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Economia

Gás de cozinha

- Publicada em 23 de Maio de 2023 às 18:40

Terminais privados para movimentar GLP podem aumentar competitividade do setor

Terminal de Gás do Sul, em Canoas, recebe navios carregados com gás; Tergasul foi criado na década de 1960

Terminal de Gás do Sul, em Canoas, recebe navios carregados com gás; Tergasul foi criado na década de 1960


EDUARDO TORRES/DIVULGAÇÃO/JC
Ao contrário dos mercados de outros combustíveis, como gasolina e diesel, que possuem a atuação de terminais privados para realizar a logística desses produtos no Brasil, o mesmo não acontece com o gás liquefeito de petróleo (GLP). Os complexos que operam com a movimentação de gás de cozinha estão concentrados nas mãos da Transpetro, subsidiária da Petrobras. Para o diretor executivo da Interco Trading (empresa trade do mercado de commodities), Nicholas Taylor, a participação de terminais privados possibilitaria elevar a competitividade desse segmento.
Ao contrário dos mercados de outros combustíveis, como gasolina e diesel, que possuem a atuação de terminais privados para realizar a logística desses produtos no Brasil, o mesmo não acontece com o gás liquefeito de petróleo (GLP). Os complexos que operam com a movimentação de gás de cozinha estão concentrados nas mãos da Transpetro, subsidiária da Petrobras. Para o diretor executivo da Interco Trading (empresa trade do mercado de commodities), Nicholas Taylor, a participação de terminais privados possibilitaria elevar a competitividade desse segmento.
Para o dirigente, as regiões que mais precisariam dessas estruturas no País seriam a Norte e a Nordeste. Já na região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), informa Taylor, funciona o único terminal totalmente privado do Brasil: o Tergasul. A estrutura fica localizada em Canoas, no Arroio das Garças, e pertence à Liquigás e à Supergasbras. Porém, o representante da Interco Trading destaca que o empreendimento enfrenta muitas restrições por ter um calado baixo e pouca tancagem (capacidade dos tanques) operacional.
Outra dificuldade logística do Sul é o fato da refinaria canoense Alberto Pasqualini (Refap) não conseguir suprir toda a demanda do mercado local de GLP. “Acaba que as distribuidoras precisam buscar gás de outros locais para suprir esse déficit que não é atendido pela Refap”, comenta o dirigente. De janeiro a março deste ano, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a demanda de GLP na região Sul foi de 298,16 mil toneladas, contra uma oferta de 244,21 mil toneladas, uma diferença de 18%. Já em 2022, o consumo foi de 1.304,23 mil toneladas, para uma produção de 1.031,56 mil toneladas, um déficit de 20%.
Quanto à disputa de mercado e a possibilidade de o gás natural tirar espaço do GLP, o diretor de commodities da Interco Trading, Marcos Ferraz, comenta que aquele combustível é um competidor tradicional do gás de cozinha. Entretanto, para o uso residencial, Ferraz diz que o GLP continua sendo predominantemente.