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Publicada em 08 de Maio de 2025 às 18:10

Saúde do RS ganha destaque em levantamento nacional

Pré-natal e cuidados na primeira infância estão entre os melhores resultados

Pré-natal e cuidados na primeira infância estão entre os melhores resultados

MATEUS BRUXEL/ARQUIVO/JC
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Caren Mello
Caren Mello
Levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) destacou o Rio Grande do Sul em relação à área da saúde. O Índice de Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) apontou o Estado com a maior média no levantamento que teve como recorte dos anos de 2013 a 2023.
Levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) destacou o Rio Grande do Sul em relação à área da saúde. O Índice de Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) apontou o Estado com a maior média no levantamento que teve como recorte dos anos de 2013 a 2023.
Publicado na quinta-feira (8), o índice considerou, entre outros quesitos, a presença de 3,7 médicos por habitantes, colocando o RS em quarto lugar no país. Também foram considerados dados sobre cuidados pré-natal e na primeira infância e gravidez na adolescência. O Rio Grande do Sul é o estado com menor taxa média de gravidez em adolescentes nos estados brasileiros.
“É um indicador que fala de saúde, mas, também, de vulnerabilidade social, educação e inserção no mercado de trabalho. Ser destaque nesse indicador importante para o Rio Grande do Sul ficar nessa posição”, observou o analista em Estudos Econômicos da Firjan, Márcio Felipe Afonso.
De acordo com o analista, a cobertura para pré-natal é mais de 80%, maior do que a média dos outros estados. É a quarta maior cobertura de pré-natal do Brasil. Os cuidados com a primeira infância (de 0 até 4 anos), com a diminuição infecções e óbitos também colaboraram com os índices.
Na análise evolutiva, a média nacional do IFDM Saúde teve um avanço de 29,8%. Esse crescimento ocorreu de maneira generalizada pelo país, abrangendo 89,0% dos municípios analisados. Entre os estados mais bem avaliados, São Paulo se destaca com 79,1% de seus municípios classificados como de desenvolvimento alto ou moderado no IFDM Saúde, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 78,9% bem classificados. Na sequência, Santa Catarina surge com 78,3% e Paraná com 70,4%.
Ainda que as capitais e grandes cidades tenham maior participação na média, não foi o que aconteceu em Porto Alegre. A capital gaúcha caiu em desempenho, passando da 9% posição no país em 2013, para 12% no ranking de 2023. O economista observa que as capitais têm um desempenho médio acima da média do Brasil, impulsionado muito pelo mercado de trabalho. “Porto Alegre, inclusive, teve um desempenho moderado, com uma nota 0.75, que está bem acima da média do Brasil. Porém, a grande pedra no sapato ainda é a Educação”, sublinhou Afonso.
A Capital, segundo o analista, tem indicadores de emprego e renda bastante elevados, enquanto os da saúde demonstrem desempenho moderado. Já a educação foi o índice que ficou com baixo desempenho, o que acabou puxando a nota geral. “O indicador de educação de Porto Alegre foi 0.5705, que aponta a faixa de baixo desenvolvimento.”
O estudo mapeou 5.550 municípios, cerca de 99 % da população brasileira. De todas as cidades avaliadas, 47,3% (2.625), onde vivem 57 milhões de pessoas, registram desenvolvimento socioeconômico baixo (2.376) ou crítico (249). Apenas 4,6% (256) dos municípios alcançaram alto desenvolvimento. Do total, 48,1% (2.669) apresentam nível moderado.
Criado em 2008, o IFDM avaliou os municípios sob três aspectos: Emprego e Renda, Saúde e Educação. Todos os índices apresentaram melhora. Entretanto, Educação foi a que teve maior crescimento no período (+52,1%), seguida pela Saúde (+29,8%) e, por último, Emprego e Renda (+12,1%). Esse desempenho levou a uma redução significativa (87,4%) no número de municípios com desenvolvimento crítico entre 2013 e 2023. A pontuação vai de 0,000 a 1, sendo 1 a melhor a situação do município. 
 

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