Scozziero, explicou que, em relação às medidas trabalhistas, duas ações podem ser adotadas para proteger o emprego. Uma delas é o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que prevê custeio de 30% dos salários por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e redução de jornada de 30%.
Na reunião, também foi solicitado a Moraes que seja encaminhada a aprovação de um projeto ampliando para 24 meses o prazo para cumprimento da exigência de manutenção do número de empregos do Programa Emergencial RS. Esse aumento é necessário em razão da dificuldade encontrada pelas indústrias em preencher as vagas. Originalmente, a exigência era de 10 meses, mas houve ampliação para 12 meses no final de maio.

 

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