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Publicada em 15 de Maio de 2025 às 15:44

Federações convocam greve de 2 dias contra estagnação de conversas com Petrobras

A mobilização da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) ocorrerá nos dias 29 e 30 de maio

A mobilização da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) ocorrerá nos dias 29 e 30 de maio

MAURO PIMENTEL /AFP/JC
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Agências
Na última quarta-feira (14), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) convocaram os empregados da Petrobras para uma greve de dois dias, prevista para 29 e 30 de maio. A mobilização reivindicará avanços nas negociações referentes à remuneração variável dos trabalhadores. As entidades ainda protestarão contra a "incoerência" da estatal, que vai cortar custos ao mesmo tempo que paga dividendos bilionários aos acionistas.
Na última quarta-feira (14), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) convocaram os empregados da Petrobras para uma greve de dois dias, prevista para 29 e 30 de maio. A mobilização reivindicará avanços nas negociações referentes à remuneração variável dos trabalhadores. As entidades ainda protestarão contra a "incoerência" da estatal, que vai cortar custos ao mesmo tempo que paga dividendos bilionários aos acionistas.
A FUP informou que a decisão dá continuidade à mobilização iniciada em março deste ano, quando os trabalhadores fizeram greve de advertência por 24 horas. Segundo as federações, a medida é uma resposta direta à ausência de avanços concretos no diálogo com a direção da Petrobras.
As federações criticam o que classificam como "incoerência" da gestão da estatal, que ao mesmo tempo em que anunciou um lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025 e a distribuição de R$ 11,72 bilhões em dividendos aos acionistas, tem defendido medidas de austeridade interna.
"A insatisfação da categoria aumentou após declarações da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, sinalizando contenção de despesas, mesmo diante do desempenho financeiro positivo da empresa", explicou a FUP em nota.
Na terça-feira (13), durante teleconferências a respeito do resultado da companhia no primeiro trimestre, Magda disse que o corte nos custos, devido aos menores preços do petróleo, deveria pegar também a área corporativa da companhia.
Outro ponto destacado pelas entidades é a preocupação com as condições de segurança nas unidades operacionais da Petrobras. A FUP e a FNP denunciam a prática de subnotificação de acidentes, "como o ocorrido recentemente na plataforma Cherne 1, na Bacia de Campos (RJ)", destacam, e exigem maior transparência e rigor na gestão da segurança dos trabalhadores.

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