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MERCADO FINANCEIRO

- Publicada em 09 de Novembro de 2023 às 20:06

'Special situations' aquecem mercado de crédito no Brasil

Painelistas citaram estoque de crédito no País, que chega a R$ 4,497 trilhões

Painelistas citaram estoque de crédito no País, que chega a R$ 4,497 trilhões


EVANDRO OLIVEIRA
O conceito Special Situations, que caracteriza investimentos em ativos alternativos e de alto risco, alto retorno financeiro e elevada complexidade jurídica, abriu os trabalhos da primeira edição do Fórum Econômico do Rio Grande do Sul. Promovido pela Propósito e pelo Jornal do Comércio, o evento reuniu empreendedores do setor financeiro no Instituto Caldeira no dia 24 de outubro.
O conceito Special Situations, que caracteriza investimentos em ativos alternativos e de alto risco, alto retorno financeiro e elevada complexidade jurídica, abriu os trabalhos da primeira edição do Fórum Econômico do Rio Grande do Sul. Promovido pela Propósito e pelo Jornal do Comércio, o evento reuniu empreendedores do setor financeiro no Instituto Caldeira no dia 24 de outubro.
Entre eles, estavam Fábio Rech, da Quarter; Guilherme Previdi, do Grupo Baru Crédito; Rafael Flores Nunes, da Harbour; e Leandro Nunes, da L'Arca Capital. Cada um deles falou sobre sua experiência à frente de negócios financeiros criados no Rio Grande do Sul.
Previdi iniciou sua fala ressaltando que é "difícil dizer o que é uma operação de baixo risco". "É special situation o tempo todo", frisou, lembrando, ainda, que "o Brasil é um mercado com potencial enorme".
Já Rafael Nunes citou que o mercado vem enfrentando muitos desafios, e a esperança é que 2024 seja "mais tranquilo".
Rech compartilhou sua experiência com o trabalho da Quarter focado em precatórios. "No precatório federal, há a União com uma decisão já julgada e um deságio de preço interessante", expôs. Basicamente, a ideia é que se crie um mercado em que os investidores gerais possam comprar os precatórios.
"Há um déficit de R$ 140 bilhões de precatórios da União para serem pagos no Brasil", mensurou.
Leandro Nunes comentou que enxerga uma descentralização da poupança no País. Para ele, a XP é o grande case que exemplifica isso.
"Por que isso não pode se consolidar no mercado de crédito também?", questionou ele, gerando reflexões na plateia.
Os painelistas mencionaram, ainda, que o estoque de operações de crédito atingiu R$ 4,497 trilhões em outubro no Brasil, o que seria uma oportunidade para gestoras locais.
"Os bancos não conseguem atender tudo. Achar R$ 20 bilhões no mercado não é difícil", salientou Previdi sobre a atuação dessas empresas.
O segredo, afirmaram acreditar, é que as gestoras sejam mais rápidas que os grandes bancos, mesmo que cobrem mais que eles.
Outro assunto bastante citado foi a questão da segurança dos investidores. "Nossa palavra é pulverizar riscos", sublinhou Previdi antes de falar sobre a escalada de recuperações judiciais de empresas, o que, para ele, é um problema grave e que gera consequências no segmento.
"Não dá para repassar a redução da Selic ainda, pois o mercado está estressado", adjetivou.

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