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Anuário de Investimentos 2023

Desenvolvimento

- Publicada em 25 de Maio de 2023 às 17:20

Olfar investirá R$ 262 milhões em modernização de planta produtora de farelo em Erechim

A expectativa é que as obras para a modernização comecem no segundo semestre

A expectativa é que as obras para a modernização comecem no segundo semestre


Reprodução Facebook Olfar/JC
A empresa Olfar irá aportar R$ 262 milhões no aprimoramento do seu complexo produtor de farelo situado em Erechim. A partir de matérias-primas como milho e soja, além de começar a atuar com um farelo de maior valor agregado que será destinado para a nutrição de peixes nobres e salmão, a estrutura poderá gerar produtos como etanol, biogás e adubo orgânico.
A empresa Olfar irá aportar R$ 262 milhões no aprimoramento do seu complexo produtor de farelo situado em Erechim. A partir de matérias-primas como milho e soja, além de começar a atuar com um farelo de maior valor agregado que será destinado para a nutrição de peixes nobres e salmão, a estrutura poderá gerar produtos como etanol, biogás e adubo orgânico.
“É um farelo diferenciado, que hoje não tem no mercado”, comenta a diretora de administração e finanças da Olfar, Samile Weschenfelder. Ela reforça ainda que, no caso do etanol, será a implantação de uma atividade nova para a companhia e a capacidade de produção deverá ser de cerca de 25 mil litros ao dia do combustível. A empresa já opera com outro biocombustível, o biodiesel.
O projeto já conta com licença ambiental e a perspectiva é que as obras para a modernização comecem no segundo semestre deste ano e sejam concluídas no final de 2024. A consultora da Oslum (empresa que auxiliou a Olfar na elaboração do empreendimento), Luiza Fonseca da Silva, detalha que atualmente o farelo é produzido com determinado nível de proteína e com o “upgrade’ da planta esse patamar será melhorado, assim como abrirá a possibilidade de trabalhar com novos itens. “É uma ação para trazer novos processos e qualificar os produtos da empresa”, resume Luiza.
A capacidade do complexo que será aprimorado é de 2,5 mil toneladas ao dia de farelo e não será alterada com o melhoramento. No entanto, 450 toneladas desse total serão voltadas para a nova destinação (nutrição de peixes nobres e salmão) e o restante continuará sendo encaminhado para a indústria de alimentos e para a ração animal. A Olfar está analisando opções para a comercialização do novo produto nos mercados interno e externo.
Ao trabalhar com um artigo de maior valor agregado, a unidade que será aprimorada, que faturou no ano passado cerca de R$ 1,3 bilhão, deve incrementar em mais R$ 1 bilhão esse resultado. Já a geração de ICMS, que foi em torno de R$ 22 milhões em 2022, deverá chegar a R$ 100 milhões em 2030. Na operação da unidade aperfeiçoada deverão ser gerados mais 40 empregos diretos e na construção em volta de 1 mil postos de trabalho.
Nesta quinta-feira (25), a Olfar assinou um protocolo de intenções com o governo gaúcho para adesão ao Fundopem, mecanismo de incentivo fiscal concedido pelo Estado para que companhias possam ampliar ou investir em futuras operações. O evento foi realizado na Fiergs, em comemoração ao dia da Indústria, com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, e do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, Gilberto Petry.
Além da Olfar, outro protocolo de intenções firmado nesta quinta-feira foi com a empresa Grupo K1, que pretende investir R$ 4 milhões para expansão da sua produção de colchões e estofados nas unidades localizadas em Tuparandi e Sapucaia do Sul. Também foram assinados termos de ajuste do Fundopem com as empresas Bebidas Chucky, Madeireira Haas, Sorvebom Industrial e Multicolor Indústria e Comércio de Pigmentos. Os sete contratos somam um valor de R$ 293 milhões em investimentos.
“Sempre são importantes (os acordos firmados para as empresas usufruírem dos benefícios do Fundopem), porque todo o investimento gera um movimento na economia e nos empregos”, enfatiza o secretário de Desenvolvimento Econômico. Polo frisa que o setor industrial funciona como uma locomotiva para o crescimento do Rio Grande do Sul. Por sua vez, o presidente da Fiergs ressalta a obstinação dos empreendedores. “O industrial é como um jogador, ele não aceita a derrota”, aponta Petry. Ele acrescenta que, apesar do Rio Grande do Sul ainda enfrentar dificuldades em questões tributárias e logísticas, o Estado é um bom local para viver e trabalhar.