O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, repetiu nesta quinta-feira (24) que a função de reação da autoridade monetária, agora, é a mesma usada durante o último ciclo de cortes da taxa Selic. A diferença, ele afirmou, é que o BC decidiu não fornecer um guidance no processo de aumento dos juros iniciado em setembro, quando a Selic foi elevada de 10,5% para 10,75%.
"O ponto mais importante da nossa última reunião é o firme compromisso de levar a inflação para a meta, para 3%", disse Guillen, em um evento organizado pelo banco JPMorgan em Washington, nos Estados Unidos, paralelamente às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
"O ponto mais importante da nossa última reunião é o firme compromisso de levar a inflação para a meta, para 3%", disse Guillen, em um evento organizado pelo banco JPMorgan em Washington, nos Estados Unidos, paralelamente às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
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O diretor voltou a listar os fatores que levaram o BC a retomar o ciclo de aperto monetário: resiliência da atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, aumento das projeções de inflação da autoridade monetária e desancoragem das expectativas.
Meta contínua
Diogo Guillen também repetiu que a adoção da meta contínua de inflação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) este ano foi a "melhor decisão possível", após a discussão sobre uma eventual elevação do alvo ter provocado a desancoragem das expectativas em 2023. "A decisão final, eu acho, foi a melhor que podíamos ter, porque não temos mais nenhuma incerteza sobre a meta", ele afirmou.
Guillen voltou a dizer que foi justamente o debate sobre uma mudança da meta que levou à desancoragem das expectativas no ano passado. O fato de a manutenção do alvo em 3% não ter levado a uma ancoragem total pode ter a ver com prêmios relacionados às políticas monetária e fiscal, ou pode estar relacionado à inflação corrente.
'Choque de credibilidade'
O diretor de Política Econômica do Banco Central se disse "cético" em relação à possibilidade de a autoridade monetária conduzir um "choque de credibilidade", começando o ciclo de aumento dos juros com uma elevação mais intensa. Na avaliação dele, é necessário ganhar credibilidade ao longo do tempo, agindo tecnicamente.
"A credibilidade é construída dia após dia", afirmou Guillen. "Vamos olhar as projeções de inflação, o hiato do produto, o balanço de riscos, as dimensões usuais para pensar sobre o melhor caminho para os juros para levar a inflação à meta."
Meta contínua
Diogo Guillen também repetiu que a adoção da meta contínua de inflação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) este ano foi a "melhor decisão possível", após a discussão sobre uma eventual elevação do alvo ter provocado a desancoragem das expectativas em 2023. "A decisão final, eu acho, foi a melhor que podíamos ter, porque não temos mais nenhuma incerteza sobre a meta", ele afirmou.
Guillen voltou a dizer que foi justamente o debate sobre uma mudança da meta que levou à desancoragem das expectativas no ano passado. O fato de a manutenção do alvo em 3% não ter levado a uma ancoragem total pode ter a ver com prêmios relacionados às políticas monetária e fiscal, ou pode estar relacionado à inflação corrente.
'Choque de credibilidade'
O diretor de Política Econômica do Banco Central se disse "cético" em relação à possibilidade de a autoridade monetária conduzir um "choque de credibilidade", começando o ciclo de aumento dos juros com uma elevação mais intensa. Na avaliação dele, é necessário ganhar credibilidade ao longo do tempo, agindo tecnicamente.
"A credibilidade é construída dia após dia", afirmou Guillen. "Vamos olhar as projeções de inflação, o hiato do produto, o balanço de riscos, as dimensões usuais para pensar sobre o melhor caminho para os juros para levar a inflação à meta."
Ele repetiu que, na avaliação dele, o principal recado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) é que o colegiado tem um "firme compromisso" com a meta de inflação.
Falando sobre o uso de modelos que levam em conta os impactos da política fiscal na curva de juros, ele defendeu que o BC tem de olhar os efeitos "em todos os canais".
'Forward guidance'
O diretor de Política Econômica do Banco Central repetiu que não vê uma relação mecânica entre os modelos do BC e as decisões de política monetária. Os cenários precisam incorporar diversos fatores e diferentes trajetórias de juros podem levar aos mesmos resultados no futuro, ele argumentou.
"Obviamente, sempre temos uma estratégia. Nós podemos decidir não dar um forward guidance, mas sempre temos um plano, obviamente", afirmou Guillen.
Respondendo a uma pergunta sobre a possibilidade de fazer um ciclo mais "antecipado" - aumentando mais os juros no curto prazo -, Guillen disse que o balanço de riscos do BC e as suas projeções ajudam a demonstrar qual é o plano do colegiado.
Falando sobre o uso de modelos que levam em conta os impactos da política fiscal na curva de juros, ele defendeu que o BC tem de olhar os efeitos "em todos os canais".
'Forward guidance'
O diretor de Política Econômica do Banco Central repetiu que não vê uma relação mecânica entre os modelos do BC e as decisões de política monetária. Os cenários precisam incorporar diversos fatores e diferentes trajetórias de juros podem levar aos mesmos resultados no futuro, ele argumentou.
"Obviamente, sempre temos uma estratégia. Nós podemos decidir não dar um forward guidance, mas sempre temos um plano, obviamente", afirmou Guillen.
Respondendo a uma pergunta sobre a possibilidade de fazer um ciclo mais "antecipado" - aumentando mais os juros no curto prazo -, Guillen disse que o balanço de riscos do BC e as suas projeções ajudam a demonstrar qual é o plano do colegiado.