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Publicada em 23 de Abril de 2024 às 18:20

Expansão da potência de energia no RS até março é o dobro do total de 2023

Planta da CMPC em Guaíba inaugurou nova unidade de geração elétrica

Planta da CMPC em Guaíba inaugurou nova unidade de geração elétrica

FABIANO PANIZZI/DIVULGAÇÃO/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
O Rio Grande do Sul, que teve um desempenho tímido na participação do crescimento da geração de energia no Brasil no ano passado, com o acréscimo de somente 21,6 MW, ou seja, 0,2% dos 10.324,2 MW do total do País, neste primeiro trimestre de 2024 observou o resultado praticamente dobrar. O Estado verificou um incremento de 42,4 MW em sua capacidade de produção de energia, de janeiro a março deste ano, o que representa 1,6% do total que expandiu a nação, que foi aproximadamente de 2,6 mil MW.
O Rio Grande do Sul, que teve um desempenho tímido na participação do crescimento da geração de energia no Brasil no ano passado, com o acréscimo de somente 21,6 MW, ou seja, 0,2% dos 10.324,2 MW do total do País, neste primeiro trimestre de 2024 observou o resultado praticamente dobrar. O Estado verificou um incremento de 42,4 MW em sua capacidade de produção de energia, de janeiro a março deste ano, o que representa 1,6% do total que expandiu a nação, que foi aproximadamente de 2,6 mil MW.
De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do começo deste ano até março, entraram em operação em solo gaúcho as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) Cachoeira Cinco Veados, Rincão São Miguel e Tio Hugo e mais a usina a biomassa (que usa matéria orgânica como combustível) da CMCP. A empresa, que tem unidade de produção de celulose no município de Guaíba, já possuía a geração de energia para atender à demanda do complexo, utilizando como combustível o licor negro (subproduto do processo de fabricação de celulose).
Acompanhando o seu aumento de produção, a CMPC decidiu adicionar uma unidade geradora de pouco mais de 31 MW em seu parque industrial, elevando a potência instalada total da sua produção termelétrica para 281,4 MW (o que equivale a cerca de 7% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul). Já as PCHs Cachoeira Cinco Veados e Rincão São Miguel foram implementadas no rio Toropi e a usina Tio Hugo no rio Jacuí. Essas usinas, em conjunto, somam até agora a potência de aproximadamente 11 MW.
O presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura, Paulo Menzel, considera que, apesar do crescimento da produção de energia no Estado neste ano, ainda é um desempenho que precisa melhorar. “A base de comparação é baixa”, argumenta o dirigente. Ele acrescenta que o Rio Grande do Sul necessita focar em várias oportunidades de geração de energia, que ainda podem ser melhor aproveitadas. Menzel cita, como exemplo, as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs – usinas que podem gerar apenas até 5 MW).
Já o coordenador do Grupo Temático de Energia e Telecomunicações da Fiergs, Edilson Deitos, salienta que um dos fatores que deve favorecer o desenvolvimento de novos projetos de usinas gaúchas é a atual capacidade do sistema de transmissão do Estado, mais robusta que no passado. Ele lembra que nos próximos meses deve haver um expressivo incremento na matriz elétrica regional, com a entrada em operação ao longo do ano do parque eólico Coxilha Negra, que está sendo implementado em Santana do Livramento pela Eletrobras.
A estrutura iniciará as atividades por etapas e deverá implicar um aporte de cerca de R$ 2,1 bilhões. Conforme a Aneel, até o começo de 2025, essa usina agregará em torno de 300 MW de potência ao volume de energia produzido no Rio Grande do Sul. “Mas, nós precisamos também de energia firme (que não oscila com as condições climáticas)”, comenta Deitos. É possível obter essa geração através de fontes como a hidrelétrica, com reservatórios, e as fósseis, como gás natural e carvão.
Para 2024, no total do Brasil, a Aneel projeta um crescimento de 10,1 mil MW na matriz elétrica brasileira. A expectativa é que a maior parte desse incremento seja puxada pelas fontes eólica e solar. Nos três primeiros meses do ano, os estados que registraram expansão das capacidades de produção de energia foram Rio Grande do Norte (1.171,33 MW), Minas Gerais (472,8 MW), Bahia (439,9 MW), Ceará (277,25 MW), Piauí (161,12 MW), Rio Grande do Sul (42,44 MW), Mato Grosso do Sul (26 MW), Pernambuco (17,4 MW) e Paraná (10 MW).

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