De Bento Gonçalves
As manifestações de lideranças empresariais e políticas, na solenidade de abertura da Fimma Brasil 2025, nesta segunda-feira (4), em Bento Gonçalves, foram unânimes na defesa da saída diplomática como forma de reduzir os impactos negativos da elevação das tarifas de importação pelos Estados Unidos. O setor de móveis e madeira é um dos que não foi contemplado nas exceções anunciadas pelo governo e terá tarifa de 50% a partir da quinta (6).
O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Cláudio Bier, definiu o cenário global como desafiador, enfatizando que a indústria gaúcha segue como uma das mais prejudicadas pela medida. Para ele, o setor moveleiro e outras atividades estão ameaçadas. “Temos a expectativa de que a madeira seja incluída nas sanções 232 do ato do governo dos Estados Unidos. Levamos esta preocupação diretamente ao presidente da República e defendemos o equilíbrio e a negociação como fundamentais para este momento”, frisou.
O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Cláudio Bier, definiu o cenário global como desafiador, enfatizando que a indústria gaúcha segue como uma das mais prejudicadas pela medida. Para ele, o setor moveleiro e outras atividades estão ameaçadas. “Temos a expectativa de que a madeira seja incluída nas sanções 232 do ato do governo dos Estados Unidos. Levamos esta preocupação diretamente ao presidente da República e defendemos o equilíbrio e a negociação como fundamentais para este momento”, frisou.
- LEIA TAMBÉM: Indústria moveleira teme impacto de tarifas dos EUA, principal destino das exportações do RS
A posição foi reforçada no discurso do presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Móveis, Irineu Munhoz, que definiu a medida como abrupta, que afeta contratos, receitas e empregos. Ressaltou que uma equipe da entidade trabalha diretamente junto ao Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio para encontrar soluções que atenuem os prejuízos da decisão norte-americana.
Segundo o dirigente, o trabalho está centrado em uma pauta emergencial de medidas, como ativação de canais diplomáticos, criação de programa de preservação de empregos, ampliação das linhas de crédito para exportação às empresas afetadas e reforço de ações de promoção comercial para diversificar mercados, bem como a inclusão dos móveis no Minha Casa Minha Vida, uma luta antiga da entidade. Também citou a participação dos fóruns nacionais de políticas industriais e o fortalecimento de programas de certificação, inovação e sustentabilidade.
O deputado Guilherme Pasin, presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Setor de Móveis do Estado, destacou que o tarifaço soma-se a desafios já históricos da atividade, como questões ambientais e logísticas. “O único remédio é o diálogo, mesmo que alguns não pensem da mesma forma. A preocupação com a geração de empregos e renda precisa estar acima de ideologias”, frisou.
Para o presidente da Assembleia Legislativa, Gilberto Pepe Vargas, além da negociação, também é preciso atuar junto aos governos do Estado e da União para a adoção de medidas que mitiguem os prejuízos causados pelo tarifaço. “A Assembleia, em sua ampla maioria, já se manifestou a favor do diálogo como forma de garantir relações comerciais adequadas. Mas outras medidas internas serão necessárias, considerando os impactos em cada setor ou mesmo de empresas individualmente. São situações distintas que terão de ser avaliadas e adotadas”, defendeu.
O prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Siqueira, enfatizou a importância econômica e social da Serra Gaúcha por sua liderança em vários setores, como turismo, moveleiro, metalmecânico, vinícola e plástico. Mas frisou que este potencial não tem o reconhecimento político. “Precisamos que olhem para nós. Este diálogo exige o envolvimento de todas as instâncias políticas. Se somos líderes de produção de vários itens na América Latina, precisamos desta força política”, reforçou. Mas expôs a confiança de que, como ocorreu no pós-pandemia e nas enchentes, a região e o Estado sairão mais fortes desta nova crise.
A Fimma Brasil 2025 segue até quinta (7), no Parque de Eventos da Fundaparque, com funcionamento das 10h às 19h. O presidente Euclides Longhi destacou que a feira é a quinta maior do mundo no segmento, reunindo nesta edição mais de 300 marcas nacionais e internacionais. A expectativa é de 15 mil visitantes, de 25 países, e geração superior a R$ 1,7 bilhão de negócios na feira e 12 meses seguintes. A próxima edição está confirmada para 9 a 12 de agosto de 2027.