Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 07 de Janeiro de 2025 às 16:45

ONS estima investimento de R$ 1,1 bilhão em transmissão no RS até 2029

Maior parte do aporte será feito em subestações

Maior parte do aporte será feito em subestações

Divulgação Eletrobras/JC
Compartilhe:
Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
De acordo com projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o Rio Grande do Sul receberá investimentos na ordem de R$ 1,1 bilhão no setor de transmissão de energia, no período de 2025 a 2029. O cálculo é do mais recente Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional – Par/Pel e representa um acréscimo de 10% em relação à estimativa de aporte do estudo anterior que abrangeu os anos de 2024 a 2028, cuja a perspectiva era um desembolso de cerca de R$ 1 bilhão.
De acordo com projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o Rio Grande do Sul receberá investimentos na ordem de R$ 1,1 bilhão no setor de transmissão de energia, no período de 2025 a 2029. O cálculo é do mais recente Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional – Par/Pel e representa um acréscimo de 10% em relação à estimativa de aporte do estudo anterior que abrangeu os anos de 2024 a 2028, cuja a perspectiva era um desembolso de cerca de R$ 1 bilhão.
Conforme o levantamento mais atual, a maior parte dos recursos será destinada a subestações (R$ 520 milhões), vindo logo em seguida transformadores (R$ 400 milhões) e linhas de transmissão (R$ 150 milhões). A expectativa de expansão da rede de transmissão, na tensão de 230 kV, permaneceu inalterada nas últimas duas pesquisas, com a tendência de um acréscimo de 78 quilômetros.
Um dos destaques em obras no Rio Grande do Sul, assinalado pelo trabalho feito pelo ONS, é a indicação de uma nova subestação na região de Erechim, que será necessária até janeiro de 2029. Esse complexo, de acordo com o órgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional, proporcionará uma melhoria significativa no perfil de tensão da região Norte do Estado.
Já para o Brasil, o mais recente Par/Pel prevê um conjunto de obras no ciclo 2025-2029 de cerca de 1,26 mil quilômetros de novas linhas de transmissão, além de 14,75 mil MVA de novos transformadores em subestações novas e existentes. Os investimentos estimados para essas estruturas são de R$ 7,6 bilhões, sendo que R$ 5,8 bilhões são empreendimentos novos. Apesar de vultosos, os montantes são bem inferiores aos anunciados no Par/Pel anterior, que analisava o período entre 2024 a 2028 e estimava investimentos na casa de R$ 49 bilhões.
Questionada pela reportagem do Jornal do Comércio (JC) sobre a discrepância dos números, a assessoria de imprensa do ONS informa que “o volume de investimentos indicados no Par/Pel inclui empreendimentos ainda não outorgados, ou seja, que dependem de licitação ou autorização. Em 2024, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou a licitação de um expressivo conjunto de obras após a publicação do último Par/Pel, o que resultou em uma significativa redução no volume de obras pendentes de outorga”.
O diretor de Planejamento do ONS, Alexandre Nunes Zucarato, frisa que o levantamento tem como objetivo apresentar as recomendações operativas para mitigar eventuais problemas encontrados e indicar obras de ampliações e reforços, bem como propor a adequação cronológica do plano de expansão da transmissão. Um dos pontos mencionados no trabalho são os impactos da geração distribuída na segurança elétrica do Sistema Interligado Nacional. Essa atividade, também conhecida como GD, é a produção de energia feita pelo próprio consumidor, na maioria das vezes realizada por meio de sistemas fotovoltaicos solares.
Atualmente, segundo dados do ONS, há um montante de 53 mil MW de geração distribuída no País, o que representa 22% da capacidade instalada no Brasil. Devido a esse relevante volume de energia, Zucarato reforça a importância de um novo modelo de coordenação entre o ONS e os agentes operadores dos recursos distribuídos. Outro desafio, adianta o dirigente, será a futura conexão de cargas elevadas ou grandes consumidores, como é o caso dos Data Centers.

Notícias relacionadas