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Publicada em 10 de Maio de 2025 às 18:45

Vendas para o Dia das Mães aquecem mercado um ano após a enchente

Calçados, bolsas, roupas e perfumaria tiveram boa performance e despertaram o interesse dos consumidores

Calçados, bolsas, roupas e perfumaria tiveram boa performance e despertaram o interesse dos consumidores

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Claudio Medaglia
Claudio Medaglia Repórter
As vendas para a segunda data mais movimentada do ano no calendário do comércio varejista de Porto Alegre refletem a superação de um momento difícil e a retomada do fluxo de consumo. Isso porque desde o início da semana, milhares de consumidores foram às lojas em busca de presentes pra o Dia das Mães. Cosméticos, flores e roupas lideraram os negócios e projetaram esperança na virada de chave um ano depois da enchente que frustrou as comemorações da data em 2024.
As vendas para a segunda data mais movimentada do ano no calendário do comércio varejista de Porto Alegre refletem a superação de um momento difícil e a retomada do fluxo de consumo. Isso porque desde o início da semana, milhares de consumidores foram às lojas em busca de presentes pra o Dia das Mães. Cosméticos, flores e roupas lideraram os negócios e projetaram esperança na virada de chave um ano depois da enchente que frustrou as comemorações da data em 2024.
Conforme o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas POA), Arcione Piva, a percepção colhida nos estabelecimentos e no visual de shoppings e lojas de rua desde o começo da semana até este sábado é de que as vendas deverão superar a estimativa colhida em pesquisa de intenção de compras que ouviu cerca de 400 consumidores. O tíquete médio pode ser maior do que os R$ 365,00 indicados na consulta.
"Vi lojas de cosméticos e beleza com bom movimento nos shoppings. E estabelecimentos de rua fora do Centro também com grande fluxo de clientes. Os lojistas estão animados, pois os negócios se confirmaram ao longo da semana. E, neste sábado de véspera do Dia das Mães, foi muito forte a venda de flores, outro item muito apreciado por quem recebe", disse o dirigente.
Segundo ele, a performance tem um significado simbólico importante, já que em 2024 muita gente deixou de presentear suas mães, porque estavam envolvidos dom as dificuldades das chuvas extremas que c caíram desde o final de abril e invadiram o mês de maio sem piedade.
"Esse movimento deve jogar para cima o tíquete médio e o investimento das pessoas. Ficamos muito felizes com o que vimos, pois é um indicativo muito positivo".
No centro da Capital, porém, o fluxo de vendas foi mais tímido na tarde deste sábado. No geral, as vendas aconteceram mesmo durante a semana, com resultados satisfatórios, na avaliação do setor.
Calçados, bolsas, roupas e perfumaria tiveram boa performance e despertaram o interesse dos consumidores. Em uma franquia de uma das maiores e mais reconhecidas marcas brasileiras de cosméticos e perfumaria do País, o entra-e-sai da loja foi grande até o fechamento.
O fluxo já era esperado, uma vez que as vendas tradicionalmente são equivalentes ao Natal. Tanto que os preparativos para vender bem começam até 20 dias antes, com decoração padronizada, produtos em destaque, kits pré-montados e outros itens. E o tíquete médio ficou em torno de R$ 500,00.
E os retardatários chegavam sem parar. Filhos buscando presentes para as mães, noras procurando uma lembrança para a sogra e até mães presenteando a si mesmas, porque elas merecem.
A professora de canto Marcela Maris foi às compras para a mãe, a avó e ainda ajudou um aluno sem tempo de procurar um presente por conta própria. A confraternização, conta Marcela, será em um café colonial feito em casa, na tarde deste domingo. E, além das lembranças adquiridas na loja, ela ainda pretendia confeccionar algo pessoal para acrescentar.
Meus pais não são muito ligados em ganhar presentes. E nos presenteiam também com itens criados por eles mesmo. Vou fazer algo assim também”, disse a jovem, antes de sair carregada de sacolas pela Rua dos Andradas.
Em uma loja de uma rede de calçados, bolsas, acessórios e artigos esportivos, os negócios cresceram cerca de 80% nos últimos dias. Tênis e bolsas lideraram as vendas, na faixa de R$ 400,00 a R$ 500,00, observou o gerente, Miguel Souza.
A economista-chefe da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomercio-RS), Patrícia Palermo, observou que pesquisa realizada junto a 539 pessoas em cinco municípios gaúchos mostrou que 71,4% têm intenção de presentear as mães. E, entre os que não iriam comprar presentes, 60,4 justificaram com o fato de não ter a mãe presente.
A intenção de gastos apontada é superior à de 2024. Pesam para esse comportamento os presentes não dados no ano passado, durante as enchentes e os níveis de emprego e renda mais altos. Mas, também, o fato de os itens estarem mais caros”, pontuou Patrícia.
Ela lembrou que os negócios relacionados à data se iniciaram no começo da semana e seguirão até a próxima, em virtude das trocas, que também geram novas vendas.
Os lojistas não podem esperar que os clientes façam super compras, mas sim vender para muita gente. A questão é identificar a melhor estratégia para chegar a esse consumidor”, finalizou.
 

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