"O Rio Grande do Sul tem pressa, porque já faz algumas meses que o processo de privatização da Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento) está concluído. A decisão no mérito já foi feita pela população duas vezes: pelos representantes da Assembleia Legislativa que decidiram em nome da população pela privatização e pelo povo gaúcho que elegeu um governo que claramente defendia esse caminho para a empresa. Estamos pedindo que o processo se resolva de uma vez por todas porque o Estado tem urgência." A afirmação é do governador Eduardo Leite, ao ser questionado sobre a conclusão da venda da estatal, empacada na Justiça.
Segundo Leite, o governo do Estado em momento algum pediu sigilo sobre o processo da Corsan. O que foi pedido, conforme o governador, é que essa situação se resolva logo.
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Segundo Leite, o saneamento do Rio Grande do Sul está muito atrasado. "Precisamos de investimentos robustos e com agilidade para oferecer qualidade de vida especialmente para a população mais carente".
Conforme Leite, quem está contra a privatização da Companhia geralmente vive em localidades que são atendidas pelo saneamento. "Uma grande parte da população está recebendo o esgoto in natura na frente das suas casas e é submetida a condições insalubres que afetam a saúde das suas famílias e prejudicam a sociedade. "Queremos resolver logo esse problema para poder deslanchar um novo momento do saneamento no Rio Grande do Sul", acrescenta.
Na segunda-feira, o Ministério Público de Contas do Rio Grande do Sul (MPC) se manifestou contra a conclusão de privatização da Corsan, leiloada em dezembro do ano passado para o grupo Aegea. No documento, assinado pelo procurador-geral Geraldo Da Camino, o órgão defendeu que a cautelar que barra a assinatura no Tribunal de Contas do Estado (TCE) seja mantida.
Um levantamento do Sindiágua, sindicato dos servidores da Corsan apontou que o valor econômico da Companhia atinge R$ 6,5 bilhões, cifra 75% maior do que o lance único dado no leilão da companhia em dezembro do ano passado. A empresa foi arrematada por R$ 4,15 bilhões, 1,15% acima do lance mínimo fixado pelo governo do Estado. O consórcio comprador ficará com os contratos de 317 municípios gaúchos na área do saneamento.


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