A semana abriu com menos de R$ 300 milhões disponíveis 'no caixa' do Fundo de Garantia de Operações (FGO), que cobre os riscos dos empréstimos pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que incluiu os profissionais liberais
na nova etapa. Na segunda fase,
eram R$ 12 bilhões para dar conta de contratos em todo o País.
O Rio Grande do Sul chegou a 28,5 mil pedidos atendidos em repasses de R$ 1,237 bilhão. Mesmo perto de esgotar o limite de cobertura, instituições como Banrisul, Sicredi e a Caixa, maior repassador no País com R$ 3,1 bilhões transferidos nesta etapa até agora, garantiram nesta segunda-feira (21) que ainda estão recebendo pedidos ou analisando os que já ingressaram.
O Estado está em terceiro lugar na concessão de empréstimos, tanto em número como em valor, atrás de São Paulo, que lidera, e minas Gerais. O Brasil totalizou R$ 11,75 bilhões até sexta-feira (18), último balanço feito pelo Banco do Brasil (BB), que faz a gestão do FGO. A liberação do fundo ocorreu
em 3 de setembro.
Os novos dados, com base nas liberações desta segunda, serão conhecidos na manhã desta terça-feira (22), com a divulgação do novo relatório, que pode indicar o término dos recursos.
Em nota, o banco estadual orientou que as empresas ou profissionais interessados busquem as agências para verificar a demanda. Até sexta-feira, a instituição aprovou 7.786 operações na segunda fase. Os contratos totalizam aporte de R$ 225,7 milhões. O
banco tem limite de R$ 730 milhões, mas que ficou condicionada ao lastro do FGO. Entre a primeira a segunda fase, o Banrisul soma 17 mil contratos envolvendo R$ 600 milhões em crédito.
Contratos do Rio Grande do Sul representam 40% dos repasses da Sicredi na fase 2. Foto: Alexandreo Auler/Arquivo
A Sicredi assinou 23 mil contratos em 22 estados e no Distrito Federal na segunda fase, somando quase R$ 1,10 bilhão. Empreendedores e profissionais liberais do Rio Grande do Sul receberam R$ 443 milhões em 10,7 mil operações, 40% do volume emprestado. Nas duas etapas, a cooperativa de crédito computa R$ 1,8 bilhão repassados em 37,5 mil contratos nos mercados em que atua no País.
O
repasse máximo na etapa em vigor é de R$ 100 mil por solicitante, limitação adotada na regulamentação do uso do FGO, que é alimentado por recursos extraordinários oriundos do Tesouro Nacional. O Pronampe, outras linhas que também têm fundo garantidor com aporte do Tesouro e ainda o auxílio emergencial compõem os principais instrumentos federais para amenizar impactos da pandemia na economia.
O Pronampe soma até agora, nas duas fases, 436.749 pedidos atendidos envolvendo R$ 30,4 bilhões. No Rio Grande do Sul, foram até agora R$ 3,04 bilhões em 57.440 contratos, segundo maior número considerando as MPEs e profissionais alcançados.