Dentro de um mês, estarão abertos os portões do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, para a 48ª. edição da Expointer. O espaço de 141 hectares às margens da BR 116 passa por adequações e deverá receber novos atrativos, para receber um público que poderá superar os mais de 660 mil no ano passado. Entre as novidades de infraestrutura, estão a ampliação do estacionamento, um recanto japonês e a Rua do Mate.
As obras estão adiantadas, com toda a estrutura já montada nos pavilhões de ovinos e bovinos, além do asfaltamento de ruas internas. “Se compararmos com o ano passado, estamos muito adiantados, e felizes com as obras”, conta o diretor de eventos do Parque, Carlos Eduardo Santana.
De acordo com o diretor, já foram pavimentados mais de 4 mil metros em novas vias. Estão sendo recapeados os pisos do Pavilhão Internacional e, também, do espaço de pequenos comércios, uma demanda antiga dos expositores. O local ficou bastante danificado depois da enchente. O parque também recebeu adequações na rede hidráulica, que havia sido concluída no ano passado, e reformados dez banheiros e construído um novo. “Estamos trabalhando também para a abertura de mais de 2 mil vagas de estacionamento”, projeta Santana, ponderando que a totalidade depende de compactação de solo. “A tranqueira para entrar no parque vai diminuir”, garante.
Parte dos cerca de 800 funcionários que circulam por lá – até o início da feira, serão cerca de 4 mil, estão dedicados a construir uma das novidades desta edição: a Rua do Mate. O boulevard coberto terá bancos e água quente para os apreciadores do chimarrão. A ideia surgiu a partir do uso de um terreno ao lado da Escola do Mate, tradicional ponto de encontro para quem quer apreender as diferentes maneiras de fazer a bebida típica gaúcha. Outra novidade é um recando japonês, construído em parceria com o Festival do Japão.
“Muitas obras estão acontecendo dentro do parque, isso nos deixa feliz porque estamos conseguindo trazer, além do embelezamento e de novos espaços, como um jardim japonês, uma melhor infraestrutura que dá mais qualidade para as pessoas que vão visitar o parque”, disse o diretor.
A empolgação também é sentida por trabalhadores que se encontram todos os anos. É o caso do funcionário da secretaria há 45 anos, Antônio Oliveira. Fazendo parte do quadro de auxiliares de serviços rurais de Canela, em Esteio está montando os comedouros do gado de corte. Nas próximas semanas, Antônio se deslocará para a recepção dos animais. “Todos os anos encontro o mesmo pessoal por aqui, ficamos no mesmo alojamento. É uma festa para mim”, conta Oliveira.
O pintor Juarez Francischet, de Farroupilha, tem um motivo espacial para estar no parque. Ele ajuda nas obras do restaurante do filho Marcos, que todos os anos atende os visitantes. “Eu estava triste. Perdi meu pai há pouco, mas, só de começar a trabalhar aqui já fico mais feliz”, conta Francischet, apontando para o material que está organizando. “Cheguei segunda-feira para pintar o restaurante, e depois de pronto, vou para o atendimento. “Amo muito o que faço. Para fazer esse trabalho, tem que ter amor e confiança no resultado”, resume.
Proprietária de um food truck, Jaqueline Ungaratto já está trabalhando no parque, atendendo quem trabalha nos pavilhões. Presente em todos os tipos de feira, é na Expointer que Jaqueline se sente mais realizada. “São 13 anos vindo para cá. É aqui onde eu vendo mais”, revela a comerciante, que logo mais estará acompanhada de mais três funcionários para dar conta da demanda. “O pessoal precisa comer, né?”, diz.