Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

Construção Civil

- Publicada em 22 de Junho de 2023 às 16:47

Vendas de imóveis no Litoral Norte atingem R$ 506,2 milhões no primeiro trimestre deste ano

Vice-presidente do Sindsucoin/RS, Alfredo Pessi, destaca que pandemia acelerou a presença de gaúchos no Litoral Norte

Vice-presidente do Sindsucoin/RS, Alfredo Pessi, destaca que pandemia acelerou a presença de gaúchos no Litoral Norte


TÂNIA MEINERZ/JC
O mercado imobiliário nas praias do Litoral Norte do Rio Grande do Sul registrou um total de R$ 506,2 milhões em vendas no primeiro trimestre de 2023. O valor é superior ao atingido nos primeiros três meses de 2022  que chegou a R$ 372,2 milhões. Essa elevação da comercialização de prédios residenciais e de casas em condomínios fechados é atribuído a pandemia da Covid-19 que acelerou a presença de diversas famílias gaúchas nas praias do Litoral Norte. A afirmação é do vice-presidente do Sindicato das Industrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon/RS) e coordenador regional do Litoral Norte, Alfredo Pessi Neto, ao explicar que as pessoas estão em busca de qualidade de vida somada a presença de segurança, serviços de saúde e polos de educação. Segundo o vice-presidente do Sinduscon/RS, quando da ocorrência da pandemia em 2020 o processo de compra de imóveis no Litoral Norte avançou uns 10 anos o que foi extremamente positivo para o setor da construção civil.
O mercado imobiliário nas praias do Litoral Norte do Rio Grande do Sul registrou um total de R$ 506,2 milhões em vendas no primeiro trimestre de 2023. O valor é superior ao atingido nos primeiros três meses de 2022  que chegou a R$ 372,2 milhões. Essa elevação da comercialização de prédios residenciais e de casas em condomínios fechados é atribuído a pandemia da Covid-19 que acelerou a presença de diversas famílias gaúchas nas praias do Litoral Norte. A afirmação é do vice-presidente do Sindicato das Industrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon/RS) e coordenador regional do Litoral Norte, Alfredo Pessi Neto, ao explicar que as pessoas estão em busca de qualidade de vida somada a presença de segurança, serviços de saúde e polos de educação. Segundo o vice-presidente do Sinduscon/RS, quando da ocorrência da pandemia em 2020 o processo de compra de imóveis no Litoral Norte avançou uns 10 anos o que foi extremamente positivo para o setor da construção civil.
 

• LEIA MAIS: Estudo quer mapear aumento populacional do Litoral Norte após a pandemia



Jornal do Comércio - Como o senhor avalia o mercado imobiliário no Litoral Norte do Rio Grande do Sul ?
Alfredo Pessi Neto - As vendas no mercado imobiliário do Litoral Norte do Rio Grande do Sul tiveram um crescimento de 35,9% no primeiro trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022. A comercialização de imóveis chegou a R$ 506,2 milhões nos primeiros três meses deste ano contra R$ 372, 2 milhões de 2022. Esse resultado indica assim uma tendência positiva no mercado imobiliário, mostrando sua força e estabilidade independentemente do cenário político e econômico. E mostrando que as pessoas decidiram definitivamente fixar residência nas praias. Elas perceberam, por exemplo, que locais como Capão da Canoa e Xangri-Lá estão dotados dos mesmos serviços oferecidos em Porto Alegre. E neste caso, a opção é permanecer na praia e eventualmente ir até a Capital para resolver algum negócio. 
JC - Os resultados do primeiro trimestre deste ano são atribuídos a que fatores?
Alfredo - O mercado imobiliário do Litoral Norte tem toda uma característica que já existia antes da pandemia da Covid-19: as pessoas estão em busca de qualidade de vida. Fizemos um trabalho com os 23 municípios da região que representam o Litoral Norte no sentido de mostrar a infraestrutura das praias gaúchas. As pessoas estão em busca de qualidade de vida, ou seja, que as regiões tenham segurança pública, escolas e serviços de saúde como existe em Porto Alegre. Quando veio a pandemia em 2020 realmente o processo de compra de imóveis no Litoral Norte avançou certamente uns 10 anos o que foi extremamente positivo para o setor da construção civil.
JC - Qual o público que vive no Litoral e quem tem buscado imóveis na região?
Alfredo - Não é apenas a terceira idade que vive na região. Tivemos o interesse de famílias de diversas partes do Rio Grande do Sul de viver com seus filhos no Litoral. A ideia com a aquisição do imóvel foi de construir uma história com seus filhos. Com a pandemia, as pessoas decidiram que a qualidade de vida deveria ser agora e não deixar para depois. Com a presença de pessoas de diversas regiões do Estado, foi construído, por exemplo, durante a pandemia em Capão da Canoa o colégio Pastor Dohms com seis mil metros quadrados de área. Mais de 50% dos alunos matriculados na escola são de fora de Capão da Canoa. Ou seja, são pessoas que não moravam na cidade e que decidiram em função da pandemia viver no Litoral em definitivo. Já a terceira idade que já morava na região antes da pandemia continua com seu interesse pela tranquilidade proporcionada pelas praias do Litoral Norte.
JC - Em razão da pandemia, as pessoas decidiram ficar ou adquirir um imóvel na praia?
Alfredo - Boa parte da população do Rio Grande do Sul dos 497 municípios possui um imóvel na praia que eram utilizados para o lazer e não como moradia. Com a pandemia, as pessoas decidiram morar nesses imóveis. Com isso, a família que estava dividida começou de uma hora para outra a viver na praia - pais e filhos. O trabalho virtual (home office) proporcionou que as pessoas ficassem no Litoral Norte sem a necessidade de trabalhar na empresa ou, por exemplo, ter que viajar a São Paulo ou a outro estado. A qualidade de vida fez com que as pessoas tenham optado por morar em Capão da Canoa, Xangri-Lá e também nas praias de Arroio Teixeira, Arroio do Sal e Torres. Todas as praias tiveram um aumento no número de moradores em razão da pandemia. Temos pessoas, por exemplo, de cidades como Uruguaiana, São Borja, Soledade, São Leopoldo, e mesmo de Porto Alegre que estão vivendo no Litoral. São gaúchos  que já tem uma história de vida bem estruturada financeiramente e profissionalmente que decidiram morar na praia.
JC - Quais as praias que tiveram aumento das construções?
Alfredo - Tivemos um aumento de construções residenciais e de população nas praias de Xangri-Lá e Capão da Canoa. São locais em que estava havendo uma grande movimentação de obras. Porém, a pandemia da Covid-19 acelerou mais a quantidade de construções, mas também cresceu a comercialização de casas em condomínio fechado e também dos prédios residenciais localizados em Capão da Canoa, Tramandaí e Torres. Além disso, o tipo de moradia exigido pelos moradores também mudou depois da pandemia. As pessoas querem prédios e casas em condomínio com segurança e com mais infraestrutura de lazer. Estamos fazendo de tudo para melhorar a infraestrutura das moradias porque a estimativa é que o mercado imobiliário no Litoral Norte continuará crescendo.