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Publicada em 27 de Fevereiro de 2025 às 12:04

Demanda por polietileno verde da Braskem no RS cresce em 2024

Apesar do ciclo de baixa do setor petroquímico, PE verde produzido poderia ser maior, não fossem as enchentes

Apesar do ciclo de baixa do setor petroquímico, PE verde produzido poderia ser maior, não fossem as enchentes

Jefferson bernardes/Braskem/Divulgação/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
A planta da Braskem, localizada no Polo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, é responsável pela produção do polietileno verde (PE Verde), que teve um aumento expressivo no volume de vendas no último trimestre de 2024, chegando a 57 mil toneladas. Esse foi o maior volume trimestral registrado pela companhia desde o início das operações em 2010. Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, houve um crescimento de 24% nas vendas, impulsionado pela maior demanda na Europa e na Ásia. No acumulado de 2024, a produção atingiu 186 mil toneladas.“Nós teríamos tido a possibilidade de operar essa planta a plena carga se não tivéssemos enfrentado problemas causados pelas chuvas e enchentes, que afetaram nossa capacidade de produção e danificaram a rota logística. A linha férrea ficou inutilizável, e tivemos que parar porque não tínhamos como escoar”, explicou o CEO da Braskem, Roberto Ramos, em coletiva de imprensa virtual realizada na manhã desta quinta-feira (27) para apresentar o balanço do último trimestre de 2024 da empresa. A capacidade total de produção de PE Verde é de 260 mil toneladas. “Esperamos que este ano possamos produzir a todo vapor e vender todas as 260 mil toneladas, pois há demanda para isso”, acrescentou.A alta demanda também leva a companhia a considerar novos projetos na região. “Nosso objetivo é ampliar nossa liderança no setor e nos preparar para a eventual entrada de novos concorrentes”, salientou Ramos. Quanto aos investimentos ligados ao Regime Especial da Indústria Química (Reiq), anunciados em janeiro deste ano com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, ele destacou que 30% desses recursos serão direcionados ao Rio Grande do Sul. O montante total da Braskem é de R$ 306 milhões. Entre os projetos está a expansão da planta 4, cuja capacidade de produção será ampliada em 40 mil toneladas.
A planta da Braskem, localizada no Polo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, é responsável pela produção do polietileno verde (PE Verde), que teve um aumento expressivo no volume de vendas no último trimestre de 2024, chegando a 57 mil toneladas. Esse foi o maior volume trimestral registrado pela companhia desde o início das operações em 2010. Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, houve um crescimento de 24% nas vendas, impulsionado pela maior demanda na Europa e na Ásia. No acumulado de 2024, a produção atingiu 186 mil toneladas.

“Nós teríamos tido a possibilidade de operar essa planta a plena carga se não tivéssemos enfrentado problemas causados pelas chuvas e enchentes, que afetaram nossa capacidade de produção e danificaram a rota logística. A linha férrea ficou inutilizável, e tivemos que parar porque não tínhamos como escoar”, explicou o CEO da Braskem, Roberto Ramos, em coletiva de imprensa virtual realizada na manhã desta quinta-feira (27) para apresentar o balanço do último trimestre de 2024 da empresa. A capacidade total de produção de PE Verde é de 260 mil toneladas. “Esperamos que este ano possamos produzir a todo vapor e vender todas as 260 mil toneladas, pois há demanda para isso”, acrescentou.

A alta demanda também leva a companhia a considerar novos projetos na região. “Nosso objetivo é ampliar nossa liderança no setor e nos preparar para a eventual entrada de novos concorrentes”, salientou Ramos. Quanto aos investimentos ligados ao Regime Especial da Indústria Química (Reiq), anunciados em janeiro deste ano com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, ele destacou que 30% desses recursos serão direcionados ao Rio Grande do Sul. O montante total da Braskem é de R$ 306 milhões. Entre os projetos está a expansão da planta 4, cuja capacidade de produção será ampliada em 40 mil toneladas.

Braskem global registra aumento de 46% do EBITDA recorrente em 2024

No cenário global, a Braskem registrou um EBITDA recorrente de US$ 1,1 bilhão em 2024, um aumento de 46% em relação a 2023.  No quarto trimestre, a geração recorrente de caixa foi de R$ 265 milhões, e o EBITDA recorrente alcançou R$ 557 milhões. O Brasil foi o principal responsável por esse resultado, com EBITDA de US$ 889 milhões. Apesar disso, a taxa de utilização das unidades industriais foi de 72%, apenas um ponto percentual acima de 2023, e o volume de vendas permaneceu estável. No México, no entanto, houve um crescimento de 5% no volume de vendas. 
O EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation, and Amortization, em inglês) é um indicador financeiro que mede a geração de caixa operacional antes de descontar juros, impostos, depreciação e amortização, refletindo a capacidade da empresa de gerar receita a partir de suas operações principais.

Os resultados e a demanda no quarto trimestre de 2024 foram impactados pela desaceleração da atividade industrial, pela manutenção da taxa de juros em patamares elevados e pela formação de estoques no terceiro trimestre, um movimento que também foi observado nos Estados Unidos. No período, as vendas no mercado brasileiro caíram em comparação com o trimestre anterior, que havia registrado um maior volume de exportações devido à maior disponibilidade de produtos.

Outro fator que pesou no desempenho da Braskem foi a queda dos "spreads" no mercado internacional em relação ao trimestre anterior e à média anual de 2024. O spread, diferença entre o custo das matérias-primas e o preço de venda dos produtos finais, sofreu forte redução, especialmente no caso do PE e dos principais químicos. “No Brasil, os spreads do PE caíram 23% e os dos principais químicos, 24%, em relação ao terceiro trimestre, refletindo a queda dos preços de referência no mercado internacional devido à menor demanda sazonal”, afirmou Ramos.

O último trimestre do ano também foi marcado por um prejuízo líquido de R$ 5,9 bilhões, decorrente principalmente do impacto de R$ 4,7 bilhões da variação cambial negativa no resultado financeiro consolidado. No acumulado de 2024, o prejuízo líquido chegou a R$ 12,1 bilhões, influenciado pela variação cambial negativa de R$ 11,5 bilhões. “O setor petroquímico ainda atravessa um ciclo de baixa, e nosso desafio é enfrentá-lo com foco no uso racional de recursos e na implementação de iniciativas táticas para mitigar os impactos desse cenário”, explicou Ramos. “Seguiremos em busca da redução da base nafta, do aumento da base gás e da migração para projetos bio-based”, completou.

Ainda, a companhia investiu cerca de US$ 429 milhões em 2024, sendo R$ 360 milhões destinados ao Rio Grande do Sul. 

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