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Economia

TURISMO

- Publicada em 16 de Maio de 2023 às 11:41

Neuchâtel: conheça a cidade Suíça onde as cozinhas dos cafés só funcionam pela manhã

Os estabelecimentos vendem apenas o que sobra no balcão no turno da tarde

Os estabelecimentos vendem apenas o que sobra no balcão no turno da tarde


Mauro Belo Schneider/Especial/JC
Além das cidades conhecidas da Suíça, como Genebra, Zurique e a capital Berna, há outros destinos no país do queijo, dos relógios e do chocolate que valem a pena conhecer. A milenar Neuchâtel, fundada oficialmente no ano de 1011, é uma boa opção para quem quer se perder entre construções históricas, mas bem conservadas. Os turistas, no entanto, devem estar atentos a uma característica peculiar: as cozinhas das cafeterias funcionam apenas pela manhã.
Além das cidades conhecidas da Suíça, como Genebra, Zurique e a capital Berna, há outros destinos no país do queijo, dos relógios e do chocolate que valem a pena conhecer. A milenar Neuchâtel, fundada oficialmente no ano de 1011, é uma boa opção para quem quer se perder entre construções históricas, mas bem conservadas. Os turistas, no entanto, devem estar atentos a uma característica peculiar: as cozinhas das cafeterias funcionam apenas pela manhã.
“Isso é Neuchâtel”, avisa o atendente do Okapi Café, que serve a clientela, limpa as mesas e faz as cobranças no caixa.
Como a população, de aproximadamente 31 mil pessoas, valoriza a qualidade de vida, tanto que muitos negócios não abrem aos domingos e nem às segundas-feiras, a ideia é que apenas uma pessoa dê conta de todo serviço da tarde, enquanto os outros funcionários descansam. Para que isso funcione, quem chega aos estabelecimentos após o almoço tem de se contentar com os cafés e com o que sobra da produção matinal no balcão. Se acabar algo que o cliente goste, há repeteco apenas no dia seguinte.
Torradas ou sanduíches não fazem parte do cardápio pós fechamento da cozinha. É mais comum encontrar bolos, croissants ou doces, como os famosos macarons. E o expediente encerra mesmo às 18h, quando todos vão para casa. Os restaurantes estendem um pouco mais, embora não muito. Quando bate 22h, quase tudo fecha em Neuchâtel, mesmo com o sol se pondo perto das 21h na primavera e no verão. Os viajantes devem saber, ainda, que a maioria dos atendentes fala apenas francês (alguns dominam o inglês). 
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A jovem portuguesa Carolina de Azevedo, filha de pai brasileiro, mora há 20 anos no local – chegada devido à uma oportunidade profissional conquistada por sua mãe. Atualmente, ela trabalha no Hotel Beaulac, bem em frente ao lago mais famoso da região. E confirma que é preciso se organizar para garantir uma refeição na rua. “Não é como no Brasil não”, brinca ela, que já visitou a família no Rio de Janeiro, e percebeu a quantidade de opções quase 24 horas por dia na capital carioca.
Embora um município calmo, Carolina afirma que “há lugares para festejar até a meia-noite” e que Neuchâtel não é um destino muito procurado pelos turistas. A cidade recebe, no entanto, diversos executivos.
Fica ali a sede da Philip Morris, que produz cigarros e que, inclusive, tem uma planta em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. A empresa emprega 70 mil pessoas pelo mundo e seu centro de pesquisa e desenvolvimento, o Cubo, está em Neuchâtel.
A jornalista gaúcha Janine Niedermeyer, que esteve na cidade na semana passada, percebeu muitas semelhanças com o Rio Grande do Sul e com o local onde vive, Venâncio Aires, que teve colonização europeia. "É um charme, tem uma arquitetura bem marcante e o lago complementa a fotografia, com a harmonização da natureza. Me senti em casa, achei muito familiar, parecia que eu estava vendo as pessoas daqui", descreve, citando que tem as mesmas flores que encontrou do outro lado do oceano em seu jardim.
Janine destaca que Neuchâtel, embora milenar, oferece acesso a tudo, como universidade, hospital e museus. Em relação ao fechamento das cozinhas dos cafés, confessa que não tinha essa informação antes de embarcar, mesmo tendo lido vários blogs. "Nos planejamos para fazer uma pausa, como turista foi algo que surpreendeu, nada a ponto de me deixar chateada. Mas fica claro que eles têm a cultura deles e não abrem mão disso em função dos visitantes", analisa.   

Locais para visitar em Neuchâtel

• O porto
• Hotel dos Postes
• Hotel DuPeyrou (foto do jardim abaixo)
• Fonte da Justiça
• Rue des Moulins
• Croix-du-Marché (cruzamento mais instagramável da cidade)
Place des Halles
• Château (o castelo onde a cidade começou, de onde há uma bela vista)
• Collégiale (igreja em frente ao Château)
Quai Ostervald (local onde há estátuas dos primeiros moradores com suas roupas típicas, em frente ao lago)
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Cidade grande mais próxima é Genebra

A cidade grande mais próxima de Neuchâtel, onde as cozinhas dos cafés permanecem abertas ao longo do dia, é Genebra, distante a cerca de 1h20min de trem e onde moram cerca de 200 mil pessoas. Ali, o turismo é mais intenso. 
Ficam em Genebra duas entidades com influência mundial: a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), de onde eram realizadas as decisões acerca da Covid-19. 
Lojas procuradas pelos turistas, como H&M e Zara, marcam presença. Além, claro, das grifes de relógios, um produto clássico suíço, como a Rolex. Genebra conta com a cidade velha, destino que rende muitas fotos bonitas e que representam bem o que é a Europa. 
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