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Publicada em 14 de Março de 2024 às 15:06

Parque eólico Coxilha Negra entrará em operação por etapas

Complexo está sendo implementado em Santana do Livramento

Complexo está sendo implementado em Santana do Livramento

Alessandro Taciro/ Eletrobras CGT Eletrosul/Divulgação/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
A entrada em atividade comercial do parque eólico Coxilha Negra, que está sendo construído em Santana do Livramento pela Eletrobras, através da sua subsidiária CGT Eletrosul, será realizada de maneira escalonada (por fases). A usina deverá ser totalmente finalizada até o começo do próximo ano.
A entrada em atividade comercial do parque eólico Coxilha Negra, que está sendo construído em Santana do Livramento pela Eletrobras, através da sua subsidiária CGT Eletrosul, será realizada de maneira escalonada (por fases). A usina deverá ser totalmente finalizada até o começo do próximo ano.
A iniciativa é considerada uma das atuais prioridades da Eletrobras. “Junto com a linha (de transmissão de energia) Manaus-Boa Vista, são os dois maiores investimentos da companhia hoje”, enfatiza o presidente da empresa, Ivan Monteiro. Terminado, o parque eólico gaúcho absorverá cerca de R$ 2,1 bilhões em recursos. O projeto é composto por três conjuntos de usinas (Coxilha Negra 2, 3 e 4), que somarão 72 aerogeradores, distribuídos em uma área de 8.644 hectares (o que representa mais de 230 parques da Redenção, em Porto Alegre).
Quando inteiramente acabado, o empreendimento terá uma capacidade instalada de 302 MW, o que corresponde a cerca de 16% da potência eólica em operação, no momento, no Rio Grande do Sul. Neste mês de março, a Eletrobras anunciou que iniciou a operação em teste dos primeiros 15 aerogeradores da usina Coxilha Negra. Cada estrutura tem 125 metros de altura, pesa mais de 1,3 mil toneladas e possui capacidade instalada de 4,2 MW.
Monteiro falou sobre o complexo gaúcho e os resultados financeiros da empresa nesta quinta-feira (14). A companhia verificou no ano passado um lucro líquido de R$ 4,4 bilhões, crescimento de 21% em relação ao resultado de 2022. O executivo frisa que a meta é tornar a Eletrobras mais competitiva e elevar o nível de investimentos, acima da época em que era estatal.
Em 2023, o primeiro ano em que a empresa atuou doze meses completos sob gestão privada, o aporte feito foi de aproximadamente R$ 9 bilhões. O valor supera em cerca de 60% o aplicado em 2022 e significa quase o triplo do registrado em 2021. Para 2024, o executivo estima uma performance semelhante à alcançada no ano passado.
O dirigente detalha que boa parte desses recursos será aplicada em ações que permitam ao setor elétrico ter maior resiliência em momentos de intempéries climáticas que possam prejudicar o abastecimento de energia. Um fato destacado pelo dirigente e que também envolve um ativo localizado no Rio Grande do Sul foi a venda da termelétrica a carvão Candiota 3, situada no município de mesmo nome.
A alienação dessa usina foi encerrada em janeiro deste ano. Em comunicado ao mercado, a empresa informou que “a conclusão da transação é mais um importante marco para a Eletrobras na busca pela redução das emissões de CO2 e em linha com a meta net zero em 2030, uma vez que Candiota representava cerca de um terço das emissões totais da companhia”.

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