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Publicada em 29 de Maio de 2025 às 13:57

Mercado Govtech tem potencial para gerar até US$ 9,8 trilhões, diz CEO do GovTech Summit

Téo Girardi, CEO do GovTech Summit, diz que é preciso evoluir para superar a desigualdade sociodigital que limita o acesso a serviços públicos modernos e inclusivos pelos municípios

Téo Girardi, CEO do GovTech Summit, diz que é preciso evoluir para superar a desigualdade sociodigital que limita o acesso a serviços públicos modernos e inclusivos pelos municípios

Tânia Meinerz/JC
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Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
O mercado GovTech tem potencial para gerar até US$ 9,8 trilhões em valor público global até 2034, impulsionado pela adoção de tecnologias que promovam mais eficiência, transparência e sustentabilidade na gestão governamental, tornando-se uma das economias mais importantes do mundo. No Brasil, apenas no primeiro trimestre de 2025, as compras públicas movimentaram R$ 31,4 bilhões, de acordo com o Portal de Compras do governo federal - sendo R$ 7 bilhões direcionados à contratação de produtos e serviços de micro e pequenas empresas. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (29) por Téo Girardi, CEO Executiva do GovTech Summit, que em sua edição 2025 está sendo realizado no Centro de Eventos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), em Porto Alegre. Com o tema "Governos Inteligentes", o evento termina nesta sexta-feira (30) e discute como a tecnologia pode tornar a gestão governamental mais eficaz, transparente e focada no cidadão.
O mercado GovTech tem potencial para gerar até US$ 9,8 trilhões em valor público global até 2034, impulsionado pela adoção de tecnologias que promovam mais eficiência, transparência e sustentabilidade na gestão governamental, tornando-se uma das economias mais importantes do mundo. No Brasil, apenas no primeiro trimestre de 2025, as compras públicas movimentaram R$ 31,4 bilhões, de acordo com o Portal de Compras do governo federal - sendo R$ 7 bilhões direcionados à contratação de produtos e serviços de micro e pequenas empresas. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (29) por Téo Girardi, CEO Executiva do GovTech Summit, que em sua edição 2025 está sendo realizado no Centro de Eventos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), em Porto Alegre. Com o tema "Governos Inteligentes", o evento termina nesta sexta-feira (30) e discute como a tecnologia pode tornar a gestão governamental mais eficaz, transparente e focada no cidadão.
Segundo Téo Girardi, no cenário da transformação digital, cerca de 32% dos municípios brasileiros (1.782 cidades) já oferecem pelo menos um serviço digital ao cidadão, seja por meio do Gov.br ou de outras plataformas. No entanto, dados de 2024 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostram que apenas 13% dos municípios (724 cidades) permitem o uso da conta Gov.br para autenticação e acesso a serviços públicos digitais. "Os números do IPEA mostram o quanto já caminhamos e o quanto ainda precisamos evoluir para superar a desigualdade sociodigital que limita o acesso a serviços públicos modernos e inclusivos pelos municípios", destaca.
O governador Eduardo Leite, que realizou a palestra "Tecnologia e inovação para retomada econômica e resiliência climática no RS", disse que o grande desafio de quem é gestor é que o serviço público (a máquina pública) pouco tolera riscos e inovação envolve muitos riscos. "Quando você vai fazer algo de um jeito diferente tem riscos", comenta. Para Leite, o poder público pouco tolera riscos porque se algo não der certo o gestor é responsabilizado e, segundo o governador, acaba por gerar o "apagão das canetas". 
Representando a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o secretário de Inovação Daniel Almeida disse que a função do governo federal é propiciar o bem-estar das pessoas. "A inovação tem a tarefa essencial de atender e prestar um bom serviço a sociedade", destaca. Conforme Almeida, é preciso fomentar um pouco mais o desenvolvimento na área de tecnologia e na prestação dos serviços.
Segundo Téo Girardi, é possível transformar a forma de governar, contratar e entregar políticas públicas. "A transformação nasce nas universidades, nos laboratórios de pesquisa, startups e, principalmente, nos territórios onde os desafios são reais e urgentes", acrescenta. A CEO Executiva do GovTech Summit disse que se vive tempos desafiadores - climáticos, sociais, econômicos e institucionais. "A resposta para muitos desses desafios está justamente nos governos inteligentes. Os governos que escutam, que agem, que operam com agilidade, e que tomam decisões baseadas em dados e que colocam o cidadão no centro de tudo", ressalta. O GovTech Summit tem a participação de lideranças da área de inovação que debatem pautas como tecnologia e resiliência climática; soluções inclusivas para a transformação do setor público; desafios e oportunidades; e aplicações de tecnologia para promover a sustentabilidade dos serviços públicos.
Governador Eduardo Leite destaca que o serviço público pouco tolera riscos e inovação envolve riscos  | Tânia Meinerz/JC
Governador Eduardo Leite destaca que o serviço público pouco tolera riscos e inovação envolve riscos Tânia Meinerz/JC
 

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