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Publicada em 11 de Junho de 2025 às 14:23

Biocombustível Be8 Bevant deve ganhar escala comercial até o início de 2026

Práticas de ESG foram debatidas no Instituto Caldeira

Práticas de ESG foram debatidas no Instituto Caldeira

Jefferson Klein/Especial/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Com testes em andamento, em locais como o Centro de Tecnologia da Randon (CTR), em Farroupilha, o biocombustível Be8 BeVant da empresa gaúcha Be8 (antiga BSBios) já tem contratos comerciais estabelecidos para entrega do produto no começo do próximo ano. A coordenadora de certificações nacionais e internacionais da Be8, Márcia Perin, comenta que se trata de uma espécie de “biodiesel premium” que será ofertado ao mercado.
Com testes em andamento, em locais como o Centro de Tecnologia da Randon (CTR), em Farroupilha, o biocombustível Be8 BeVant da empresa gaúcha Be8 (antiga BSBios) já tem contratos comerciais estabelecidos para entrega do produto no começo do próximo ano. A coordenadora de certificações nacionais e internacionais da Be8, Márcia Perin, comenta que se trata de uma espécie de “biodiesel premium” que será ofertado ao mercado.
Ela explica que para chegar ao biocombustível são aproveitados resíduos de gordura animal e o chamado Used Cooking Oil (UCO – resquício de óleos e gorduras vegetais empregados na indústria alimentícia). Márcia complementa que o produto passa por todo um processo de controle, rastreabilidade e um procedimento de dupla filtragem, que permite que o biocombustível possa ser utilizado 100% puro (sem necessidade da mistura com combustível fóssil) nos motores a diesel, sem alterações nesses equipamentos.
De acordo com a coordenadora de certificações nacionais e internacionais da Be8, o volume do produto que será oferecido inicialmente ao mercado ainda será ajustado. Atualmente, a empresa possui 11% do market share de biodiesel no Brasil, sendo a companhia líder desse segmento.
Nesta quarta-feira (11), Márcia participou do evento Ambição ESG 2025, realizado no Instituto Caldeira, em Porto Alegre. “O ESG (sigla em inglês que significa ambiental, social e de governança) não é uma novidade, mas obviamente é uma necessidade”, enfatiza a integrante da Be8. O presidente da Randoncorp, Daniel Randon, outro palestrante do encontro, ressalta que é importante apresentar um crescimento contínuo de melhorias.
Entre as metas da companhia nessa área, o dirigente cita o objetivo de aumentar o número de lideranças femininas, zerar a destinação de materiais para aterros industriais e reutilizar a totalidade da água de efluentes até o fim de 2025. “E para 2030 nós queremos reduzir em 40% as emissões de gases de efeito estufa”, adianta Randon.
O executivo comenta que ações dessa natureza também são importantes por questões de reputação da empresa e até no momento da tomada de empréstimos. Ele recorda que, em alguns casos, as medidas de descarbonização permitem descontos no custo de financiamento.

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