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Publicada em 17 de Julho de 2024 às 17:19

Utilização da capacidade instalada do setor químico despenca para 58%

Abiquim alerta para riscos de paralisações

Abiquim alerta para riscos de paralisações

BRASKEM/DIVULGA??O/JC
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De acordo com os dados da amostra do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC), o índice de utilização da capacidade instalada da indústria química brasileira atingiu 58% em maio de 2024, menor nível observado desde o início da série histórica da pesquisa, em 1990. Esse resultado, conforme nota da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), denota o cenário crítico, sobretudo, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, ficando sete pontos percentuais abaixo dele (65%) e quatro pontos abaixo do patamar de abril deste ano (62%).
De acordo com os dados da amostra do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC), o índice de utilização da capacidade instalada da indústria química brasileira atingiu 58% em maio de 2024, menor nível observado desde o início da série histórica da pesquisa, em 1990. Esse resultado, conforme nota da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), denota o cenário crítico, sobretudo, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, ficando sete pontos percentuais abaixo dele (65%) e quatro pontos abaixo do patamar de abril deste ano (62%).
Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, com este nível de ocupação, as empresas necessitam realizar mais paradas para manutenção. “Algumas empresas, portanto, acenam, no momento, para a hibernação de unidades, em decorrência da baixa eficiência operacional, além de aumento nas emissões de CO², por tonelada de produto, e, consequentemente, maiores custos de produção. Nesse nível de operação não há atratividade para manter a produção atual e tampouco atrair novos investimentos para o setor”, frisa Fátima.

Desempenho
Dentro desse panorama, os índices Abiquim/Fipe dos produtos químicos de uso industrial mostram um desempenho negativo do setor em maio de 2024 em relação ao mês anterior. A produção recuou expressivos 7,77%, segundo resultado consecutivo de forte queda (em abril de 2024, o índice caiu 9,11%, ante março de 2024), acumulando desaceleração expressiva de 16,17% no bimestre abril-maio.
Com relação às vendas, o recuo foi de 0,76% em maio de 2024 e de -3,59% em abril, resultando em queda de 4,32% no bimestre abril-maio. Já o consumo aparente nacional (CAN) - medido pela equação produção mais importação menos exportação -, caiu 3,5% em maio de 2024, ante aumento observado em abril de 2024 (+2,6%), acumulando queda de 1,02% no bimestre abril-maio de 2024.
Em termos de preços, o IGP Abiquim-Fipe subiu ligeiramente em maio de 2024 (+0,24%), na comparação com o mês anterior, acumulando alta nominal de 1,21% no bimestre abril-maio de 2024. Em termos “reais”, o IGP Abiquim-Fipe, deflacionado pelo IPA-Indústria de Transformação, acumulou queda de 0,70% no bimestre abril-maio deste ano. Em igual período, deflacionando-se o IGP pela variação do Real, em relação ao Dólar, os preços médios registraram queda de 3,53% e, em relação ao Euro, o aumento foi de 3,91%.

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