O Rio Grande do Sul criou 10.238 mil vagas de trabalho com carteira assinada em setembro de 2024. O número é resultado de 124.083 admissões e 113.845 demissões ocorridas no período. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho divulgados na quarta-feira (30). No Estado, o setor de serviços liderou o ranking de vagas com carteira assinada criadas no mês, com saldo de 5.864 empregos. O comércio ficou em segundo lugar, com 3.004 postos, seguido da construção civil, com 1.361. A indústria foi o único setor com saldo negativo na geração de emprego no período, com menos 237 vagas formais.
O saldo do Rio Grande do Sul também é positivo de janeiro a setembro de 2024. Foram 66 mil empregos gerados no ano, a partir de 1.172.080 admissões e 1.106.012 demissões. O setor de serviços detém o maior número de contratações, com saldo de 34.808 vagas formais no período. Após as enchentes, o Rio Grande do Sul ocupa o 8º lugar entre os estados com maior saldo no ano.
"Fechamos com 10.238 mil vagas em setembro. Somos o oitavo estado no Brasil com o maior número de vagas criadas em 2024", destaca o secretário de Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossella.
Segundo Sossella, além dos programas dos governos federal e estadual, a secretaria realizou ações concretas que visa a empregabilidade como o Artesão em Foco onde foram treinados mil pessoas em 2023 e 700 este ano. Além disso, a secretaria possui o RS Qualificação criado no ano passado. "Repassamos recursos financeiros para 202 municípios para qualificação da população. Serão capacitados 16 mil gaúchos", ressalta.
Para o secretário de Trabalho e Desenvolvimento Profissional, os índices positivos pela terceira vez consecutiva estão relacionados às políticas públicas e os investimentos do governo do Estado que contribuíram para a retomada da economia e da empregabilidade. Conforme Sossella, o RS Qualificação 2 terá um foco totalmente diferente. "Vamos destinar um total de R$ 40 milhões que vai propiciar uma bolsa qualificação. A proposta é realizar a capacitação do aluno que busca a empregabilidade é que estão no Cadastro Único para Programas Sociais (CADÚnico)", comenta.
No ano passado, o RS Qualificação recebeu R$ 14 milhões do governo do Estado. A iniciativa do RS Qualificação é uma parceria entre o governo estadual e as prefeituras municipais. Conforme Sossella, serão pagos aos estudantes que fizerem a capacitação o valor de meio salário mínimo (R$ 708,00). O curso terá duração de dois meses. Os editais do RS Qualificação 2 serão abertos a partir da segunda quinzena de novembro.
Sossella disse que a secretaria possui o MEI RS Calamidades - programa criado pelo governo do Estado para a retomada e o incentivo aos microempreendedores individuais atingidos pelas enchentes de maio no Rio Grande do Sul. Para a sua realização neste ano, foram destinados R$ 96 milhões. "Mesmo que não tenha a ver com os números do Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho é importante destacar que foram beneficiados 22 mil microempreendedores individuais atingidos pelas enchentes", acrescenta.