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Publicada em 23 de Maio de 2025 às 20:13

Distrito industrial de Cachoeirinha atrai novos empreendimentos

Com a expansão do Distrito Industrial, município vizinho à Capital contabiliza até 500 empresas na região

Com a expansão do Distrito Industrial, município vizinho à Capital contabiliza até 500 empresas na região

TÂNIA MEINERZ/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
É no Distrito Industrial que a economia de Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre, pulsa. Com uma vocação logística natural, a apenas 12 quilômetros do Aeroporto Salgado Filho e com eixos de fluxo rodoviário para praticamente todas as direções do Estado, o distrito, instalado oficialmente no início da década de 1970, em uma área do governo do Estado, há muito já extrapolou os antigos limites, chegando hoje a 500 empresas em áreas consideradas como parte do distrito expandido. 
É no Distrito Industrial que a economia de Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre, pulsa. Com uma vocação logística natural, a apenas 12 quilômetros do Aeroporto Salgado Filho e com eixos de fluxo rodoviário para praticamente todas as direções do Estado, o distrito, instalado oficialmente no início da década de 1970, em uma área do governo do Estado, há muito já extrapolou os antigos limites, chegando hoje a 500 empresas em áreas consideradas como parte do distrito expandido. 
O complexo é polo, além da logística, de indústrias química e metalmecânica, e agora, tem planejado uma expansão diferente, não necessariamente em novas áreas dentro de Cachoeirinha, mas buscando alcance global ao que já se produz no atual distrito.
“O movimento agora é por uma expansão em inovação e tecnologia. Já temos, esse movimento internamente nas empresas que estão instaladas no distrito, mas, de fato, não temos ainda um ambiente de inovação atrativo a startups e investimentos em novas soluções em Cachoeirinha. Geograficamente, somos um local privilegiado, e isso fez a diferença em relação à logística e à produção. Agora, queremos que faça a diferença para quem quer inovar”, aponta a presidente do Centro das Indústrias de Cachoeirinha (CIC Cachoeirinha), Neiva Bilhar.
Uma parceria entre a entidade e o governo municipal desenvolve os primeiros passos para estabelecer ali um novo Polo Tecnológico da Região Metropolitana. Fisicamente, a ideia é de que, com um investimento previsto de até R$ 4 milhões, seja erguido um centro de eventos e um boulevard, que incluirão uma estrutura para incubadoras e startups, junto à atual estrutura do CIC, que fica justamente no centro do Distrito Industrial. O projeto poderá ainda ser desenvolvido em parceria com o recém garantido financiamento garantido pela prefeitura junto ao Banco Asiático de Investimento e Infraestrutura (AIIB), que prevê a construção de um centro de eventos sustentável, com aporte de até R$ 42 milhões.
“Estamos olhando para outros municípios e outros estados com o objetivo de adquirirmos referências que norteiam o nosso novo polo, de acordo com as vocações da nossa economia”, explica Neiva.
Em março, o município organizou o 1º Encontro do Ecossistema de Inovação de Cachoeirinha, como forma de estabelecer um elo entre as demandas da indústria local, os potenciais em busca de soluções e de atração de novos investimentos que estejam conectados à intenção de inovar em Cachoeirinha.
De acordo com a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Sueme Pompeo de Matos, atualmente este projeto está em fase de mapeamento, com a localização do que já é desenvolvido em Cachoeirinha em termos de inovação para posterior criação de um ecossistema.
“Estamos dentro da rede de cidades empreendedoras, em parceria com o Sebrae, que tem nos ajudado neste processo de mapear as iniciativas. Temos visitado muitas empresas e o poder público será fundamental para estabelecer um elo entre o hub que já temos na universidade, com a Cesuca, as empresas locais, as escolas, onde é desenvolvido, por exemplo, a robótica e a nossa Feira de Negócios e Inovação, que já é uma referência no Estado", explica a secretária.
Até março, por exemplo, mesmo com mais de uma centena de indústrias no distrito, Cachoeirinha tinha apenas uma startup registrada junto ao governo municipal.
“Nós sabemos que existem outras, mas não estão integradas em um ecossistema. Na reforma administrativa que o governo prepara, vamos ter uma diretoria de inovação para coordenar este movimento que iniciamos. Queremos incentivar a inovação na iniciativa privada, mas seremos parte atuante dessa mudança de cultura, preparando empresas, por exemplo, para entrarem em licitações do próprio município e transformarem a cultura da estrutura pública”, aponta Sueme. 

Maiores indústrias instaladas no local e perfil da cidade

- Amcor Specialty Cartons
- Aços Favorit Distribuidora
- Metalúrgica Fallgatter
- Parker Hannfin Indústria e Comércio
- Dana Indústrias

* Cachoeirinha tem 44 km² e população de 136,2 mil habitantes
* O município tem o oitavo maior PIB da Região Metropolitana e Vale do Sinos, com R$ 6,4 bilhões
* Com a expansão do Distrito Industrial, o município contabiliza até 500 empresas na região
* Em 2024, Cachoeirinha foi classificado como o 12º município no Ranking de Competitividade do RS, em estudo organizado pelo Centro de Liderança Pública

Inovação garante a competitividade de metalúrgica

A inovação no Distrito Industrial de Cachoeirinha não representa necessariamente a atração de novas empresas de setores específicos, que mudem o perfil da indústria local. O investimento em inovação é a lição de casa de quem já atua há bastante tempo no município da Região Metropolitana. É o caso da Metalúrgica Fallgatter. Nestes últimos cinco anos, a empresa especializada no desenvolvimento de peças especiais para os setores agrícola e da linha amarela (construção, rodovias...) investe R$ 107 milhões na robotização e automação das suas linhas de produção e dos seus processos de usinagem, dobra e corte.
"Repaginamos toda a empresa. Temos hoje uma qualidade internacional em todos os nossos processos. Nós atendemos hoje a pelo menos nove empresas, a maioria multinacionais, que são líderes nos seus setores dentro do agro e da construção. Modernizarmos os processos é a forma de seguirmos também à frente neste mercado", explica o diretor presidente da empresa, Sérgio Neumann, premiado com o Troféu Destaque do Aço em 2024.
A Metalúrgica Fallgatter chegou ao Distrito Industrial de Cachoeirinha em um dos grandes fluxos de migração de empresas da Capital para a cidade da Região Metropolitana, em 1998.
"Estávamos em uma área muito difícil para operarmos caminhões e mantermos as operações industriais, com o avanço urbano e a dificuldade nas vias, na região do IAPI, em Porto Alegre. Foi quando surgiu a oportunidade de compra de uma área que ainda pertencia ao antigo CEDIC, do Estado, com boas condições. Já era uma área pequena para nós, mas era necessário. O Distrito de Cachoeirinha tem vias amplas, excelente posição logística e foi, realmente, projetado para o futuro", conta Neumann.
Em pouco tempo, a metalúrgica negociou a compra da área em frente, que pertencia até então a outra empresa, que fechou e o terreno foi a leilão. Hoje, a Fallgatter mantém 13 mil metros quadrados no distrito, com as duas áreas, frente a frente.
De acordo com Sérgio Neumann, há 27 anos Cachoeirinha tinha a logística, as facilidades de acessibilidade ao parque industrial e a qualidade da mão de obra local como grandes diferenciais. Agora, com a acelerada modernização das indústrias, a questão da mão-de-obra torna-se um desafio, que não é exclusivo da metalúrgica.
"A nova produção exige mão-de-obra especializada e qualificada. Há mais de um ano temos entre 60 e 70 vagas abertas, que não conseguimos preencher", comenta o empresário.
Cachoeirinha conta com uma unidade de formação do SENAI, especializada em mecânica, usinagem e elétrica para o setor industrial.

Vocação industrial remonta ao começo do século XX

Ritter Alimentos lidera o mercado de barras de cereais no Sul do Brasil

Ritter Alimentos lidera o mercado de barras de cereais no Sul do Brasil

ANTONIO PAZ/ARQUIVO/JC
O projeto de um Distrito Industrial em Cachoeirinha remonta a 1970, quando a antiga Companhia de Desenvolvimento Industrial e Comercial do Rio Grande do Sul disponibilizou as áreas públicas, pertencentes ao Estado, para dar início à instalação de indústrias no município, de maneira ordenada, em um bairro planejado no município. Com alta procura, 63 empresas compraram todos os lotes disponíveis. Uma década depois, foi criado o CIC, e em 1988, a legislação municipal de Cachoeirinha já registrava os "distritos" industriais da cidade, com outras áreas destinadas nas proximidades à original, para a instalação industrial.
De acordo com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, em 2016 foi definitivamente vendido o último lote, e encerrado o período de vínculo da área com o Estado. Conforme o portal oficial do governo estadual, são 68 empresas instaladas na área original. Com a expansão do distrito, já são, de acordo com a prefeitura, pelo menos 500 empresas instaladas - das quais, mais de 100 são indústrias.
Uma vocação que iniciou muito antes das negociações de áreas estaduais. Em 1919, na chamada Granja Progresso, Frederico Augusto Ritter criou, em uma área de 525 hectares na chamada Estrada do Pedágio, a sua indústria que produzia leite e derivados para serem fornecidos a Porto Alegre. No entanto, mesmo ao lado da Capital, chegar lá era penoso. Havia uma pequena queda d'água (que posteriormente deu nome ao município) no meio do caminho.
Logo, Ritter se viu obrigado a desenvolver produtos em conserva, que durariam mais e permitiriam este comércio com Porto Alegre. Surgia a Conservas Ritter, a primeira indústria de Cachoeirinha. A primeira ponte de ferro ligando a então Granja Progresso à Capital só seria instalada em 1925.
Em 1957, quando Cachoeirinha passou a ser denominada como um dos distritos do município de Gravataí, além da Ritter, já havia também a fábrica da Liquid Carbonic, de transformação de gases industriais, importantes, inclusive, para os processos da indústria de conservas. Adquirida pela White Martins, a Liquid Carbonic não conta mais com operação em Cachoeirinha. Em 1965, Cachoeirinha seria emancipada.
Hoje o endereço da Ritter Alimentos, não por acaso, é na Avenida Frederico Augusto Ritter, um dos principais eixos industriais da cidade. A empresa tem a maior linha de produtos de doces de frutas e geléias do Brasil, e lidera o mercado de barras de cereais no Sul do Brasil.

Distrito concentra os diferenciais para uma operação industrial

Até 2007, o Grupo Perte, especialista na distribuição de alimentos, funcionava em um bairro residencial de Canoas. Era preciso mudar de endereço para pensar em qualquer plano de crescimento. Aí, o Distrito Industrial de Cachoeirinha surgiu como a melhor alternativa.
"Precisávamos de uma área não somente mais industrial, mas com acesso rápido a qualquer caminho, com área propícia para a movimentação de caminhões. Em Cachoeirinha encontramos exatamente o que estávamos procurando", conta o sócio do Grupo Perte, Paulo Morelli.
A empresa está instalada em uma área de 28 mil metros quadrados no distrito, com 6 mil metros quadrados de área utilizada, onde o que importa é a área vertical dessa operação de armazenamento e distribuição. São 14 mil metros quadrados de câmara fria.
É que mensalmente são movimentadas 1 mil toneladas de produtos, todos refrigerados, metade deles importados de 15 países. A partir de Cachoeirinha, são, em média quatro mil clientes por mês em todo o Estado, além de São Paulo e Rio de Janeiro, entre supermercados, restaurantes e pequenos mercados.
E aí entram em cena os diferenciais deste Distrito industrial. No portfólio de atrações de Cachoeirinha para quem busca uma área para se instalar está a localização privilegiada perto do maior centro consumidor do Estado e também para quem precisa de um ponto de partida bem servido pelo modal rodoviário para qualquer região do país ou do Exterior. Está dentro das áreas de influência da BR-290 (Freeway), ERS-020, ERS-118, BR-116 e BR-386, e a apenas 12 quilômetros do Aeroporto Salgado Filho.
Ambiente adequado para se criar um cluster voltado à logística, com a relação entre as indústrias e as empresas do setor de transportes acontecendo no próprio distrito. Entre as dez maiores transportadoras do País, cinco têm operações do Distrito de Cachoeirinha.
Um movimento que o grupo empresarial liderado por Morelli logo percebeu. Hoje, o Grupo Perte opera a sua própria frota, mas vai além, justamente pela oportunidade existente na cidade.
"Criamos a Agilog, hoje com uma frota de 50 caminhões em Cachoeirinha, e também estamos avançando com o transporte para terceiros. Dominarmos todas as ponstas do processo produtivo, incluindo a nossa indústria de pescado, a Costiero, em Teutônia, representa um ganho de qualidade muito grande. Montamos a fábrica para atendermos melhor aos nossos clientes, e a transportadora, para garantirmos mais eficiência no serviço que prestamos", aponta Morelli.
O diferencial do empresário ver o caminhão que vai levar o seu produto ao destino garante que metade das empresas que hoje ocupam as áreas originais do Distrito Industrial sejam do setor logístico.
Com todas essas vantagens, não é incomum que empresas já estabelecidas no Distrito Industrial diversifiquem seus investimentos. Foi o caso da Renova Lavanderia, especializada em lavanderia industrial, e que, há cerca de um ano, criou um condomínio logístico próprio, o Venso Business Center. E já é considerado um sucesso.
"Já é um movimento de algum tempo o estabelecimento de condomínios logísticos no distrito e, durante a cheia, com a nossa área e Gravataí mostrando-se seguras, a procura aumentou muito. Em menos de um ano podemos considerar o investimento que fizemos, de R$ 7 milhões, muito bem sucedido", conta o diretor da Renova, José Airton Venso.
Com uma área total de 22,7 mil metros quadrados, sendo 14,3 mil de área construída, recentemente o Venso teve ampliados 7 mil metros quadrados. Já são sete empresas instaladas e há cinco espaços ainda vagos.
Ao todo, já são pelo menos quatro condomínios logísticos instalados na cidade. 

Planos para a ERS-010 ganham fôlego

Os tantos eixos logísticos que cruzam ou que têm acesso facilitado a partir de Cachoeirinha ainda não estão completos. Pelo menos é assim que o governo e os dirigentes industriais acereditam, ao tratarem da antiga ambição do município de ver concretizado o projeto da ERS-010. Bandeira há bastante tempo de Cachoeirinha, o projeto foi mantido em stand by no ano passado, em virtude das cheias, mas volta à tona em 2025, agora vitaminado com recursos do AIIB.
Entre os projetos anunciados pelo município dentro do plano Cachoeirinha 2050, está o aporte de R$ 25 milhões para o prolongamento da Avenida Fernando Ferrari e construção do trecho de Cachoeirinha da futura rodovia, já equipada com pontos de carga para veículos elétricos e funcionando como um dique para contenção de novas cheias.
"São mais de 20 anos dessa luta, e nós queremos que saia do papel porque favorece toda a região, não apenas Cachoeirinha ou o nosso distrito. Especialmente nos horários de pico, atualmente ainda é complicado para conseguirmos escoar a produção", comenta a presidente do CIC Cachoeirinha, Neiva Bilhar.
Ainda no ano passado, o governador Eduardo Leite garantiu prioridade ao projeto da chamada Rodovia do Progresso, com a inclusão do projeto em um dos blocos de concessão de rodovias do Estado. O projeto mais recente da futura rodovia previa ligação da Freeway à RS-239, em Campo Bom, um pouco diferente da ideia original, que sairia da Avenida Assis Brasil em direção ao Vale do Sinos, cruzando, inclusive, o Distrito Industrial de Cachoeirinha. Seriam quase R$ 2 bilhões em investimentos necessários.
A futura rodovia foi incluída no Bloco 1 de concessão, ainda sem avanços.

Cadeia circular dentro do Distrito

Diariamente, 35 mil toneladas de roupas industriais passam pela lavanderia para reutilização

Diariamente, 35 mil toneladas de roupas industriais passam pela lavanderia para reutilização

DANI BARCELLOS/JC
A cadeia produtiva se completa dentro do Distrito Industrial não apenas no ramo logístico. A economia circular também é garantida como um serviço essencial às indústrias locais. É o que faz a Renova Lavanderia. Diariamente, 35 mil toneladas de roupas usadas pelas indústrias entram e saem para serem reutilizadas a partir do trabalho da lavanderia industrial.
De acordo com o diretor da empresa, José Airton Venso, a redução de custos para as empresas é financeira e ambiental. Economiza-se até 10 vezes em luvas e calçados. Assim como 50 mil funcionários são uniformizados a partir do serviço da lavanderia por mês, três milhões de toalhinhas industriais são limpas e outros 30 mil pares de EPIs no mesmo período.
"A nossa unidade opera em Cachoeirinha desde 2001, e é a nossa matriz. A partir daqui, atendemos grande parte das indústrias locais do distrito e todo o Rio Grande do Sul", explica o diretor.
Um mercado que é garantido, aponta Venso, pelos diferenciais ambientais desta operação. Segundo ele, todos os efluentes são tratados e pelo menos 65% da água é reutilizada nos processos de lavagem. E quando as peças, especialmente de uniformes, já não podem ser utilizadas, a economia segue circular.
A Renova alimenta projetos como a Rede Recostura, na qual costureiras locais produzem novas peças a partir daqueles tecidos, especialmente jeans, e geram renda a partir desse processo.
Além da operação em Cachoeirinha, a Renova Lavanderia tem unidades no Paraná, São Paulo, Bahia e Pernambuco.

Estrutura local foi fundamental para um novo investimento

Vital Pães ampliou em cinco vezes sua capacidade produtiva no complexo

Vital Pães ampliou em cinco vezes sua capacidade produtiva no complexo

TÂNIA MEINERZ/JC
O mais recente grande investimento no Distrito Industrial de Cachoeirinha levou a Vital Pães a quintuplicar a sua capacidade de produção em relação ao que havia em Porto Alegre a partir do começo deste ano, com um investimento de R$ 25 milhões.
"Era um projeto que tínhamos planejado há mais de cinco anos. A pandemia e depois a enchente acabaram travando os nossos planos, mas precisávamos aproveitar essa oportunidade que encontramos em um terreno que já tinha uma instalação industrial anterior. É um distrito muito bem localizado, com saídas para todos os lados. Além de garantirmos uma capacidade de produzir cinco vezes mais do que conseguíamos, temos nessa área as condições para seguir ampliando as instalações nos próximos anos", aponta o diretor presidente da empresa, Paulo Wasielewski.
Até o final do ano passado, a Vital Pães operava no bairro Rubem Berta, em Porto Alegre. Depois de 25 anos, aconteceu a mudança para Cachoeirinha.
A partir da nova instalação da empresa, são atendidos com o fornecimento de pães a Região Metropolitana e, principalmente, o Sul do Estado. Para 2025, a Vital Pães trabalha para se consolidar também nas regiões Central, Norte e em Santa Catarina.
De acordo com a presidente do CIC Cachoeirinha, Neiva Bilhar, pelo menos outras cinco empresas negociam a vinda para a cidade. A secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Sueme Pompeo de Mattos, acrescenta que já são 10 empresas incluídas no programa Desenvolver Cachoeirinha, que estão ampliando ou se instalando. Ambas concordam, porém, que o grande desafio hoje é a procura por áreas adequadas.
"É um desafio em toda a Região Metropolitana, mas temos áreas, mesmo com limitações. Nós estamos trabalhando na reformulação do Plano Diretor, em relação à expansão do nosso distrito ou na criação de novos espaços adequados para termos essas novas áreas. E seguimos vendendo a nossa cidade. Temos mostrado que a cidade está pronta para receber novos investimentos", completa a secretária.

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