Prefeitura de Estrela quer trocar serviço da RGE pelo da Certel

Abaixo-assinado para substituição da distribuidora será encaminhado à Agência Nacional de Energia Elétrica

Por Jefferson Klein

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Dentro do setor elétrico, que é considerado um monopólio natural regulado, o pedido que a prefeitura de Estrela encaminhará para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pode ser considerado como inusitado. O poder municipal solicitará a mudança da concessionária de energia que atende a cidade, substituindo a distribuidora RGE pela cooperativa gaúcha Certel, que é a possibilidade defendida pela administração local.

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Caducidade da concessão é penalidade possível, mas normalmente envolve todos os municípios atendidos pela empresa

A Aneel informa que “a qualidade do serviço de distribuição é acompanhada pela fiscalização sendo possível as sanções cabíveis no caso de constatação de irregularidade praticada pela empresa na prestação do serviço. Dentre as sanções possíveis está a de recomendar ao Poder Concedente a caducidade da concessão”. Porém, o maior empecilho para que a demanda da prefeitura de Estrela vá adiante é que a cassação de uma concessão é prevista para toda área de abrangência de uma distribuidora e não somente para o caso de um município em particular.
Esse processo somente acontece se a concessionária não estiver cumprindo com os indicadores de qualidade do fornecimento de uma maneira em geral ou esteja com seu equilíbrio econômico e financeiro comprometido, o que não é o caso hoje da RGE. Uma fonte do setor vê como possibilidade para que a troca da distribuidora pela cooperativa seja viável um acordo em comum entre todas as partes envolvidas, com indenização da RGE pelos investimentos feitos.
No Rio Grande do Sul já houve alterações de atendimentos de distribuidoras como, por exemplo, quando a CEEE foi privatizada. Também em 2013, Putinga e Anta Gorda mudaram de fornecedor de energia. No entanto, naquela ocasião o Departamento Municipal de Energia Elétrica de Putinga (Demeep) prestava esse serviço de maneira informal e atípica, segundo a Aneel, por não possuir a outorga do direito da concessão. Foi feito um leilão para escolher a nova concessionária para essas duas cidades e a vencedora foi a RGE.