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Publicada em 30 de Novembro de 2023 às 18:37

Federasul intermediará negociação de empresários do Vale do Taquari com Estado

Entidade reuniu empresários de vários setores na tarde desta quinta-feira

Entidade reuniu empresários de vários setores na tarde desta quinta-feira

Rosi Boni/Federasul/Divulgação
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Caren Mello
A Federasul promoveu nesta quinta-feira (30) reunião com empresários e lideranças do Vale do Taquari que foram atingidos pela enchente do último dia 18 de novembro. O segundo evento climático em menos de dois meses trouxe novos prejuízos para as empresas, que buscam formas de reerguerem-se.
A Federasul promoveu nesta quinta-feira (30) reunião com empresários e lideranças do Vale do Taquari que foram atingidos pela enchente do último dia 18 de novembro. O segundo evento climático em menos de dois meses trouxe novos prejuízos para as empresas, que buscam formas de reerguerem-se.
Do encontro, coordenado pelo presidente da Federação, Rodrigo Sousa Costa, saíram propostas a serem levadas à Assembleia Legislativa e ao Governo do Estado. “Vamos fazer um diagnóstico e pensar em estratégias. A Federasul está de braços dados com cada um de vocês”, disse o dirigente.
O grupo de empresários reivindica abertura de linhas de créditos com faixas de juros e prazos diferenciadas. Os recursos serão utilizados para reposição de maquinário, compra de terras e aluguéis de espaços mais afastados da rio. “Precisamos de recursos, com acesso fácil, rápido e desburocratizado. Entendemos que, se eles vierem, serão não só para a nossa recuperação, mas reverterão em impostos para o Estado. É um ciclo”, salientou o sócio-diretor do Frigorífico Bom Frango, Jeferson Vigor. “Não queremos nada doado. Só um empréstimo compatível com a tragédia que vivemos”, acrescentou.
A Bom Frango, que perdeu mais de R$ 20 milhões entre maquinário e produtos prontos, montou um centro de distribuição fora da cidade, e tomou a decisão de que não haverá demissões. São 1,2 mil empregos entre diretos e indiretos.
Outro empresário presente na reunião, Igor Weingartnen, da Cooperativa Dália Alimentos, mostrou preocupação tanto com os associados quanto com os produtores. Com 76 anos de existência e 2,7 mil associados, a Dália exporta para 16 países, mas também mantém pequenos produtores. “Na enchente de setembro, tivemos um prejuízo de R$ 40 milhões, sem considerar o produtor lá do campo. Se as grandes não forem ajudadas, as pequenas que dependem delas também sofrerão”, disse o empresário, ao ressaltar que inúmeras empresas da região atuam em codependência.
Além das perdas físicas de máquinas, matérias-primas e produtos, o grupo também teme a perda de mercado, uma vez que não estão conseguindo produzir como antes, o que pode fazer com que sejam substituídos. Outra dificuldade está na falta de acesso para outras áreas, impedindo o escoamento da produção e a transferências de máquinas e equipamentos para locais mais seguros.
Ao final da reunião, o presidente da Federasul ressaltou a importância de soluções que não sejam paliativas. “Vamos construir com o governo do Estado, com o Legislativo e com os bancos uma saída”, garantiu Rodrigo Costa.

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