Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 03 de Junho de 2025 às 15:04

Lula vê alta de juros 'precificada' e diz que em breve BC deve poder reduzir a Selic

O presidente da República também criticou a avaliação de que o crescimento da economia pode levar a um aumento da inflação

O presidente da República também criticou a avaliação de que o crescimento da economia pode levar a um aumento da inflação

Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Compartilhe:
Agências
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, negou nesta terça-feira (3) que tenha poupado a política monetária de críticas apenas porque o atual presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, foi indicado por ele ao cargo. Em uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto, o petista disse que a elevação dos juros vista este ano estava "precificada", e afirmou que em breve o BC deve poder reduzir a Selic.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, negou nesta terça-feira (3) que tenha poupado a política monetária de críticas apenas porque o atual presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, foi indicado por ele ao cargo. Em uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto, o petista disse que a elevação dos juros vista este ano estava "precificada", e afirmou que em breve o BC deve poder reduzir a Selic.
"O que nós estamos conscientes é de que a inflação está controlada, que começou a cair o preço dos alimentos, e eu acho que logo, logo o Banco Central vai tomar a atitude correta de começar a abaixar os juros", disse Lula. "Os juros estão muito altos. Agora, é engraçado porque mesmo juros tanto altos, a economia continua a crescer."
O presidente afirmou ter "100% de confiança" na idoneidade de Galípolo, a quem chamou de "companheiro", e disse acreditar que o chefe do BC vai "dar conta do recado." Ele disse, ainda, que a economia tem crescido em parte por causa da oferta de crédito a agricultores e empreendedores, por exemplo.
Lula também criticou a avaliação de que o crescimento da economia pode levar a um aumento da inflação. "Se para controlar a inflação for preciso ter fome, não é possível a gente aceitar, é preciso encontrar outro jeito para controlar a inflação", disse.
O BC já afirmou que uma desaceleração da atividade faz parte dos mecanismos de transmissão da política monetária.

Notícias relacionadas