Atualização, às 13h40min
Com um investimento de R$ 675 milhões, as operações da fábrica da Coca-Cola Femsa no bairro Sarandi, na zona Norte de Porto Alegre, alagada em maio de 2024 durante as enchentes que causaram destruição no Rio Grande do Sul, foram 100% retomadas após o período de inatividade provocado pelo desastre climático que atingiu o Estado. Para marcar a reinauguração do complexo industrial que conta com mais de 700 funcionários, o presidente em exercício da República, Geraldo Alckmin, e o governador Eduardo Leite participaram de uma solenidade nesta sexta-feira (9). Acompanhados da direção Coca-Cola Femsa Brasil, eles visitaram a unidade na zona Norte da Capital.
Sobre a retomada da companhia após a tragédia climática, Alckmin disse que estava feliz com a reconstrução de uma das fábricas mais modernas do mundo da Coca-Cola. "Tenho que destacar a solidariedade do povo brasileiro com os gaúchos durante o período da tragédia climática", destaca. Segundo o presidente em exercício da República, o Ministério das Cidades vai lançar um edital nos próximos dias mais quatro mil unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida e o auxílio reconstrução de R$ 5.100,00 depositados para 420 mil famílias. "É dever da União trabalhar junto com o Rio Grande do Sul que é um Estado fascinante", ressalta.

Presidente em exercício da República, Geraldo Alckmin, destaca a solidariedade do povo brasileiro ao Rio Grande do Sul
TÂNIA MEINERZ/JC
No seu discurso, o governador Eduardo Leite fez um agradecimento a direção da Coca-Cola Femsa por renovarem a confiança no Rio Grande do Sul. "Tem sido dias de especial emoção para tofos nós onde revivemos tudo que aconteceu no ano passado. Um ano depois poder ver se restabelecer espaços como esse de geração de emprego e de movimentação da economia é bom celebramos a capacidade de superação do povo gaúcho", comenta.
O CEO da Coca-Cola Femsa, Eduardo Pereyra, disse que na tragédia climática de maio de 2024 a empresa focou suas ações em procurar os funcionários e também nos preocupamos em como preservamos os empregos. "Estamos orgulhosos de anunciar a retomada de 100% das nossas operações. Nossas seis linhas de produção em Porto Alegre estão funcionando com um investimento de R$ 675 milhões. Com isso, queremos reiterar o nosso compromisso com os funcionários, com clientes, com o Estado e com o Brasil", acrescenta. Pereyra ressalta que a retomada é um momento de gratidão e olhar positivo para o futuro. "Há cerca de um ano, estávamos paralisando as operações na planta de Porto Alegre. Desde então, uma enorme rede de união, com diferentes instituições e pessoas, empregou esforços para que pudéssemos estar aqui celebrando a reabertura integral da fábrica", explica.
Já Luciana Batista, presidente da Coca-Cola Company para o Brasil e Cone Sul, destaca que o time da companhia trabalha de forma colaborativa e não foi diferente durante a catástrofe climática que atingiu o Estado. "Trabalhamos de forma colaborativa com todos os parceiros do sistema Coca-Cola para conseguir fazer chegar 1 milhão de litros de água a todos os abrigados", comenta.
Além de Alckmin, a solenidade contou com a presença de diretores e funcionários da Coca-Cola. Segundo o presidente em exercício, a retomada das atividades da empresa é um momento especial. Alckmin, que estava acompanhado da esposa Lu Alckmin, do governador Eduardo Leite, do prefeito Sebastião Melo, do CEO da Coca-Cola Femsa, Eduardo Pereyra, e da presidente da Coca-Cola Company para o Brasil e Cone Sul, Luciana Batista, visitou as instalações do empreendimento. A visitação teve duração de aproximadamente 30 minutos.
Em 2024, a Coca-Cola Femsa anunciou um plano de investimentos de R$ 886 milhões no Rio Grande do Sul. Deste total, R$ 675 milhões foram destinados à reconstrução da unidade de Porto Alegre no bairro Sarandi. Também foram destinados R$ 211 milhões voltados a melhorias operacionais no Estado.
Um total de 120 caminhões tiveram perda total, pois ficaram embaixo d'água. O tempo para reinstalação e chegada de novas máquinas levou 10 meses. Já o acesso dos funcionários à sede da fábrica ocorreu em dois meses. A Coca-Cola Femsa Brasil, em conjunto com o sistema Coca-Cola e parceiros, mobilizou esforços para apoiar os públicos locais mais impactados. As ações contemplaram especialmente mais de 360 funcionários afetados pelas enchentes, 10 mil estabelecimentos parceiros e cerca de dois mil catadores de materiais recicláveis da região. Entre doações diretas e iniciativas em parceria, foram destinados mais de R$ 1,5 milhão em alimentos e itens de primeira necessidade, além da doação de 1 milhão de litros de água Crystal para comunidades atingidas.

Unidade da Coca-Cola Femsa na zona Norte de Porto Alegre opera com 100% nas seis linhas de produção
TÂNIA MEINERZ/JC