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Publicada em 08 de Junho de 2024 às 14:18

Feira Ecológica do Menino Deus tem pouca oferta de produtos por causa da enchente

Um número reduzido de pessoas compareceu na feira neste sábado (8)

Um número reduzido de pessoas compareceu na feira neste sábado (8)

Osni Machado/Especial/JC
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Osni Machado
Osni Machado Colunista
A Feira Ecológica do Menino Deus teve um número reduzido de produtores rurais e de itens, principalmente hortaliças, neste sábado (8). A diminuição da oferta e do número de produtores é resultado direto das enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul no mês de maio. A tragédia climática prejudicou, na grande maioria, aqueles que têm suas propriedades em Eldorado do Sul e de Nova Santa Rita. A Feira Ecológica, que ocorre no pátio da Secretaria da Agricultura, na avenida Getúlio Vargas, número 1384, em Porto Alegre, ficou somente um dia sem funcionar, por causa da falta de energia elétrica e do desabastecimento de água no local.Eduardo Gigante, produtor rural, disse que a feira apresentou um pequeno volume de pessoas. “O público deve retornar aos poucos, mas nós estamos enfrentando problemas em relação a oferta de produtos, como por exemplo, hortaliças, que foram muito prejudicadas pelas chuva”, relata. Ele conta que deixou de participar da feira apenas um dia. “Tem produtor que não sabe nem quando vai poder retornar para cá, muitos perderam não só as suas colheitas, mas suas casas”, comenta.A Feira Ecológica funciona nas quartas-feiras, das 11h30min às 17h, e nos sábados, das 7h às 12h30min,  sendo que os produtores fazem um revezamento em relação à participação. Mesmo assim, muitos deles destacaram que um dos fatores prejudiciais para o comparecimento foi e ainda é o deslocamento pelas estradas do Rio Grande do Sul, sendo que inúmeras ficaram interditadas.
A Feira Ecológica do Menino Deus teve um número reduzido de produtores rurais e de itens, principalmente hortaliças, neste sábado (8). A diminuição da oferta e do número de produtores é resultado direto das enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul no mês de maio. A tragédia climática prejudicou, na grande maioria, aqueles que têm suas propriedades em Eldorado do Sul e de Nova Santa Rita. A Feira Ecológica, que ocorre no pátio da Secretaria da Agricultura, na avenida Getúlio Vargas, número 1384, em Porto Alegre, ficou somente um dia sem funcionar, por causa da falta de energia elétrica e do desabastecimento de água no local.

Eduardo Gigante, produtor rural, disse que a feira apresentou um pequeno volume de pessoas. “O público deve retornar aos poucos, mas nós estamos enfrentando problemas em relação a oferta de produtos, como por exemplo, hortaliças, que foram muito prejudicadas pelas chuva”, relata. Ele conta que deixou de participar da feira apenas um dia. “Tem produtor que não sabe nem quando vai poder retornar para cá, muitos perderam não só as suas colheitas, mas suas casas”, comenta.

A Feira Ecológica funciona nas quartas-feiras, das 11h30min às 17h, e nos sábados, das 7h às 12h30min,  sendo que os produtores fazem um revezamento em relação à participação. Mesmo assim, muitos deles destacaram que um dos fatores prejudiciais para o comparecimento foi e ainda é o deslocamento pelas estradas do Rio Grande do Sul, sendo que inúmeras ficaram interditadas.
O produtor rural de Morrinhos do Sul, Francisco de Assis Pereira, destacou muitas perdas na sua área de terra, por causa das chuvas, principalmente do cultivo de verduras. “Eu parei de vir na feira em dois finais de semana por causa do trânsito trancado e pela falta de energia elétrica e de água aqui no bairro Menino Deus”, lembra.

Pereira trouxe, neste sábado, produtos como batata doce, gengibre, aipim, banana e açafrão, porém, nenhuma leguminosa. Ele também comentou sobre o número reduzido de bancas em funcionamento. Segundo ele, o número de bancas oscila entre 34 a 36 nos dias normais.

A produtora, Janete Agostini Pauletti, do município de Ipê, destacou o problema com o deslocamento pelas estradas. “Foi difícil, porque as estradas estavam trancadas ou com barreiras e nós ficamos sem ir para feira durante dois finais de semana”, cita. Janete é produtora de frutas e teve uma parte do pomar de laranjas destruído pelas chuvas. Ele também perdeu a produção de verduras.

Olair Nunes dos Santos, que tem propriedade no município de Nova Santa Rita, disse que, apesar de morar em uma área alta, acabou sendo prejudicado, uma vez que as chuvas acabaram carregando matéria orgânica e plantas. “A erosão foi muito grande na propriedade”, salientou. Ele explicou que, no caso das hortaliças, elas levam ao redor de 20 a 30 dias para poder colher e que esse é o tempo para retomar as atividades, sendo um cenário muito difícil no campo.

A produtora rural Ana Gabriela da Rocha, presente na feira, também teve a sua plantação de citros bastante prejudica. Já a produção de bergamota foi toda perdida. “Nós ficamos por um período de três semanas sem participar da feira, porque não tinha como chegar em Porto Alegre, mas agora já está voltando ao normal”, disse. Ana trouxe para a feira produtos processados, como por exemplo, suco de laranja.

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