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Publicada em 25 de Julho de 2025 às 12:30

Aluguel em Porto Alegre dispara no segundo trimestre, mas segue abaixo de outras capitais

Preço médio atual para locação na capital gaúcha é R$ 3.815,00

Preço médio atual para locação na capital gaúcha é R$ 3.815,00

ISABELLE RIEGER/ARQUIVO/JC
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Cássio Fonseca
Cássio Fonseca
O mercado imobiliário em Porto Alegre passa por uma fase aquecida. Por conta do aumento da taxa de juros, há uma crescente no preço do aluguel desde o segundo semestre de 2024. Um estudo da Loft, empresa de tecnologia e serviços financeiros para imobiliárias, mapeou os preços e comparou o cenário dos dois primeiros trimestres deste ano. O preço médio atual para locação na Capital é R$ 3.815,00.
O mercado imobiliário em Porto Alegre passa por uma fase aquecida. Por conta do aumento da taxa de juros, há uma crescente no preço do aluguel desde o segundo semestre de 2024. Um estudo da Loft, empresa de tecnologia e serviços financeiros para imobiliárias, mapeou os preços e comparou o cenário dos dois primeiros trimestres deste ano. O preço médio atual para locação na Capital é R$ 3.815,00.
O bairro Jardim Europa, inclusive, registrou uma valorização de 66% no recorte, à frente do Moinhos de Vento, com o segundo maior aumento, de 48% no tíquete médio. O gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi, explica que, por conta dos juros elevados, cresce o financiamento imobiliário, e fica mais caro comprar um imóvel.
No entanto, a população mantêm a dinâmica de troca de residências, e a opção mais próxima é o aluguel, salienta. “Aí vem a famosa lei da oferta e da procura. Se você aumentar a demanda, o preço tende a subir também”, completa. Na mesma linha, também registraram alta acima de 30% os bairros Floresta, Três Figueiras, Cavalhada, Morro Santana, Bela Vista e Santana.
Existe, ainda, uma peculiaridade no mercado atual. Com o aluguel valorizado, a tendência é que a compra e venda caia, o que não está acontecendo. “O Minha Casa Minha Vida consegue segurar, mesmo num momento de taxa de juros mais alta, um volume de vendas importante para as classes mais baixas. Observamos também que a classe A depende menos de financiamento, e continua transacionando”, explica Takahashi.
Quem fica à mercê, portanto, é a classe média, que tende a ir atrás da locação pela dificuldade no financiamento. A tendência, mesmo sem um prazo previsto, é que este comércio encare uma leve queda. “O crescimento não é infinito, tem um teto”, diz o gerente. Um exemplo é o bairro Jardim Europa, que registrou um decréscimo de 5,6% no valor do seu tíquete médio, hoje em R$ 8.955,00.
Na compra e venda, com uma revisão do Minha Casa Minha Vida pelo governo federal que aumenta a possibilidade de novas aquisições, o panorama segue estável. Ainda no aluguel, Takahashi conta que “nesse momento de aumento de procura, quem está com mais poder de barganha é o proprietário. A margem de negociação é menor para quem está procurando alugar”.
Pelo metro quadrado, o Jardim Europa segue como o bairro mais caro da cidade, custando R$ 90,00. Logo atrás, vem o Rio Branco, cujos imóveis são menores e por isso não figura no ranking dos com maiores tíquetes médios, com R$ 55,00 por metro quadrado. Moinhos de Vento e Três Figueiras estão empatados com R$ 54,00 por metro quadrado.
A Loft realiza este mesmo estudo em outros estados e, de acordo com os números da empresa, Porto Alegre tem o menor preço médio das capitais da Região Sul. Muito similar a Curitiba, com R$ 3.835,00, o município está atrás de Florianópolis, em ascensão no mercado, com R$ 5.813,00. A capital de Santa Catarina, inclusive, está mais valorizada que o Rio de Janeiro — R$ 5.774,00 — e Belo Horizonte — R$ 4.440,00. Entretanto, segue atrás de São Paulo, com R$ 7.628,00.

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