Entre as principais preocupações das transportadoras gaúchas que trabalham com o segmento de cargas conteinerizadas estão os custos, questões de legislação e dificuldades operacionais. Para discutir esses assuntos, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul (Setcergs) resolveu ativar novamente a sua Comissão de Contêineres.
O diretor do Setcergs Carlos Mähler salienta que há uma concentração muito grande de movimentação de contêineres pelo modal rodoviário no Estado, principalmente, na região do Vale do Rio Pardo, com o transporte de tabaco. O dirigente acrescenta que em torno de 25 mil contêineres por ano saem daquela localidade para destinos como os portos de Rio Grande ou catarinenses. “É algo bem significativo economicamente para o Estado e região”, frisa.
Mähler ressalta que entre os tópicos que a Comissão de Contêineres buscará tratar estão as limitações das rodovias e das operações retroportuárias. Ele acrescenta que a recente catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul foi algo que aumentou a necessidade de debater ações para melhorar a infraestrutura gaúcha e buscar uma atividade mais equilibrada.
“A nossa estrutura viária, que já era precária, vai demorar até normalizar”, adverte o integrante do Setcergs. Anteriormente, a Comissão de Contêineres foi coordenada pelo então vice-presidente de Logística Setcergs, Frank Woodhead, que faleceu em 2021.