Um estudo inédito começa a ser desenvolvido entre o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-RS) Litoral Norte com o apoio de 23 municípios litorâneos com o objetivo de conhecer o número mais exato da população residente na região. O vice-presidente do Sinduscon-RS e coordenador regional do Litoral Norte, Alfredo Pessi Neto, informa que esse trabalho será permanente.
De acordo com Pessi Neto, as prefeituras irão encaminhar, de modo sistemático ao Sinduscon-RS, os dados referentes à coleta diária de lixo - com base no volume registrado será feito um cálculo para determinar o número aproximado de quantas pessoas habitam cada cidade.
O estudo leva em consideração o cálculo de que cada pessoa produz 700 gramas de lixo por dia e, deste modo, é feita uma divisão pelo valor total coletado em um determinado período. O lançamento dessa pesquisa estatística deve ocorrer no segundo semestre deste ano, provavelmente, em novembro. Ele explica que com esses dados, os municípios poderão traçar as suas metas e, deste modo, melhorar as suas infraestruturas, ampliando, por exemplo, o saneamento básico e fazendo ações para melhorar a área prioritárias como saúde, educação, segurança pública e, principalmente, na atração de novos investimentos.
Pessi Neto explica que, pelo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020, havia cerca de 500 mil habitantes nas cidades do Litoral Norte. Entretanto, a partir de uma primeira análise do lixo produzido, esse número subiu para 850 mil residentes. "Neste ano, nós vamos fazer o monitoramento, mês a mês, com a ajuda dos municípios para saber se a população cresceu mais e se ela já se aproxima de um milhão de pessoas", destaca.
Ele relata que, no momento, a entidade está conversando com as prefeituras a fim de conseguir essa adesão de todos. Um primeiro levantamento, em 2020, constatou que, apenas em Capão da Canoa, a população residente passou de 80 mil habitantes para cerca de 100 mil pessoas. E no último Réveillon foram produzidas, na cidade litorânea, 980 toneladas de lixo, o que projeta cerca de 1 milhão de pessoas, somando residentes e visitantes.
Mesmo sem dados oficiais a respeito do aumento populacional, as empresas já perceberam essa mudança, tanto que novos empreendimentos de negócios, saúde e habitacionais não param de surgir na região. Pessi Neto cita, por exemplo, investimentos na área da educação, como a iniciativa do colégio Pastor Dohms em Capão da Canoa. Em junho do ano passado, a instituição construiu um prédio escola com 670 metros quadrados de área construída. "A procura por vaga foi tanta que se esgotou antes mesmo de serem abertas as portas. Cerca de 20% dos estudantes que buscaram ingresso não conseguiram", relata o executivo.
O Sinduscon Litoral Norte, em conjunto com a prefeitura de Capão da Canoa, está em tratativas com universidades para instalação de faculdades de Engenharia e Arquitetura e para demais áreas no município. Pessi Neto cita que a entidade vai reunir-se com a Pontifícia Universidade Católica (Pucrs) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) para tratar do assunto.
Novo hospital de Xangri-Lá custou R$ 100 milhões
Empreendimento LifePlus deve abrir as portas ainda durante a temporada
lifeplus/divulgação/jc
O vice-presidente do Sinduscon-RS e coordenador regional do Litoral Norte, Alfredo Pessi Neto, destaca também a chegada de empreendimentos ligados à área da saúde, como por exemplo, o hospital dia Life Plus, em Xangri-lá, que recebeu investimentos de R$ 100 milhões e deve abrir as portas ainda neste verão. "O hospital vem para melhorar o atendimento na área da saúde local, bem como, para atender as demandas de outras cidades localizadas ao redor", salienta.
Outro destaque na área da saúde é um empreendimento, que será executado pelo Grupo Pessi Construções e Incorporações, do qual, Pessi Neto é diretor. Ele informa que um complexo hospitalar será construído no centro de Capão da Canoa. Pessi Neto prevê que até a Páscoa deva correr o lançamento da pedra fundamental desse empreendimento e que em setembro deste ano venha a ocorrer o início das obras, que tem como prazo 30 meses de execução.
O vice-presidente do Sinducon-RS Litoral Norte informa que as obras do Porto Meridional de Arroio do Sal também estão em fase de aprovação junto aos órgãos ambientais. Neste momento, os papéis estão tramitando em Brasília e no Rio Grande do Sul para encaminhar o empreendimento portuário.
Para o desenvolvimento dos 23 municípios sob a jurisdição do Sinduscon-RS Litoral Norte, a entidade também trabalha com as prefeituras para o bem-estar de moradores, veranistas e a vinda de empreendedores.
Neste sentido, o Sindiscon-RS auxilia os prefeitos na tomada de decisão e também em tudo aquilo que possa contribuir para "modernização" de planos diretores, em via de aprovação. De acordo com ele, neste momento, Xangri-lá já está aprovando o seu plano diretor e Tramandaí está para começar.
Pessi Neto explica que o Sinduscon-RS procura orientar com informações que contribuam na modernização dos planos diretores, como por exemplo, adaptá-los a uma nova realidade de mercado. "Que eles atendam às novas necessidades das pessoas, como a preferência por imóveis compartilhados, ou imóveis com 200 a 250 metros quadrados ou mais, aspectos que muitos planos diretores atualmente não permitem.
Ele lembra também que 80% do desenvolvimento da região litorânea ocorre por causa da atividade da construção civil. "Toda a cadeia produtiva inicia na construção casas, prédios, loteamentos, condomínios, que por sua vez, geram outros serviços e empregos. Ele informa que Capão da Canoa e Xangri-lá são os grandes pólos da construção civil no Litoral Norte. Estes municípios são seguidos por Tramandaí e Imbé na atualidade.
Segundo ele, o Sinduscon-RS Litoral Norte também atua com as prefeituras na preservação do meio ambiente para cuidar das praias. "O mar, as lagoas não podem ser poluídas. É necessário um cuidado com o lençol freático que é baixo", comenta.
Pessi Neto informa que o Sinduscon-RS vem trabalhando há muito tempo em relação a esta questão. "Estamos inclusive visitando outros locais em que as técnicas de saneamento são mais avançadas e, deste modo, poder ajudar as prefeituras nas tomadas de decisões. Nós já visitamos Gramado e outras cidades fora do Rio Grande do Sul, indo a Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro", acrescenta.
Condomínios atraem mais residentes para o Litoral Norte
Últimas áreas disponíveis em Xangri-Lá receberão empreendimentos nos próximos anos
Fernanda Pitol/divulgação/jc
O município de Xangri-Lá recebe, cada vez mais, a preferência de novos investidores para empreendimentos direcionados à área da construção civil. Com 36 condomínios instalados no balneário, 28 no momento já estão prontos e mais oito em processo de construção, segundo informações do secretário Antonio Carvalho, da pasta do Planejamento do município.
Ele lembra que Xangri-Lá também está, atualmente, com três loteamentos em processo de liberação para dar início às obras. Carvalho explica que essa atração exercida por Xangri-Lá para implantação de novos condomínios vem desde vem de muito longe. Ele cita por exemplo, Elmar Ricardo Wagner, empreendedor que levou para o Litoral Norte o conceito de condomínio fechado no início da década de 1980.
Carvalho destaca que o município se beneficia com os novos negócios e é uma relação que resulta em prosperidade. Segundo ele, boa parte da infraestrutura de saneamento básico resulta de parte das obras dos próprios condomínios realizada pelos empreendedores. O secretário diz que não é só neste aspecto que Xangri-Lá tem vantagens, mas, inclusive, com a construção da estação de tratamento dois que foi feita com recursos dos empreendedores.
Ele diz que os jovens também gostam de Xangri-Lá. "A nossa noite é muito atraente na praia de Atlântida com grandes shows". Carvalho cita que muitas famílias adquirem suas casas em condomínios em Xangri-Lá, porque sabem que os seus filhos gostam do divertimento oferecido pela cidade. Ele lembra que Xangri-Lá também apresenta um perfil arquitetônico horizontal, por causa do número de condomínios instalados no local.
Carvalho diz que os condomínios também movimentam a cadeia da construção civil e demais setores da economia local, atraindo também novos negócios. "Neste ano, foram abertos três novos mercados na cidade, além de inúmeras farmácias, entre elas São João e Panvel", informa o secretário.
Outro ponto, lembrado por ele, é o aumento no número de residentes em Xangri-Lá por conta da pandemia. "Quem pode trabalhar em home office prefere o município pela qualidade de vida que ele oferece".
O secretário também destaca a construção do Hospital e Centro Clínico LifePlus no município, fruto de um investimento de R$ 100 milhões em recursos privados. O empreendimento, que está praticamente pronto, segundo ele, também contribui muito para o desenvolvimento local. "A previsão é que a partir de março deste ano o hospital comece a atuar".
O secretário explica Xangri-Lá está em processo de revisão do seu Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. O assunto, segundo ele começou em 2019. Estão em debates muitos temas, entre eles, a mobilidade urbana, o uso e ocupação do solo, expansão urbana, preservação ambiental, desenvolvimento turístico e econômico, infraestrutura de saneamento e recursos hídricos. "Xangri-Lá fez todas as audiências públicas durante 2021 e já temos a redação das (leis) em contrato com a Universidade do Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs)", explica. Carvalho diz que agora está nas mãos da Secretaria de Planejamento e do Poder Executivo do município, de um modo geral e estão sendo revisadas todas (as leis) e vai para a câmara de vereadores no final de março para que sejam feitas as audiências da câmara e votado a partir de abril deste ano.
Esse plano diretor apresenta melhorias, como por exemplo, o planejamento e estruturação de esgoto da cidade. O secretário explica que a parte viária também recebe atenção no texto do plano diretor. Ele diz que o município está crescendo e é necessário que haja com perfeito planejamento para atender as necessidades. "No último censo, que foi feito em 2008, Xangri-Lá tinha 16 mil habitantes, porém, acreditamos que a população residente já passe de 30 mil pessoas", comenta.
Ele diz que há um grande número de pessoas que trabalham na área da construção civil e que estão morando na cidade. Também tem veranistas, que acabaram residindo em Xangri-Lá.
Entre os novos empreendimentos está o Amare Home Resort. A Dallasanta, em parceria com a Salton Urbanizadora, lançou recentemente o Amare Home Resort. O empreendimento, concebido como um produto premium, ocupará a última área nobre de aproximadamente 20 hectares disponíveis à construção de condomínios em Xangri-Lá, perto da entrada oficial do balneário. O novo projeto imobiliário contará com 306 terrenos, infraestrutura completa e diferenciais como espaço para coworking com sala de reuniões, quadra de beach tennis coberta, ambientes para cuidados de beleza e bem-estar, loja de conveniência 24h e rooftop.
Bem perto dali, um outro condomínio deve sair logo do papel: o empreendimento Amaná, com 209 casas de até 240m², com um Valor Geral de Vendas (VGV) de mais de R$ 300 milhões. Ele está localizado na última área disponível em Atlântida.


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