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Economia

Energia

- Publicada em 07 de Junho de 2023 às 18:20

Retorno de investimento em sistemas fotovoltaicos teve pouca alteração com nova legislação, aponta levantamento do Portal Solar

Na Região Sul estimativa de payback dos equipamentos é de quatro anos e dois meses

Na Região Sul estimativa de payback dos equipamentos é de quatro anos e dois meses


Instituto Ideal/Divulgação/JC
Passados cinco meses desde que a lei 14.300 modificou as regras para a geração distribuída (em que o consumidor produz sua própria energia) no Brasil, a mudança no payback (retorno do investimento) da implantação de sistemas fotovoltaicos em residências não sofreu grandes alterações. Conforme dados do Portal Solar, franqueadora para venda e instalação de painéis solares, a Região Sul do País é a que teve o menor impacto, aumentando o payback em apenas um mês (considerando um gasto médio mensal de R$ 500,00 com a conta de luz e o custo de instalação dos painéis em cerca de R$ 25 mil), deixando a recuperação do aporte do investidor em quatro anos e dois meses.
Passados cinco meses desde que a lei 14.300 modificou as regras para a geração distribuída (em que o consumidor produz sua própria energia) no Brasil, a mudança no payback (retorno do investimento) da implantação de sistemas fotovoltaicos em residências não sofreu grandes alterações. Conforme dados do Portal Solar, franqueadora para venda e instalação de painéis solares, a Região Sul do País é a que teve o menor impacto, aumentando o payback em apenas um mês (considerando um gasto médio mensal de R$ 500,00 com a conta de luz e o custo de instalação dos painéis em cerca de R$ 25 mil), deixando a recuperação do aporte do investidor em quatro anos e dois meses.

Atualmente, ainda segundo o levantamento, o prazo mais curto para que a solução se pague é verificado no Centro-Oeste: três anos e três meses. Inicialmente, os empreendedores envolvidos com o setor fotovoltaico temiam que a lei 14.300 pudesse prejudicar a competitividade do segmento. No entanto, para o CEO do Portal Solar, Rodolfo Meyer, a regulamentação trouxe segurança jurídica e regras mais claras. “Ou seja, trata-se de um modelo justo e equilibrado, que traz vantagens para todos os lados”, ressalta. Ele acrescenta que os preços dos equipamentos vêm caindo, aquecendo o mercado.
JC
A coordenadora estadual da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e diretora da Solled Energia, Mara Schwengber, confirma que o custo dos sistemas fotovoltaicos está menor neste ano em relação a 2022. Ela calcula em aproximadamente 15% essa diferença. De acordo com a dirigente, entre os fatores que explicam esse cenário estão a redução dos valores da matéria-prima (silício) e frete, assim como um câmbio (dólar) mais favorável.
Mara também considera que a nova legislação não impedirá o crescimento do setor fotovoltaico, o que poderá acontecer é um incremento mais moderado. No entanto, uma preocupação da integrante da Absolar é quanto à questão do financiamento. “O grande desafio é que na mente do consumidor a taxa de juros está muito alta”, destaca a diretora da Solled Energia. Porém, Mara reitera que os sistemas fotovoltaicos continuam sendo um investimento interessante.
Por sua vez, o conselheiro da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) e sócio-diretor da Noale Energia, Frederico Boschin, complementa que, além de uma vida útil de 25 anos em média dos equipamentos, a expectativa do aumento das tarifas de energia das distribuidoras torna atrativo para o consumidor produzir sua própria eletricidade. Ele lembra que existe a perspectiva de que novos ônus sejam atribuídos futuramente para a geração distribuída, para custear o uso da rede elétrica pela solução. “Mas, a geração solar não tem mais volta, a tecnologia é muito dominante e a melhor opção hoje para redução do custo de energia”, conclui Boschin.