O ex-governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, palestrou nesta quarta-feira (11) no auditório do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos (Sincodiv/Fenabrave-RS), em Porto Alegre. Na visão dele, a reforma tributária, tema do painel, é positiva e pode contribuir para o crescimento do setor automotivo. "A reforma traz avanços. Eu não tenho a menor dúvida de que irá beneficiar a economia, porque, atualmente, não existe nada igual no mundo quando o assunto é tributação", afirmou, enfatizando a quantidade de tributos que recaem sobre o consumo no Brasil. "São 27 ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)", destacou.
Segundo Rigotto, o setor automotivo sofre hoje a incidência de uma alíquota de 40% de tributação devido à cumulatividade do sistema. Com a reforma aprovada, a alíquota básica será de 26,5%. "Isso significa competitividade e mais empregos para o segmento", afirmou. Ele ressaltou, ainda, que a reforma precisará passar por etapas e que o período de transição, de 2026 a 2032, será importante para ajustes. "Se aparecerem problemas no caminho, teremos tempo de resolvê-los", avaliou.
Ele também analisou o cenário macroeconômico, destacando que os indicadores são positivos e até surpreendentes. "O crescimento do PIB surpreendeu. Além disso, tivemos um mês de deflação (quando os preços de produtos e serviços caem de forma generalizada em determinado período) e isso pode evitar o aumento da taxa básica de juros".
Segundo Rigotto, o setor automotivo sofre hoje a incidência de uma alíquota de 40% de tributação devido à cumulatividade do sistema. Com a reforma aprovada, a alíquota básica será de 26,5%. "Isso significa competitividade e mais empregos para o segmento", afirmou. Ele ressaltou, ainda, que a reforma precisará passar por etapas e que o período de transição, de 2026 a 2032, será importante para ajustes. "Se aparecerem problemas no caminho, teremos tempo de resolvê-los", avaliou.
Ele também analisou o cenário macroeconômico, destacando que os indicadores são positivos e até surpreendentes. "O crescimento do PIB surpreendeu. Além disso, tivemos um mês de deflação (quando os preços de produtos e serviços caem de forma generalizada em determinado período) e isso pode evitar o aumento da taxa básica de juros".
As taxas de juros mais elevadas não são boas para o setor automotivo, pois dificultam o financiamento. "Aumentar os juros freia o crescimento e o investimento produtivo. Havia uma expectativa de aumento, mas tomara que não ocorra", comentou. Uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) está marcada para a próxima quarta-feira para definir a questão.
Por outro lado, ele criticou a polarização política e afirmou que ela é prejudicial para a economia brasileira. "Quando um presidente demonstra em sua fala irresponsabilidade fiscal, isso impacta a política monetária", afirmou. Rigotto alertou também para outro desafio iminente: a estiagem e as queimadas, que poderão afetar os resultados no agronegócio e, consequentemente, no Rio Grande do Sul.
Sobre as enchentes que atingiram o estado em maio, afetando diversos segmentos da economia, o ex-governador afirmou que é necessário avaliar o que foi prometido e o que foi, de fato, entregue. "O crédito demorou a chegar, principalmente para as pequenas empresas. Agora está começando a chegar. Mas eu acredito que a maior falha está na questão habitacional", ponderou.
Por outro lado, ele criticou a polarização política e afirmou que ela é prejudicial para a economia brasileira. "Quando um presidente demonstra em sua fala irresponsabilidade fiscal, isso impacta a política monetária", afirmou. Rigotto alertou também para outro desafio iminente: a estiagem e as queimadas, que poderão afetar os resultados no agronegócio e, consequentemente, no Rio Grande do Sul.
Sobre as enchentes que atingiram o estado em maio, afetando diversos segmentos da economia, o ex-governador afirmou que é necessário avaliar o que foi prometido e o que foi, de fato, entregue. "O crédito demorou a chegar, principalmente para as pequenas empresas. Agora está começando a chegar. Mas eu acredito que a maior falha está na questão habitacional", ponderou.
Ex-governador critica ferrovias e reforça a necessidade de investimentos em logística e infraestrutura
Outro ponto que tem preocupado o ex-governador Germano Rigotto é a falta de investimentos em infraestrutura e logística. Ele apontou a falta de manutenção nas ferrovias. "O fechamento do Aeroporto Salgado Filho é uma tragédia para a economia, mas foram mais de 750 quilômetros de ferrovias afetados, e ainda não há um diagnóstico correto para a recuperação", criticou.
Rigotto afirmou, ainda, que a concessionária das ferrovias não cumpriu com os contratos. "Ela não fez os investimentos previstos no contrato, não irá recuperar a malha. Esse modelo não deu certo, e o governo federal terá que aportar recursos. É um absurdo não termos ligação ferroviária com Santa Catarina", refletiu. O contrato de concessão da Rumo Logística termina em 2027.
Na visão dele, os grandes interessados em administrar ferrovias no Rio Grande do Sul seriam as empresas chinesas, que dependem da logística para as trocas comerciais entre os dois países. "Estamos no extremo sul do Brasil. O Mercosul, que nos favoreceria, praticamente não existe. Antes, éramos o celeiro do Brasil, mas agora outros estados competem com a nossa produção. Se não investirmos em logística, nas malhas ferroviárias e hidroviárias, vamos pagar o preço pela nossa posição geográfica", alertou.
Setor automotivo cresce acima do esperado, avalia presidente do Sincodiv
Das 722 concessionárias gaúchas, quase 300 foram afetadas pelas cheias. O presidente do Sincodiv/Fenabrave, Jefferson Fürstenau, afirmou que, apesar disso, o setor apresentou rápida recuperação e expectativas de crescimento acima do esperado no início do ano. "Julho e agosto foram os melhores meses de vendas dos últimos cinco anos", disse, destacando que o setor espera crescer 14% até o final do ano.
De acordo com ele, o crescimento pode ser justificado pelo dinheiro que entrou no mercado a partir das indenizações das seguradoras após as enchentes. "Claro que só vamos ter uma real dimensão do mercado depois de outubro, mas esperamos crescimento, sim. Além disso, a taxa Selic está estável, o que ajuda no financiamento".
Sobre a reforma tributária, ele considerou que os anos de transição irão demandar mais mão de obra nas empresas do setor. "Vamos ter que contratar mais advogados e profissionais para nos ajudar nesse período. Haverá uma confusão inicial, e nossa expectativa era de que a reforma simplificasse", comentou. Ainda durante o evento, o sindicato anunciou uma doação de R$ 16,5 mil para ajudar na reconstrução do Pão dos Pobres, além de uma parceria para a formação de mão de obra qualificada para o setor, outra dificuldade apontada pelo presidente. "O setor é carente de profissionais no pós-venda, precisamos de mecânicos e também de profissionais nas áreas financeiras e administrativas", finalizou.
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