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Publicada em 30 de Abril de 2024 às 15:43

Implantação da PCH Saltinho segue em evolução

Usina irá operar no rio Ituim

Usina irá operar no rio Ituim

Divulgação Saltinho Energética/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Depois de ter obtido sua licença ambiental de instalação em agosto de 2023, o projeto da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Saltinho deu mais um passo no seu processo de construção nesta terça-feira (30). A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) declarou de utilidade pública, para fins de desapropriação ou uso, 81,5 hectares de áreas necessárias à implementação da usina.
Depois de ter obtido sua licença ambiental de instalação em agosto de 2023, o projeto da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Saltinho deu mais um passo no seu processo de construção nesta terça-feira (30). A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) declarou de utilidade pública, para fins de desapropriação ou uso, 81,5 hectares de áreas necessárias à implementação da usina.
O empreendimento irá operar no rio Ituim, entre os municípios de Ipê e Muitos Capões, terá potência instalada de 27,27 MW (cerca de 0,7% da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul), com orçamento total previsto de R$ 186 milhões. O diretor da Saltinho Energética, Nelson Dornelas, informa que aproximadamente dois terços do aporte contarão com financiamento do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
As obras do complexo já estão em andamento e o executivo calcula que o pico dos serviços deverá ser atingido no segundo semestre deste ano, envolvendo cerca de 200 pessoas nos trabalhos. “A obra está com andamento adequado”, frisa o dirigente. Ele acrescenta que todos os equipamentos para concretizar a usina já foram contratados. A previsão para a entrada em operação da estrutura é para agosto de 2025.
Dornelas considera que o Rio Grande do Sul ainda tem muito potencial para ser aproveitado na área de geração hidrelétrica de pequeno porte. O diretor-presidente da Associação Gaúcha de Fomento às PCHs (AGPCH), Paulo Sérgio da Silva, também se diz otimista quanto à perspectiva que novos projetos nesse segmento se confirmem no Estado nos próximos anos. “Quem está efetivamente construindo e movimentando a geração de energia no Rio Grande do Sul são as pequenas centrais hidrelétricas”, enfatiza o dirigente.
Um fato que ajuda a sustentar a afirmação de Silva foi o acréscimo da produção de energia na matriz elétrica gaúcha, no primeiro trimestre deste ano, a partir das usinas Cachoeira Cinco Veados e Rincão São Miguel (no rio Toropi) e da PCH Tio Hugo (no rio Jacuí). Para o representante da AGPCH, o que precisa ocorrer para fortalecer o desenvolvimento de empreendimentos dessa natureza é dar o devido reconhecimento à fonte como uma energia renovável e segura, com o governo estabelecendo critérios de remuneração dessa geração que favoreçam a implantação desses complexos.

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