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Publicada em 09 de Agosto de 2024 às 12:18

A barbearia de Porto Alegre onde barbeiros mal interagem, mas clientes voltam

O estabelecimento funciona no bairro Vila Nova com uma produção quase industrial

O estabelecimento funciona no bairro Vila Nova com uma produção quase industrial

Mauro Belo Schneider/Especial/JC
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Mauro Belo Schneider
Mauro Belo Schneider Editor-executivo
Funciona na Vila Nova, na Zona Sul de Porto Alegre, uma barbearia onde os barbeiros mal falam com os clientes, mas, mesmo assim, eles voltam. O local faz sucesso entre os jovens da geração que prefere não interagir tanto. 
Funciona na Vila Nova, na Zona Sul de Porto Alegre, uma barbearia onde os barbeiros mal falam com os clientes, mas, mesmo assim, eles voltam. O local faz sucesso entre os jovens da geração que prefere não interagir tanto
O empreendimento é administrado por outro jovem, quase da mesma faixa etária de seus clientes. Juliano Stradolini, nas redes sociais, diz ter ajudado "centenas de barbeiros a transformar suas carreiras e a alcançarem o sucesso financeiro". Seu método é baseado no faturamento de R$ 500,00 por dia com cortes de cerca de 15 minutos.  
Talvez isso explique a pouca interação com quem senta na cadeira. Para quem é mais das antigas, estranha, já que, normalmente, a relação entre clientes e barbeiros envolve conversas e troca de experiências. Ir ao barbeiro é quase uma terapia para alguns.  
Os barbeiros do negócio conversam entre eles em um vocabulário próprio. Todos se chamam de "pai", uma gíria que parece estar na moda.
Na hora de pagar, nem o dono do estabelecimento nem o recepcionista (que fica jogando videogame) fazem o trabalho de lidar com a máquina de cartões. Eles pedem que os clientes mesmo coloquem o valor do corte, de R$ 30,00, e sigam os passos para finalizar a cobrança
O negócio fica em uma avenida que leva ao bairro Vila Nova, totalmente fora do burburinho dos centros comerciais. Os diversos adolescentes que frequentam o local (em apenas 30 minutos, seis foram atendidos pelos três barbeiros) chegam e vão embora com carros que os pegam na calçada. O território parece não combinar com a presença de adultos, e é alavancado pelo boca a boca e pelas redes sociais. 
É um case curioso de uma relação entre clientes e negócios que passa por transformações. Quase que uma produção industrial, mas que, como dito no início do texto, do jeito que uma boa parcela da geração Z gosta. 

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