No contexto atual do mercado de trabalho, a qualificação profissional se torna cada vez mais essencial, especialmente para jovens que buscam novas oportunidades. Com esse objetivo, o programa Seja Pro+ Trabalho e Emprego foi lançado no Rio Grande do Sul, visando a inserção de jovens de 18 a 29 anos no mercado de trabalho.
A iniciativa oferece 3,5 mil vagas gratuitas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) profissionalizante para aqueles que não concluíram a Educação Básica e desejam retomar os estudos com foco no mercado de trabalho. No Rio Grande do Sul, as aulas serão realizadas em 11 municípios - Porto Alegre, Canoas, Gravataí, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Igrejinha, Lajeado, Montenegro, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Panambi.
Os estudantes matriculados receberão auxílio permanência e transporte por intermédio da parceria com a Secretaria Estadual da Educação. Os interessados poderão efetuar as matrículas no período de 14 de julho a 31 de agosto no site: educacao.sesirs.org.br/eja-educacao-de-jovens-e-adultos. A carga horária do Ensino médio é de 1.440 horas e do Ensino Fundamental é de 1.600 horas - as atividades serão 80% a distância e 20% de maneira presencial.
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O assessor do Ministério do Trabalho e Emprego, Marcelo Benedito, disse que o programa tem o objetivo de criar oportunidades para quem precisou deixar a escola e agora busca um novo caminho profissional. "Queremos proporcionar aos jovens de 18 a 29 anos qualificação profissional com elevação da escolaridade. A ideia é que o jovem que não tenha o Ensino Básico entra e faça a elevação da escolaridade pelo Sesi. E depois, entre no Senai e faça a profissionalização", destaca. Segundo Benedito, o diferencial do programa é que ele está conectado com o programa do Sine do Ministério do Trabalho e Emprego. "A ideia é que, após a profissionalização, o aluno seja encaminhado via Sine para uma vaga de emprego", comenta.
Para Fausto Augusto Júnior, presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), serão oferecidas cerca de 30 mil vagas de educação profissionalizante com elevação de escolaridade em todo o País. "Nosso principal objetivo é chegarmos à juventude. Temos 9 milhões de jovens de 18 e 29 anos que não concluíram o Ensino Médio", acrescenta. Conforme Fausto Augusto, em um País que envelhece, não há mais tempo a perder a juventude. "Um dos lemas do EJA do Sesi é que ninguém fica para trás. Nós vamos buscar esse alunos", ressalta.
O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Claudio Bier, disse que o programa tem como pano de fundo uma questão crucial do Brasil que é a formação de mão de obra qualificada. "Um levantamento recente aponta que três em cada quatro empresas enfrentam dificuldades para completar o seu quadro pessoal no Brasil." Segundo Bier, no Rio Grande do Sul a crise é mais grave, dados da Fiergs mostram que 32% das indústrias gaúchas identificaram a falta de mão de de obra qualificada como principal entrave da produção, enquanto que 48%, apontam como obstáculo para novos investimentos. A iniciativa é uma parceria entre o Conselho Nacional do Sesi, com apoio do Ministério do Trabalho e Emprego, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sistema Fiergs.
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