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Economia

Meio Ambiente

- Publicada em 10 de Maio de 2023 às 18:52

Reciclagem do lixo materializa proposta da Fiema

Presidente da Fundação Proamb, Neri Basso destaca viabilidade da prática sustentável

Presidente da Fundação Proamb, Neri Basso destaca viabilidade da prática sustentável


TÂNIA MEINERZ/JC
Os resíduos gerados de diversas atividades, como embalagens, sobras de materiais da construção civil ou industriais podem ser transformados e, a partir deste processo, se tornam gerador de energia, o que recebe o nome de combustível derivado de resíduos (CDR). Esse reaproveitamento do “lixo”, com o plástico descartado por várias indústrias gaúchas, é uma das atividades da Fundação Proamb, realizadora da Feira de Negócios e Tecnologia em Meio Ambiente (Fiema), que iniciou na terça-feira e segue até quinta-feira, dia 11, em Bento Gonçalves. “O país que quer ter futuro tem que investir em educação, tecnologia e energia”, sustenta Neri Basso, presidente da fundação.
Os resíduos gerados de diversas atividades, como embalagens, sobras de materiais da construção civil ou industriais podem ser transformados e, a partir deste processo, se tornam gerador de energia, o que recebe o nome de combustível derivado de resíduos (CDR). Esse reaproveitamento do “lixo”, com o plástico descartado por várias indústrias gaúchas, é uma das atividades da Fundação Proamb, realizadora da Feira de Negócios e Tecnologia em Meio Ambiente (Fiema), que iniciou na terça-feira e segue até quinta-feira, dia 11, em Bento Gonçalves. “O país que quer ter futuro tem que investir em educação, tecnologia e energia”, sustenta Neri Basso, presidente da fundação.
O CDR substitui o coque verde de petróleo - este obtido a partir do processamento de frações líquidas do petróleo, ou seja, um combustível fóssil e poluente. Pela Proamb, o plástico é transformado em um blend que será utilizado em coprocessamento pela indústria de cimento - o resíduo se torna um substituto ao coque de petróleo, além de dar destino ao lixo plástico. “Com isso, ajuda a reduzir o consumo de coque e tem uma vantagem econômica muito grande”, destaca Basso.
O processo que gera combustível a partir dos resíduos é um exemplo das soluções apresentadas aos visitantes da feira: alternativas ambientalmente mais adequadas ao que pode representar um problema para empresas de qualquer setor. Afinal, todas são responsáveis pelo destino final do resíduo que geram, são instigadas a buscar energias renováveis, a economizar e reaproveitar a água, e a lista segue.
Há, no meio dos negócios, uma cobrança crescente para que a entrega das empresas seja mais que o seu produto final, mas também o conceito completo de sustentabilidade - o tripé preservação ambiental, responsabilidade social e governança, o ESG (sigla em inglês). “Com as agendas internacionais que existem, as cobranças ou a necessidade de uma resposta para a questão do meio ambiente cada vez mais vai acelerar”, avalia Jonas Brevia, presidente da Fiema. “Isso, quer ou não, faz com que as empresas se alertem e, quando começa, se torna um processo em cadeia”, complementa.
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Jonas Brevia, presidente da Fiema 2023. Foto: Tânia Meinerz
Com sede em Bento Gonçalves e unidades de negócio em outras três cidades gaúchas, a Proamb opera, além do coprocessamento, central de disposição de resíduos, e transbordo. E, seguindo o que é preconizado pela política nacional de resíduos sólidos, Basso lembra que vai para o aterro somente o que não tem mais solução, o resíduo para o qual ainda não há tecnologia disponível para seu reaproveitamento.
“Trabalhamos na engenharia para a não produção de resíduo. Se estou gerando muito resíduo, é porque meu processo está desregulado ou não sei o nível de perda que eu estou tendo”, aponta Basso. Para mostrar o papel do monitoramento na gestão de resíduos, a própria Fiema gera dados sobre quanto material é descartado na feira, o seu tipo (pós-consumo, rejeito de banheiro, orgânico ou resíduo da construção civil). "Vamos ter uma magnitude (do que foi gerado) para no próximo evento trazer soluções diferentes”, projeta Brevia.