O presidente da Federação da Indústria do Rio Grande do Sul (Fiergs), Claudio Bier, celebrou o primeiro ano da sua gestão no almoço-palestra Indx, realizado nesta terça-feira (22). Na ocasião, comemorou as principais realizações do seu mandato, como a união entre o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), e prometeu avançar na aproximação da entidade com as indústrias do Interior.
“Foi um primeiro ano de desafios, chegamos aqui com ideias diferentes do que estava acontecendo. Unificamos Sesi e Senai, que eram dois irmãos gêmeos que não se conversavam, botamos uma direção executiva e estamos trabalhando bastante em todos os setores”, resumiu Bier em um retrospecto deste primeiro ciclo do mandato.
Por outro lado, ele reafirmou a aposta na interiorização da Federação, que tem levado a cabo um projeto no qual são realizados encontros em cidades do Interior: o Rota Fiergs. A iniciativa também proporciona investimentos nas unidades do Sistema Fiergs espalhadas pelo território gaúcho.
“É uma coisa que o Estado clamava muito, que a Fiergs saísse do seu castelo. Sempre brinco que desencastelamos a Fiergs. Estamos indo ao interior do Estado, tem ainda regiões que não chegamos, mas vamos chegar e ver o que as indústrias do Interior estão precisando para ver o que podemos fazer para ajudá-las”, comentou o executivo.
Além da comemoração do primeiro ciclo da gestão Bier, esta segunda edição do Indx discutiu dois grandes investimentos bilionários no RS, anunciados pela CMPC, representada na ocasião pelo diretor-geral Antônio Lacerda, e pela Soli3, que reúne três cooperativas gaúchas, incluindo a Cotrijal, cujo presidente, Nei Manica, esteve presente no evento. Os representantes palestraram sobre seus projetos, que foram comemorados por Bier.
Outro tema discutido no evento foi o impacto do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a diversos países, incluindo o Brasil. Os anúncios geraram uma espécie de guerra compercial entre as nações e, segundo estudo realizado pela Fiergs, os impactos devem ser maiores no Rio Grande do Sul. "Acho que essa crise só pode se resolver com muita diálogo, muita paciência e muita partilha", pontuou Bier, que esteve em Brasília na segunda-feira (21) para discutir a questão com o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB) .