"As medidas adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vão contra a globalização e a economia de mercado. Medidas essas, como a da migração, também significarão problemas de falta de mão de obra em alguns setores dos Estados Unidos com a expulsão de imigrantes que está acontecendo e que vai continuar ocorrendo pela posição assumida pelo governo." A análise foi feita ex-governador Germano Rigotto, presidente do Instituto Reformar de Estudos Políticos e Tributários, que participou nesta quarta-feira (4) do Tá na Mesa da Federasul que discutiu o tema "Brasil, um País que não quer encontrar o seu destino". O encontro no Palácio do Comércio reuniu Joarez José Piccinini, diretor de Relações Institucionais da Randoncorp e presidente do Conselho do Banco Randon; e Milton Terra Machado, vice-presidente jurídico da Federasul.
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Segundo Rigotto, não se sabe ao certo o que a "guerra comercial" causada por Trump vai resultar para o próprio Estados Unidos. "Donald Trump é uma pessoa que avança muito nas suas declarações e suas posições e recua muito facilmente. Esse recuar e avançar cria perda de confiança nos Estados Unidos", ressalta. O ex-governador destaca que, com essas idas e vindas, o governante norte-americano tem tirado a própria confiança no país.
Para Piccinini, toda essa discussão das tarifas comerciais iniciadas pelo presidente dos Estados Unidos trouxe impacto na economia global. Isso gerou uma expectativa de redução do crescimento menor no mundo por conta dessa guerra comercial de tarifas. "No caso da Randoncorp, onde temos operações importantes nos Estados Unidos, é natural que a gente olhe rapidamente os nossos negócios", comenta. O diretor de Relações Institucionais da Randoncorp e presidente do Conselho do Banco Randon afirma que surpreende um pouco a forma como o presidente Donald Trump tem agido com relação aos outros países. "Não tem sido fácil", destaca. Com relação ao Brasil, Piccinini aponta que a reforma administrativa deveria ter vindo antes da reforma tributária. Já Milton Terra Machado disse que setores como o de serviços, comércio e indústria terão diferentes impactos. "O segmento de serviços terá o maior aumento de tributação", acrescenta.