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Agronegócios

- Publicada em 23 de Julho de 2020 às 09:38

Combate aos gafanhotos segue na Argentina e RS terá R$ 600 mil para ações

Argentinos ainda seguem o rastro da praga e agora o combate é na fronteira uruguaia

Argentinos ainda seguem o rastro da praga e agora o combate é na fronteira uruguaia


Senasa/Sindag/ Divulgação/JC
Enquanto os argentinos continuam a batalha contra a nuvem de gafanhotos, agora na fronteira com o Uruguai, o Rio Grande do Sul deve intensificar suas armas contra o inseto. A vinda da nuvem ainda é uma ameaça concreta, e por isso o Ministério da Agricultura informou ao governo gaúcho que deverá liberar R$ 600 mil caso a praga se desloque para o Estado.
Enquanto os argentinos continuam a batalha contra a nuvem de gafanhotos, agora na fronteira com o Uruguai, o Rio Grande do Sul deve intensificar suas armas contra o inseto. A vinda da nuvem ainda é uma ameaça concreta, e por isso o Ministério da Agricultura informou ao governo gaúcho que deverá liberar R$ 600 mil caso a praga se desloque para o Estado.
Em encontro nesta quarta-feira (22) com a ministra Tereza Cristina, de acordo com o secretário da Agricultura, Covatti Filho, a pasta anunciou que o valor repassado pelo ministério poderá ser utilizado na aquisição de produtos para tratamento fitossanitário e contratação de serviços de aplicação.
“Outra ideia apresentada é a busca por um acordo de cooperação com Argentina e Uruguai para auxiliar no controle dos insetos em seus territórios, de forma a permitir a entrada de aviões para aplicação de inseticidas na Argentina, por exemplo”, conta o secretário Covatti Filho.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), na manhã desta quinta-feira (23) os argentinos realizaram mais uma aplicação aérea contra os insetos na fronteira com o Uruguai. No norte da Argentina, os técnicos do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) seguem rastreando a segunda nuvem que chegou do Paraguai.
A nuvem de insetos junto ao Uruguai é a mesma que em maio havia saído do Paraguai e chegado em junho na província de Corrientes, no território argentino na fronteira próximo ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Na ocasião o Ministério da Agricultura brasileiro decretou Emergência Fitossanitária nos dois estados, devido ao risco dos gafanhotos entrarem no Brasil – risco que ainda prevalece, caso os insetos não sejam eliminados.
No norte argentino os insetos foram avistados na província do Chaco e os técnicos do Senasa seguem procurando a nuvem nesta quinta-feira. Eles devem seguir indicação de produtores que teriam avistado a nuvem ontem à tarde perto da cidade de Las Hachera, na divisa entre as duas províncias.

Recursos para o Estado seriam para 21 dias de operações

Gafanhotos ainda estariam na área de Federación, junto à fronteira da Argentina com o Uruguai

Gafanhotos ainda estariam na área de Federación, junto à fronteira da Argentina com o Uruguai


Senasa/Sindag/ Divulgação/JC
De acordo com o Sindag, quanto aos preparativos no Rio Grande do Sul, os R$ 600 mil do governo federal que podem ser repassados ao Estado seriam para 21 dias de operações contra os insetos. A secretaria já teria mapeados os estoques de produtos a serem usados entre os fornecedores de insumos e o mapa do Sindag, com a disponibilidade de aeronaves para um eventual combate aos insetos.
Conforme o sindicato aeroagrícola, são cerca de 70 aviões em prontidão, em vários pontos na região de fronteira, podendo chegar a mais, caso seja necessário – o Estado tem a segunda maior frota aeroagrícola do País, com mais de 400 aeronaves. O Rio Grande do Sul vem monitorando a área de fronteira desde junho. Nesse meio tempo, já realizou também dois cursos preparando técnicos da Emater e da Secretaria de Agricultura para rastreamento e identificação de nuvens de gafanhotos no Estado – casos eles tenham que ser perseguidos no território gaúcho.