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Publicada em 03 de Junho de 2025 às 15:24

FMI eleva previsão de crescimento do Brasil a 2,3% e recomenda esforço fiscal mais ambicioso

Fundo Monet?rio Internacional FMI 498113-01-02 (FILES) This file photo taken on June 30, 2015 shows the logo outside the headquarters of the International Monetary Fund in Washington, DC. 
A hollowing out of the middle class in advanced economies like the US, amid weak wage growth and rising inequality, is holding back global growth, a senior IMF official said on September 25, 2017.Tao Zhang, the International Monetary Fund's deputy managing director, said the fund's economic growth forecasts due out next month, will show little change in the global recovery that is still relatively slow.

Fundo Monet?rio Internacional FMI 498113-01-02 (FILES) This file photo taken on June 30, 2015 shows the logo outside the headquarters of the International Monetary Fund in Washington, DC. A hollowing out of the middle class in advanced economies like the US, amid weak wage growth and rising inequality, is holding back global growth, a senior IMF official said on September 25, 2017.Tao Zhang, the International Monetary Fund's deputy managing director, said the fund's economic growth forecasts due out next month, will show little change in the global recovery that is still relatively slow."Nearly a decade after the global financial crisis, the global economy is getting better," Zhang told a gathering of business economists in Cleveland, Ohio. / AFP PHOTO / BRENDAN SMIALOWSKI

BRENDAN SMIALOWSKI/AFP/JC
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Agências
O Fundo Monetário Internacional (FMI) passou a prever crescimento de 2,3% para a economia brasileira em 2025 - mais que os 2,0% projetados em abril -, e recomendou que o País seja mais ambicioso nos esforços de controle da dívida pública para abrir espaço a novos investimentos e a taxas de juros menores. "Os esforços das autoridades para continuar melhorando a posição fiscal, enquanto tentam suprir as necessidades de investimento e gastos sociais, são bem-vindos e medidas adicionais são justificáveis", disse o FMI em relatório. "A equipe recomenda um esforço fiscal sustentado e mais ambicioso, amparado por um arcabouço fiscal melhorado, mobilização de receita e medidas para as despesas", acrescentou.Sobre a economia, o Fundo disse que o crescimento brasileiro tem sido maior que o esperado nos últimos anos, e no médio prazo deve rodar a 2,5% ao ano, apoiado pela normalização da política monetária e fatores estruturais favoráveis, "principalmente a implementação de reforma tributária e a aceleração da produção de hidrocarbonetos".
O Fundo Monetário Internacional (FMI) passou a prever crescimento de 2,3% para a economia brasileira em 2025 - mais que os 2,0% projetados em abril -, e recomendou que o País seja mais ambicioso nos esforços de controle da dívida pública para abrir espaço a novos investimentos e a taxas de juros menores. "Os esforços das autoridades para continuar melhorando a posição fiscal, enquanto tentam suprir as necessidades de investimento e gastos sociais, são bem-vindos e medidas adicionais são justificáveis", disse o FMI em relatório. "A equipe recomenda um esforço fiscal sustentado e mais ambicioso, amparado por um arcabouço fiscal melhorado, mobilização de receita e medidas para as despesas", acrescentou.

Sobre a economia, o Fundo disse que o crescimento brasileiro tem sido maior que o esperado nos últimos anos, e no médio prazo deve rodar a 2,5% ao ano, apoiado pela normalização da política monetária e fatores estruturais favoráveis, "principalmente a implementação de reforma tributária e a aceleração da produção de hidrocarbonetos".
O FMI, no entanto, considera que no momento há mais chances de o crescimento econômico ficar abaixo do previsto, dada a incerteza vinda do exterior. "Reformas estruturais adicionais e a implementação do Plano de Transformação Ecológica trariam melhora adicional à perspectiva de crescimento de médio prazo."

A projeção do FMI para a inflação brasileira é de 5,2% ao fim de 2025, com a taxa convergindo à meta de 3% no final de 2027.

Segundo o Fundo, a retomada do aperto monetário pelo Banco Central em setembro do ano passado foi "apropriada", dadas as expectativas de inflação de curto e médio prazo acima da meta e um hiato do produto positivo. "No contexto de elevada incerteza sobre políticas globais e de expectativas de inflação acima de níveis consistentes com a meta, manter a flexibilidade no ritmo e duração do ciclo de alta da Selic é prudente."

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