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Publicada em 24 de Abril de 2024 às 18:17

Expositores da Envase Brasil investem em tecnologia para cadeia produtiva

Antônio Stringhini, presidente da Zegla, considera o cenário positivo para negócios do setor

Antônio Stringhini, presidente da Zegla, considera o cenário positivo para negócios do setor

Tânia Meinerz/ Divulgação/ JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
Com foco em tecnologia para a indústria de bebidas e envase, a 15ª edição da Envase Brasil encerra nesta quinta-feira (25) no Parque de Eventos de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. Durante os três dias, a feira, que espera gerar R$ 120 milhões em negócios, evidenciou o potencial metalmecânico da região e apresentou as novidades em automação para o setor. O Rio Grande do Sul é o terceiro Estado que mais exporta máquinas para o segmento, com 13% total.
Com foco em tecnologia para a indústria de bebidas e envase, a 15ª edição da Envase Brasil encerra nesta quinta-feira (25) no Parque de Eventos de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. Durante os três dias, a feira, que espera gerar R$ 120 milhões em negócios, evidenciou o potencial metalmecânico da região e apresentou as novidades em automação para o setor. O Rio Grande do Sul é o terceiro Estado que mais exporta máquinas para o segmento, com 13% total.
No âmbito estadual, a Serra Gaúcha lidera na produção, respondendo por cerca de 80% dos negócios (o topo do ranking traz Bento Gonçalves, com 33% do mercado, Guaporé, com 25,74%, e Caxias do Sul, com 20,14%. A lista de produtos fabricados inclui maquinários para limpar ou secar garrafas e outros recipientes, para encher, fechar, rolhar ou rotular garrafas, caixas, latas, sacos ou outras embalagens, além de prensas, esmagadores e aparelhos semelhantes, para fabricação de vinho, sumos de frutas ou bebidas semelhantes, entre outros.
Para Marijane Paese, presidente do Conselho Superior do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), entidade promotora da Envase Brasil a partir dessa edição, a feira foi uma oportunidade para empresas de pequeno e médio porte se desenvolverem na exportação. “Quando falamos em exportações, estamos lidando com grandes empresas que já estão no mercado internacional. Mas a Envase Brasil representa uma grande oportunidade para o pequeno e médio se fazerem presentes e se desenvolverem ainda mais, explorando também esse mercado."

Empresas apresentam soluções inovadoras na feira

Uma das empresas expositoras no evento e que realizou sua primeira exportação de equipamentos para a cidade de Posadas, na Argentina, em 1999, foi a Zegla. A empresa desenvolve tecnologias para toda a cadeia logística do envase, desde a área úmida até a seca, com encaixotamento e paletização automática. "O mercado é muito dinâmico. Hoje existem diversos tipos de bebidas, há uma preocupação com sustentabilidade, é preciso se adaptar", considerou o supervisor regional de vendas, Cássio Cusin. O presidente da empresa, Antonio Stringhini, complementou afirmando que o cenário para negócios é positivo. "A economia está melhorando para o nosso setor, temos bastante esperança", disse.
No estande da Dalca Brasil, a automação dos processos também foi destaque. O grupo estava lançando na feira o robô Beto, que está sendo testado como 'garçom' em dois restaurantes de Bento Gonçalves. De acordo com o CEO Bruno Andolhe Dal Fré, a tecnologia também pode ser utilizada dentro das indústrias de envase para intralogística. Além disso, havia robôs para realizar empilhamentos na linha final de produção e transporte para armazenagem. "As soluções otimizam funções que são fisicamente desgastantes, além de serem extremamente seguras, pois possuem sensores que detectam a presença de pessoas próximas", explicou.
Tânia Meinerz/ Divulgação/ JC
Dalca Brasil desenvolveu robôs para facilitar o empilhamento e transporte das cargas. FOTO: Tânia Meinerz/JC
Líder nacional na produção e comercialização de máquinas para envase de produtos de limpeza (saneante), a Robopac Brasil também marcou presença na Envase Brasil. Com 800 clientes no Brasil e no exterior, as tecnologias desenvolvidas permitem reduzir perdas de produto e otimizam os equipamentos e processos de acordo com a necessidade de cada empresa. Apesar disso, o presidente da empresa, Judenor Marchioro, ressaltou que o foco da Robopac são as pessoas. "Trabalhamos com gente. Quando as pessoas estão trabalhando e se sentindo bem, o produto final é bom e os clientes ficam satisfeitos", considerou.
Além de máquinas para linha de produção, foi possível encontrar na feira outras tecnologias que são importantes para a cadeia, como aparelhos de raio X, de pesagem e rotulagem. A empresa Varpe, de São Paulo, trouxe seu estande à Serra Gaúcha e apresentou aos visitantes as vantagens dos equipamentos para a economia de recursos e para o meio ambiente. "Temos um equipamento que reduz o consumo de papel de etiqueta. Já os de pesagem ajudam o cliente a saber exatamente quanto tem no seu produto, evitando desperdício", afirmou o diretor da empresa, Armando Aquino.

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